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O tal debate

por João-Afonso Machado, em 20.02.24

Esta vaga de debates, comecemos por aqui, nada influência as minhas escolhas de voto. É claro, há muito já habituado a escolher entre o menos mau e o pior... Ou o mais próximo da minha profissão de fé ideológica, a social-democracia.

O mega-debate de hoje interessava-me para mais conhecer a postura do Sr. Santos, o proletário melhor motorizado deste País. Certamente sem as carências de locomoção dos polícias que se manifestavam à porta dos estúdios... E, já agora, um comentário a pingar este intróito - Pedro Nuno Santos, social-democrata? - Nada me convence de que ele seja mais do que um político profissional (apenas), tão célere a dizer que não paga as contas da Troika como em passar ao lado de quantos vivem carenciados neste pobre Portugal vergado ao peso da dívida pública e à lavagem do PIB.

Isto posto, fui ouvir o debate. Logo abrindo com demagogia barata e desbragada sobre a TAP e evoluindo depois para o disparate - de parte a parte - das questões demasiadamente técnicas para a percepção do cidadão comum que, infelizmente, é pouca. Linguagem de números incidente nas costumeiras questões: os transportes, a habitação, o Ensino, a Saúde, os pensionistas; e ilustrada por papeis que valem rigorosamente nada, menos ainda que os meus desenhos a lápis de cêra...

Mas a estratégia maior esteve sempre bem à vista: Montenegro espicaçando Santos, num esforço notório para o levar ao campo das alarvidades. Foi um longo frente-a-frente. Tão longo que o ponto forte obtido por Montenegro deve ter passado despercebido: essa verdadeiríssima acusação da mentira orçamental socialista, ao governar com cativações.

Já a argumentação multiusos de Santos - Você não sabe, você nunca governou! - diz-nos apenas que, para nossa desgraça... Santos nos governou... Mas, ainda assim, estou crente, não houve nem vitorioso nem derrotado. A não ser o eleitorado que desprezou o futebol e optou por este ping-pong - desporto em que não temos tradições e em que sempre perdemos.


8 comentários

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De Marques Aarão a 20.02.2024 às 04:58

Comentadores em delírio. Mais uma vez em novo sprint final, agora Pedro Nuno Santos ao ir buscar Passos Coelho ganha o debate a Luiz Montenegro. Não deixa de ser notável quando o  desastroso passado governativo do PS onde PNS foi figura não conta afinal para nada. 
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De O apartidário a 20.02.2024 às 07:05

O plebiscito
Nas próximas eleições Portugal não vai escolher diferentes programas de governo. Vai sim participar num plebiscito sobre o lugar do Chega no regime.

04 fev. 2024, 08:20 no Observador

Todos os dias temos mais um facto que, garantem-nos, só vai beneficiar o Chega.

O de hoje é o adiamento do Famalicão–Sporting. Dos 15 agentes destacados para fazerem gratificados neste jogo apenas três compareceram ao serviço. Os restantes doze agentes estão de baixa médica. O jogo foi cancelado. Do lado do Governo o caso está ser lido como uma “insubordinação gravíssima” das forças de segurança e as forças de segurança lembram que no próximo dia 10 de Março podem não conseguir assegurar o dispositivo de segurança inerente às eleições…

Até à hora a que escrevo este é o último facto que só vai beneficiar o Chega. Amanhã ou quiçá ainda hoje outro surgirá. Os agricultores manifestam-se? Isso vai beneficiar o Chega! Membros do Governo da Madeira estão a ser investigados por corrupção? Isso vai beneficiar o Chega!… Não tarda que o simples acto de respirar beneficie o Chega!


Helena Matos no Observador

https://observador.pt/opiniao/o-plebiscito/
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De O apartidário a 20.02.2024 às 09:18

Perante tal quadro só me apetece fazer citações. Aqui vai mais uma:


22 dez. 2023, 00:13 no Observador

O populismo é um compagnon de route da democracia que floresce sempre que a democracia falha. Alimenta-se das crises económicas, das disfunções da democracia representativa, dos problemas levantados pela integração de emigrantes e minorias, da desinformação veiculada pelas redes sociais e dos escândalos de corrupção nas elites.

A crise política atual, desencadeada por fortes indícios de corrupção nas formas de conflitos de interesses, compadrio e tráfico de influências, envolvendo a cúpula do governo, e as declarações que se seguiram, de altos responsáveis, revelando faltas à verdade, contradições, jogos táticos e críticas à atuação da justiça, estimulam a polarização social e são um tapete vermelho para o populismo. Os escândalos de corrupção corroboram a visão de uma sociedade dividida entre o povo e uma minoria acima da lei, alimenta o ódio contra as elites, geram sentimentos de injustiça, de desigualdade, de revolta e de desconfiança nas instituições e nas suas lideranças, e abalam as bases da democracia representativa. Aumenta-se, deste modo, a procura social de autoridade, estabilidade, segurança e justiça, o reforço do poder do estado, o regresso aos equilíbrios sociais do passado e aos valores tradicionais. É a resposta que o populismo apresenta.

Ao contrário do que propõe a generalidade das forças políticas, a luta contra os populismos, de esquerda ou de direita, não passa por “cordões sanitários” e “linhas vermelhas” para os isolar, nem por ignorar o voto legítimo dos seus apoiantes. Quem votou nos extremos políticos fê-lo legitimamente. Não pode haver votos nem cidadãos de segunda. A representação parlamentar de todos tem de ser respeitada ou estamos a negar a essência da democracia representativa. A solução não está em combater os efeitos, mas em eliminar as causas. E as causas estão à vista. São a incompetência, a irresponsabilidade, a falta de integridade e de sentido de estado de alguns responsáveis políticos. Quando os resultados das próximas eleições mostrarem um aumento da polarização social e dos populismos, dificultando os consensos e a governabilidade, só têm de se queixar de si próprios.

Luís Caeiro no Observador
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De balio a 20.02.2024 às 09:34


ping-pong - desporto em que não temos tradições e em que sempre perdemos


Isto é absolutamente falso. Portugal tem, nos últimos anos, averbado importantes sucessos em ténis de mesa.
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De cela.e.sela a 20.02.2024 às 10:06

começou pelas figuras de urso das personalidades que faziam perguntas. mastigaram mas não conseguiram engolir a AD.
«Chamem a Polícia que eu não pago!»
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De Jorge a 20.02.2024 às 11:38

A verdade foi a grande derrotada  . Qdo PNS diz que o PS não acabou com as PPP e nem comentadores nem o pulhigrafo o desmentem.....Está encontrado o Socrates II.
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De Anónimo a 20.02.2024 às 12:37

Afinal o debate não foi transmitido em simultaneo pelas três televisões. Cada uma deve ter transmitido o seu. E para grande azar eu não vi o que aqui é descrito. Mas enfim, devo ser eu que estou mal, ... eu e mais alguns, escolhemos a estação errada.

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