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Ouvimos, na semana passada, a esquerda a considerar que seria uma perda de tempo dar posse a um governo chefiado por Passos Coelho. Anteontem o agora líder da bancada do PS Carlos César (eleito com 5 votos contra e 9 abstenções bem reveladores da grande unidade em torno do seu nome) bradava conta a demora de Passos Coelho em apresentar a constituição do governo e, uma vez mais, indignava-se pela posição de Cavaco Silva (agora em autorizar tal demora). Ainda ontem ficou conhecida a constituição do governo (apenas 5 dias após a indigitação do PM) mas, hoje, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, considerou que “o que não é normal é que o Governo demore tanto tempo a apresentar o programa”. Quanto à apresentação do acordo à esquerda o mesmo dirigente do BE afirmou que “não há obrigação constitucional de apresentação de acordos. Como não há essa obrigação, não há perda de tempo”. Já para o PCP o tempo é outra realidade pois na opinião de João Oliveira, líder da bancada comunista, o putativo acordo será conhecido “logo que haja condições para isso”. Já para o PS o tal acordo tem, finalmente, uma data marcada: “ficará associada ao momento em que for discutido o programa de Governo [da coligação]”. Ou seja ainda dispõem de muito tempo até ao dia 10 de Novembro para se entenderem com os comunistas e conseguirem celebrar um acordo que, soube-se hoje, para o PS “ não é só um acordo de investidura, mas também um acordo de legislatura". Em resumo, quando de acordos se trata, o tempo é elástico para a esquerda, ou seja, é quando houver condições; mas se o que estiver em causa for a discussão do programa do governo eleito pela maioria dos portugueses então tudo é uma perda de tempo.
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O antropólogo Emmanuel Todd elaborou umas teorias ...
Concordo totalmente.
Excelente post. Pouco se escreve sobre isto (porqu...
por egoísmo e narcisismo nota-se cada vez mais em ...
Excelente reflexão, subscrevo.