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Os media ignoram os transportes públicos sobrelotados de gente que precisa de trabalhar para sobreviver, ignoram a pobreza e as filas da fome; e à noite vão de dedo em riste apodar de irresponsáveis os jovens que bebem bebidas alcoólicas (oh despudor!) na rua (oh sacrilégio!).
Os media aplaudem e fazem coro com as confrangedoras declarações de PR e PM sobre a pérfida Albion, e apontam dedos e peças aos ingleses que acusam da morte do turismo; e à noite vão apontar o dedo a turistas que viajaram até ao Algarve, a que chamam irresponsáveis (sem ao menos um sobressalto a propósito das «autoridades» que obrigam a GNR a desempenhar papéis tão vãos e ridículos).
Os media cobriam em profusão as reuniões do Infarmed; agora, que o «milagre português» com que tentaram iludir-nos morreu, não estranham o fim das reuniões do Infarmed, e preferem ouvir o ministro dos Estrangeiros ralhar com a Bélgica.
Mas não sobrará nos media uma medida módica de serenidade, um neurónio operacional, uma colher de café de sentido do ridículo, uma gota de vergonha, um grãozinho de hombridade, uma parcela sobrevivente do desejo de informar?
Charles de Gaulle debitou que: Si les policiers n'étaient pas bêtes, ils ne seraient pas des policiers.
Eu acredito que as 'autoridades' demonstram o seu baixíssimo nível, desde que se entendeu que um qualquer tarata podia chegar a chefe — pelo menos. Com 'formação' e tudo.
Esquecendo que a GNR e a PSP [nem menciono as outras por irrelevantes ou por redundâncias] tinham chefias que provinham do Exército. Não seriam óptimas, mas era o que de melhor se arranjava.
Numa época em que se dizia que «quem não tem jeito para nada, vai para a tropa».
E, também, que o melhor curso era o de Direito porque haveria sempre emprego: desde porteiro de Banco a Ministro.
A guerra de África melhorou um pouco o nível. Apareceram uns civis que «meteram o chico» pois viram que a tropa era uma mina [vd. São Jorge da Mina, Séc. XIII]. Os rendimentos destes civis [novos-ricos e novos-capitães] foram a causa do glorioso 25.
Pedir:
medida módica de serenidade;
um neurónio operacional;
uma colher de café de sentido do ridículo;
uma gota de vergonha;
um grãozinho de hombridade;
uma parcela sobrevivente
é exigir o impossível a um tuga.
Classificar de irresponsáveis os jovens que bebem álcool [e na rua] é próprio de ideólogos estúpidos [há-os inteligentes mas não dão nas vistas].
Hoje morreram dois GNR que estariam a velar pela segurança de uns trabalhadores no separador central da A1. Apanhados, dentro do carro, por uma besta a 150km/hora. Como o tuga pensa que as 'zebras' para peões são um seguro de vida, os pobres deveriam pensar que os coletes verdes eram a sua segurança. Até agora a Zelota CS ainda não informou sobre o autor do crime nem de mais 2 que o acompanhavam [sabe-se que estão em estado grave num hospital].
E prontus... José Mendonça da Cruz, nada a fazer enquanto esperamos que vire o disco para tocar o mesmo.
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