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Os 25% e a retractação

por henrique pereira dos santos, em 16.01.21

Pelos vistos explico-me muito mal.

Fiz um post sobre as previsões catastróficas sobre o pós Natal em que dizia uma coisa simples: se os casos aumentassem 25%, isso invalidava a teoria de que os contactos do Natal eram um grande problema.

Mais tarde, porque me perguntaram porquê 25%, eu expliquei e dei o exemplo do thanksgiving americano (que, já agora, volta a verificar-se no Natal, a prometida explosão de casos ficou abaixo dos 25%).

O post era um post com um princípio relativamente simples: haver uma correlação entre uma coisa e outra não demonstra grande coisa, mas não haver essa correlação, invalida a hipótese de que as duas coisas estão relacionadas.

O que se verificou foi que houve uma correlação entre o Natal e um aumento de casos até 15 de Janeiro, portanto a hipótese que eu assumi como invalidando a relação entre as duas coisas não se verificou, portanto é legítimo continuar a usar essa correlação como indício de que as duas coisas estão relacionadas (na verdade não é bem assim porque a subida de casos começa ali por 26 a 27, o que significa que a subida de contágios começa antes do Natal, mas deixemos essa discussão de lado).

Não há necessidade de retractação nenhuma porque em lado nenhum eu considerei (e seria estúpido considerar) que dizer que se não houver correlação, a hipótese é invalidada quer dizer que se houver correlação eu considero a hipótese demonstrada.

Eu continuo a achar que olhar para este gráfico (que é válido para a Europa temperada e Estados Unidos) e concluir que as principais forças que comandam a evolução da epidemia estão relacionadas com os contactos entre as pessoas e não com as condições ambientais que favorecem a actividade viral parece-me absurdo.

coronavirus-data-explorer (1).jpg


1 comentário

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De Anónimo a 16.01.2021 às 11:37

Caro Henrique: infelizmente muitas pessoas parecem ter faltado às aulas de silogismos e de lógica cartesiana no ensino secundário. Provavelmente faltaram à Filosofia toda. E à Matemática. E à História. É o país (e o mundo) que temos. 
Morrem 600 a 650 portugueses por dia e isso não abre noticiários, não se fala nos cafés, nem nas academias. Morre-se sem saber onde nem como. Nem porquê. Mas morre-se mesmo muito. Como nunca se viu em muitos anos. Viva o General Inverno. E o nosso bem amado governo e o seu Querido Líder. 

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