De Carlos Sousa a 08.09.2022 às 10:26
É tão bom dizer mal só por dizer, criticar sem nexo só para mostrar que é do contra, fazer e mostrar obra feita é que é mais difícil.
Quando é que houve em Portugal aumentos iguais à inflação?
Sejamos sérios, há quantos anos é que houve um aumento nas pensões de 8%? E nessa altura havia alguma guerra pelo meio?
A demagogia é terrível...
De balio a 08.09.2022 às 11:07
Exatamente. Completamente de acordo.
Tem toda a razão, quase se consegue chegar ao ponto daquele partido que deixou o país sem dinheiro, negociou com os credores uma forma de conseguir que lhe emprestassem dinheiro para o básico e depois passaram o tempo a dizer mal do outro governo que apenas aplicou o que tinham negociado.
No caso deste post, não percebi de que é que eu disse mal.
De Carlos Sousa a 08.09.2022 às 16:55
Pois mas o problema é que não aplicou o que tinham negociado. A sede de ir ao pote era tão grande que aplicou a austeridade em dobro, até os desgraçados dos reformados levaram um corte nas reformas.
Foi de tal maneira o saque que enquanto houver memória bem podem barafustar mas tão cedo não tocam na bola.
Peço desculpa de o dizer de esta maneira, mas não me parece que haja outra: o que está a dizer é uma mentira.
O que foi aplicado pelo governo de Passos Coelho foi o memorando negociado e assinado por Sócrates, isso é facilmente comprável e está absolutamente documentado, de maneira que se continua a repetir mentiras sobre o assunto, é mesmo porque quer mentir, não há outra maneira de dizer isto.
Não admira que, por isso, se sinta tão confortável com a maneira como António Costa tentou vender o seu pacote de austeridade (que é disso que se trata e que lamento não ter sido aplicado mais cedo e em melhor conjuntura, porque neste momento estaríamos em melhores condições para responder às nuvens negras que se acumulam no horizonte).
De Carlos Sousa a 09.09.2022 às 10:24
O que eu disse é uma mentira?
E quem disse que não tirava o 13°mês, falou verdade?
E quem disse que não mexia nas reformas, falou verdade?
E quem disse que ia restituir o imposto especial por conta, falou verdade?
Se estamos a falar em termos de aldrabões, parece que houve alguém que começou primeiro, não, o que é que acha?
Não só é mentira o que tinha dito, como é mentira o que diz agora.
Quando Passos Coelho disse em 1 de Abril que era um disparate a ideia de que ele ia acabar com os subsídios de férias e 13º mês (vá o video da altura para ter a certeza de que é isto que ele diz) não está a mentir, porque nesse dia, 1 de Abril, ele não sabe que meses depois as finanças estão de tal maneira depauperadas que para cumprir o acordado entre o governo de Sócrates e os credores, ele vai ter de cortar no 13º mês dos funcionários públicos e pensionistas.
Ou seja, foi imprudente na afirmação de 1 de Abril, mas não mentiu. De resto, ele não acabou com o 13º mês, que era a acusação que lhe era feita em Março de 2011 e a que ele responde a 1 de Abril, limitou-se a não o pagar um ano, porque não havia dinheiro.
Não sei a que se refere quando diz que Passos Coelho disse que não mexia nas reformas, mas duvido que tivesse dito isso porque havia compromissos nesse sentido no memorando negociado e assinado por Sócrates, portanto suspeito que se trata de outra grossa mentira.
Não percebo o que quer dizer com restituir o imposto especial por conta, mas logo que houve condições financeiras, boa parte das medidas que foram negociadas por Sócrates começaram a ser retiradas, como forçosamente sabe.
Sim, estamos de acordo que Sócrates começou a aldrabar muito antes, bem como as pessoas à sua volta, como o seu número dois, tendo continuado depois a mentir despudoradamente sobre quem assumiu os compromissos que Passos Coelho esteve obrigado a cumprir, mas o post não é sobre isso, mas sobre a racionalidade política de apresentar um programa de austeridade disfarçado de pacote de resposta à inflação.
De Carlos Sousa a 09.09.2022 às 11:24
Eu logo vi que era mentira do 1de Abril, é pena é a net não distinguir porque se procurar vai encontrar os cortes que estavam previstos naquela altura tanto para o SNS como para a segurança social.
Fico admirado por você defender tanto o programa de austeridade quando o próprio Gaspar o considerou um fiasco e que lhe estava a estragar a reputação (?).
Mas diga lá, quando e em que governo é que houve um aumento de 8% nas pensões?
Diz umas coisas para o ar, mas não concretiza nada.
Diga de que cortes está a falar?
