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O PS e o Sr. Costa vivem momentos de sonho. Enquanto por essa Europa todos os partidos socialistas levam forte e feio, em Portugal a opção “geringonça“ vem provando ter sido de uma grande utilidade à sobrevivência partidária. Com sondagens favoráveis, esquerdas irresponsáveis domesticadas, e contando com a natural responsabilidade da direita, o Sr. Costa só corre mesmo um risco. De tanto dilatado que anda poder um dia vir a rebentar.
O interessante na história é que o Sr. Costa pouco fez para os resultados que reclama. Pergunte-se:
Nada disto é da sua responsabilidade. O Sr. Costa, como equilibrista que é, vai vivendo dos dividendos da herança e dos ventos favoráveis do momento, o que lhe permite ir gerindo a situação a cada momento, distribuindo um amendoim aqui, outro ali, satisfazendo um e outro grupo de pressão mais irrequieto. E parece que ainda com vagares para não se esquecer que é socialista (o poder e lugares públicos são “nossa” propriedade, não é? a César o que é de César). Nada como uma herançazinha a que se junta um vento pelas costas e um povo que não se importa de ser iludido.
Mas seria incúria não reconhecer que o Sr. Costa consegue coisas mirabolantes. Derrotado nas legislativas criou uma fórmula torpe para sobreviver. A criação da geringonça é realmente insólita. Domesticou a esquerda irresponsável e esganiçada a troco de uns amendoins. O preço? Tanto mais caro quanto o engenheiro social (ir)responsável pela educação tiver poder de acção. O que se passa na educação com o fim dos contratos de associação é um filme de terror. E sabe-se lá o que mais virá de exigências da Fenprof.
O Sr. Costa teve ainda o condão de manter inalteradas as políticas do governo anterior no que respeita ao défice! Embora com alguns truques à mistura (socialismo sempre), do género passar a dívida montantes que não passaram por défice, o Sr. Costa provou, embora um pouco mais tarde, que pode também vir a ser radical nesta matéria, desmentido o Sr. Costa pré eleitoral e indo muito para além do Sr. Passos Coelho & Cª se tomarmos em conta o corte radical no investimento público.
Imagine-se que o Sr. Costa até já fala nas virtudes de ter contas externas equilibradas ou mesmo excedentárias! Com sorte, e se as sondagens correrem ainda mais de feição, ainda ouviremos o Sr. Costa a falar das virtudes da taxa de poupança e de como urge fazê-la subir dos míseros 3,5% ou 4% para uns 12% do rendimento disponível, quando sempre apregoou aos quatro ventos que havia que estimular o consumo interno.
O Sr. Costa reclama para si os louros do que vai acontecendo de positivo na nossa economia quando em muito pouco contribuiu para isso, e na parcela que lhe cabe foi onde deu continuidade ao que antes tanto criticou. Não virou nenhuma página da austeridade como prometeu (nem podia). Bizarro? Nem por isso se pensarmos que não tirou a mesma ilação que impôs ao seu antecessor no PS após igual derrota nas eleições.
Não Sr. Costa, Vossa Excelência não é um príncipe da política. E por as coisas serem como são e por não haver como contornar a realidade, não é de estranhar que o apelidem de poucochinho e Xico-esperto. E não, não é azia. É antes o verdadeiro incómodo ter de dizer aos filhos que o Primeiro-ministro de Portugal não é exemplo a seguir, quer pelo carácter que possui, quer por ser cigarra quando o que precisamos é de formigas.
Pedro Bazaliza
Convidado Especial
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