Aqueles que estão implícitos no memorando de entendimento com a troica, que estabelecia indicadores muito concretos, verificados a cada três meses?
E, já agora, pode dizer-me qual é a citação de Vítor Gaspar em que diz que o programa foi um fiasco?
Vítor Gaspar defendeu outra abordagem, com certeza, mas não contou com um tribunal constitucional a chumbar medidas que já tinha aprovado anteriormente.
De Carlos Sousa a 09.09.2022 às 12:47
Não me diga que tenho de lhe pôr os "links", se "googlar" e puser lá cortes de 600 e 300 milhões no SNS e na segurança social no tempo do Passos, de certeza que lhe vai aparecer.
Aonde o Gaspar diz que o programa foi um fiasco foi na carta de demissão, penso que foi público, não?
De Carlos Sousa a 09.09.2022 às 18:04
" A repetição destes desvios minou a minha credibilidade enquanto ministro das finanças ".
Pois realmente, quando um ministro das finanças não prevê determinados desvios não há dúvida que o programa é um êxito.
Foi um êxito tão grande que o prémio foi um lugarzinho no FMI. Tudo a bem de Portugal, claro.
Ó Henrique por favor...
Como se vê pela sua citação, é absolutamente mentira que ele tenha dito que o programa tenha sido um fiasco.
De Carlos Sousa a 09.09.2022 às 23:39
Pois, se calhar foi por ter sido um êxito que ele decidiu ir embora para não minar mais a sua credibilidade.
Ó Henrique sempre pensei que você conseguisse compreender um texto escrito, mas pelos vistos você só lê.
Mas ainda não me respondeu à pergunta que lhe fiz. Quando e em que governo é que as pensões tiveram um aumento de 8%?
Veja se percebe: eu não estou a discutir as suas opiniões sobre isto ou aquilo, mas sim coisas factuais.
Disse que Vítor Gaspar tinha dito que o programa de ajustamento tinha sido um fiasco.
Isso é mentira, como demonstrei e o senhor demonstra ao escolher citar a carta em que diz que está essa afirmação que, na sua interpretação, quer dizer o que diz que Vítor Gaspar disse.
O simples facto de ter de se socorrer desse subterfúgio que é explicar o que quer dizer o que Vítor Gaspar disse é a demonstração de que ele não o disse, portanto o senhor está a mentar (como, aliás, no resto das suas afirmações).
De Carlos Sousa a 10.09.2022 às 18:22
Tem razão, o Gaspar não disse nada, ele saiu para deixar o êxito do programa à Maria Luís.
Tenho pena é que a sua luta pela verdade não abranja a demagogia barata de um aumento de 8% nas pensões.
Não é preciso ser economista para entender o problema, só é preciso é que a cegueira ideológica não nos tolde a razão.
Gaspar disse o que disse, não disse foi o que o senhor disse que ele disse, como o senhor demonstrou.
Em vez de ter a honestidade de reconhecer isso, anda aqui em jogos florais.
De Carlos Sousa a 11.09.2022 às 10:06
Pois é, então e quando o Coelho garantiu à criancinha que não ia tirar o 13° mês ao pai, também são jogos florais?
Como já lhe respondi antes, o que Passos Coelho respondeu à criancinha foi que não ia acabar com os subsídios, como de facto não acabou.
Acresce que o fez em 1 de Abril, quando não sabia o suficiente sobre o Estado das finanças públicas e sobre o que o memorando de entendimento recentemente negociado e assinado por Sócrates implicava.
Nem podia saber como o efeito de retracção da economia ia ter efeitos surpreendentemente diferentes na colecta de impostos.
E como já lhe expliquei isso tudo e além de reconhecer que está a mentir, continua nesse registo, sim, são jogos florais e desonestidade.
De Carlos Sousa a 11.09.2022 às 12:27
Pela sua argumentação já vi que não faz parte da classe média, aquela que foi quase arrasada no tempo do Passos Coelho. Nem era pensionista, porque se tivesse sentido na pele a injustiça da distribuição de sacrifícios, não falava assim, de certeza.
De Anónimo a 09.09.2022 às 18:52
Há muito tempo que deixei de perder tempo com este Sr. Carlos Sousa que já nos enche a cabeça com mentiras e falácias variadas aí noutro blogue há muitos anos e aproveita todo e qualquer pretexto, mesmo que completamente deslocado, para atacar o governo anterior.
Eu sempre votei PS mas não aguento gente "doente".
Tudo o que seja atacar Passos Coelho o homem vai por aí fora e não hesita em asneirar a tempo inteiro, há ali muito "parafuso" por apertar...
De Anonimo a 09.09.2022 às 09:19
Se houvesse "memória", o PS não metia as patas no Governo nas próximas décadas. Felizmente a memória só alcança o Coelho, e daí salta para o Cavaco. Felizmente para Portugal.
De Anónimo a 09.09.2022 às 09:40
HPS, esta malta tem 3 coisas no adn: 1- dizer "inverdades" (em português vernáculo, mentir, mentir, mentir) 2- aquele velho truque de atacar antes que os ataquem, num constante passa-culpas (o seu post dá inúmeros exemplos) 3- e essa coisa de malhar em quem se lhes opõe ou lhes põe a descoberto as manobras e as tramoias.
Mas as tramoias acabam quase sempre por se desmontar facilmente, por quem se dá ao trabalho, tanto mais que, desde sempre, "o diabo veste uma capa que dum lado tapa e do outro destapa".
(v.g. o mais recente caso (mais um!) do min. Medina e da sua ex-assessora na Câmara, que nomeou para alto cargo, depois de mandar anular o concurso em que tinha sido "eliminada" numa avaliação da cresap).
A táctica do embuste e da trapaça parece estar-lhes no sangue, como alguém disse e a realidade o confirma nos sucessivos «casos» que têm surgido quase em catadupa. E ainda a procissão vai no adro...
Contudo, no meio desta Floresta de Enganos, parece-me que há sinais de que as pessoas já começam a topar todas as endrominas e "frioleiras" desta governação, porque é disso que se trata quando chamam a "alguém", de habilidoso. Na verdade, esse mito que a propaganda criou, do "ser hábil" , adveio de uma mera imprecisão vocabular e de uma ambiguidade no sentido, o que gerou esse enorme equívoco: é que, de facto, o "ser hábil", no caso em apreço, tem a carga negativa da esperteza, porque envolve uma enorme "astúcia" e "manha" e estas duas "qualidades"(!) não são um mero detalhe porque, se executadas com perfeição, i.e., com "habilidade", ocultam a mais acabada inabilidade e incompetência dum governo sem norte que se está a tornar uma autêntica falperra.
De Anónimo a 09.09.2022 às 06:04
.mostrar obra feita é que é mais difícil ".Em contrapartida aqui está um homem, o sr. Carlos S. ("S" de Sousa e de Satisfeito) da vida, rodeado de tanta "obra feita"! Difícil - difícil é destrinçá-la no meio de tanta opacidade, nebulosidade _ ou falta de lisura e de transparência, diria eu... embora haja uma palavra mais apropriada para isto (e que não é "gamanço" nem "golpada" nem o moderado termo "moscambilha" usado pelo HPS).
Não, não se estão a ver bem esses "moinhos" que o sr. vê...Faça o favor de nos dar uma ajuda, esmiuçe, por favor, e troque lá isso por miúdos!
Mas poupe-nos, caro sr., não engrosse mais as fileiras daqueles que, para obedecerem â voz do dono, se desenvencilharam da realidade, aboliram a palavra "austeridade" e embrulharam-nas, a ambas, no manto diáfano da propaganda (descarada) e da mais "terríivel demagogia" _ para usar a sua expressão.
De Anónimo a 09.09.2022 às 10:00
A palavra "austeridade" está proibida / censurada putinescamente. É hoje impronunciável. Chamaram-lhe "cativações", com voz melosa. Tão naïf que são os portugueses.
De Anonimo a 09.09.2022 às 11:00
Austeridade e orçamentos rectificativos é coisa de Direita. Um governo progressista cativa.
Tal como no tempo do outro havia "emigração forçada", agora é a busca de novas oportunidades na sociedade global.
Cabazes para todos!
De Carlos Sousa a 09.09.2022 às 10:37
Quando não havia austeridade; tiraram-me o 13°mês, meteram-me um imposto extraordinário, cortaram no SNS de tal maneira que nem havia dinheiro para comprar linha para fazer operações, e já estava previsto um corte de 600 milhões na segurança social.
Agora que há austeridade; já me restituiram o que me roubaram, o SNS foi reforçado e felizmente não houve nenhum corte na segurança social.
E já que estamos a esmiuçar, diga lá quando e em que governo é que houve um aumento de 8% nas pensões?
De Anonimo a 09.09.2022 às 10:58
Não havia linha para fazer operações, agora no pós-austeridade há centros de saúde sem gaze. Nem indo ao pormenor que, se os funcionários quiserem ir ca*ar, o melhor é trazerem papel de casa.
Mas percebo o fascínio pelo PS, o Governo de Direita roubou exclusivamente o Carlos Sousa, já o de Esquerda às vezes quando dá jeito abrange mais gente no esbulho.
Obrigado pela demonstração clara do seu amor pela mentira: alguém negou que houvesse austeridade no tempo de Passos Coelho?
Com certeza há austeridade quando o dinheiro se acaba (começaram por lhe chamar PEC I, depois PEC II, depois PEC III, e, depois, pegaram numa coisa chamada PEC IV, transformaram-na num memorando de entendimento com os credores (sem as espertezas saloias, que os credores não estavam disponíveis para brincadeiras) e durante uns anos foi necessário executar esse compromisso de austeridade.
O que diz sobre os cortes do SNS é outra mentira facilmente comprovável (basta ir à PORDATA ver a despesa anual com o SNS) e o corte dos 600 milhões na segurança social é o que Costa está agora a tentar fazer, chamando-lhe programa de apoio às famílias (que, no caso dos pensionistas, corresponde a não compensar os 7% de inflação deste ano e alterar a base de cálculo do aumento de pensões para o futuro), com a diferença de que agora já não são 600 milhões, mas bastante mais.
Se alguém lhe roubou alguma coisa, vá à polícia, mas com a demora do julgamento do único que comprovadamente roubou, não espera resultados imediatos.
De Hugo a 10.09.2022 às 12:18
É o típico pegar pela rama, sem sustentação. Mandar umas coisas para o ar que são mais ou menos. Só que de vez em quando há quem tenha dois dedos de testa e demonstre a mediocridade do pensamento desta gente. É óbvio que este comentador apoia este governo. Pelos vistos têm o mesmo modo de pensar. Felizmente ainda não chegou ao ponto de agir, portanto ainda não tem o poder de ser mais um a estragar.
O meu mail é as1075017@sapo.pt
De Anónimo a 09.09.2022 às 12:07
--- "meteram-me um imposto extraordinário"
"Extraordinário" significa que era temporário, repito t-e-m-p-o-r-á-r-i-o, e não definitivo portanto era reversível.
---"Tiraram-me o 13º mês" é uma m-e-n-t-i-r-a que repetiram até à exaustão, seguindo aquela fórmula: uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade Ficou intacto o 13º mês e nenhum português sofreu corte nenhum.. O que houve foi uma distribuição em duodécimos do 14º mês, que foi pago ao longo de 12 meses. Isto é mais uma das desonestidades intelectuais em que a esquerda é useira e vezeira. Caríssimo, a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.
De Carlos Sousa a 09.09.2022 às 12:59
O seu azeite deve ser é martelado, porque o que foi dividido em duodécimos foi o subsídio de férias para não se notar o corte do imposto especial por conta.
Não sei onde você trabalhava, mas a mim tiraram-me o 13° mês e tive de dizer por escrito como queria receber o subsídio de férias.
Bem podem querer branquear a história mas a realidade encarrega-se sempre de repôr a verdade, felizmente.
De Anónimo a 09.09.2022 às 18:27
HPS, sobre o SNS na altura da troika, todos nos lembramos de quem era o Ministro: Paulo Macedo. Ficou na memória de todoa agente a celeridade com que lidou com o "caso da legionela" e noutros. Tendo em conta os constrangimentos financeiros e que estávamos num período gravíssimo de assistência financeira...
Paulo Macedo era um dos ministros mais competentes do governo e não "brincava em serviço". Apesar de todas as limitações impostas pelo memorando da troika, apresentava resultados na saúde , ou seja, conseguia a proeza fazer omeletes sem ovos!
E tanto deu nas vistas o trabalho sério e a eficiência deste Ministro, Sr.Carlos Sousa, que na altura dos grandes apertos na CGD, quem é que o PS se lembrou de ir buscar? Paulo Macedo! Certamente porque lhe reconhecerem as melhores capacidades para a salvar. É preciso dizer mais?!
Portanto, tento na língua, caro sr..
De Anónimo a 09.09.2022 às 19:15
O SNS foi reforçado?
Tenho um belíssimo seguro de saúde há quase 33 anos (dos primeiros) mas há 10 que acompanho quinzenalmente (sem falta) um familiar com uma doença complicada a consultas no SNS (porque não pode ter seguro, nem todos recebem como o Carlos Sousa que até teve "imposto extraordinário", sei o que era).
A queda gradual nos últimos 5 anos foi "de doidos", apesar do pessoal médico e de enfermagem que vai restando ser incansável, bastou lá passar umas boas horas por mês sentado numa sala de espera para ver (e ouvir) o que foi acontecendo.
"Quando não havia austeridade"? Você não tem vergonha, alguém disse que não havia?
Já ningúem o aguenta com os cortes, V. tem mesmo pancada.
Também eu os tive, porventura maiores.
Ora agora não vai ter cortes mas começa a ver a sua reforma (que já percebemos ser boa) por um canudo mais estreito.