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O Sol e a fúria

por henrique pereira dos santos, em 02.04.20

Aviso: eu não percebo nada disto e vou apenas contar uma história alternativa sobre a covid19.

Michael Levitt, ainda em Janeiro, quando toda a informação sobre o surto da covid19 era que não havia grande informação, disse, escreveu, deu entrevistas, a explicar um facto base e bem conhecido da epidemiologia: a velocidade de alastramento de uma epidemia  decai rapidamente porque o número de pessoas contagiadas por cada infectado decai rapidamente. Não sei se disse, mas acrescento, isto é especialmente verdade para as infecções que se relacionam com as doenças pulmonares, que têm um percurso longo entre os pulmões dos infectados e os pulmões dos infectáveis. Contagiar alguém implica que saiam milhões de vírus dos meus pulmões, se depositem em algum lado, que alguém toque nessa superfície e que leve a mão à boca, olhos ou nariz, antes de as ter lavado, diminuindo brutalmente o número de vírus activos em cada um desses processos. O que tem consequências diferentes de infecções, como a varicela, em que os milhões de vírus que estão em qualquer secreção estão potencialmente disponíveis para infectar directamente através da pele, sem todos os saltos referidos atrás.

Por um lado, como ele explicitamente refere, as nossas bolhas sociais são bastante sobreponíveis - se eu for o paciente zero, numa população que nunca contactou com a doença, a minha capacidade de contágio no primeiro dia é enorme, mas no segundo a larga maioria das pessoas com que contacto já contactei no dia anterior e assim sucessivamente, quer para mim, quer para os que eu infectar, cuja bolha social é, em grande parte, sobreponível à minha.

Por outro lado, digo eu por interposta pessoa, o esforço do vírus para encontrar um hospedeiro é crescente.

Se nesse primeiro dia eu tiver uma reunião em que faço um longo discurso e depositar no tampo da mesa (num raio de metro e meio) milhões de vírus que têm capacidade para infectar pessoas durante três dias, e eu for o paciente zero, todas as outras pessoas que tocarem nessa parte da mesa são hospedeiros potenciais para o vírus e, se a mesa for muito usada, o mais provável é infectar alguém.

Mas à medida que há mais gente infectada, portanto, não infectável, a probabilidade do vírus infectar alguém nesses três dias decai rapidamente porque mesmo que chegue aos pulmões dos que já foram infectados, deixa de estar activo porque é anulado pelos anti-corpos, ou seja, o vírus entra num beco sem saída. (não, não é preciso esperar por ter 60 a 70% da população infectada para que isto aconteça, é uma evolução progressiva).

Foi este processo, e não a ditadura chinesa, que parou o alastramento da epidemia na China, na Coreia e na Itália (para os que estranharem, a mortalidade na Itália tem hoje uma sólida tendência decrescente, o que significa que há uma semana atrás a infecção iniciou também uma sólida descida).

Mas há um outro facto conhecido, ainda não totalmente demonstrado para este vírus em concreto, mas conhecido para os seus primos coronavírus, que é a capacidade dos raios ultravioletas reduzirem muito a actividade viral (não é tanto o calor, são mesmo os raios ultra-violetas, tal como os factores críticos para os fogos são a secura e o vento e não as temperaturas, malditas correlações estatísticas).

Por essa razão, a actividade dos vírus associados às doenças pulmonares tende a reduzir-se com a progressão da Primavera e aí pelo princípio de Maio está, normalmente, em níveis tão baixos que os surtos gripais morrem nessa altura.

Ou seja, se a tal mesa de que falei estivesse ao sol, provavelmente o tempo de actividade do vírus era tão pequeno que eu nem sequer iria infectar ninguém ou, pelo menos, a probabilidade era muito mais baixa, logo a velocidade de propagação também.

É provavelmente isto que irá dar a Portugal uma epidemia menos agressiva, por ter começado mais tarde no ano, numa altura em que os ultravioletas já estão a subir, e é isto que irá derrotar o vírus na Europa e Estados Unidos durante este mês que agora começa, por mais que a meio de Maio, o mais tardar, Trump venha reivindicar para si o que a ditadura chinesa reivindicou antes: a grande vitória sobre o vírus.

Tudo isto é conhecido da epidemiologia.

Tudo isto foi posto de lado na decisão política, substituído por modelos matemáticos que deram uma aparência de solidez à abundância de correlações estatísticas usadas para contar a história dominante em que assenta a exigência das opiniões públicas por medidas desastrosas e radicais para obter o que se pode obter sem mexer uma palha: o controlo da epidemia. Não me parece razoável tomar decisões radicais com base nesta história alternativa, por demonstrar, o que me pareceria razoável era ter ponderado todas as hipóteses antes de avançar à bruta para a destruição da economia.

Não está em causa a necessidade de medidas de contenção social para minimizar os riscos, de maneira nenhuma. No exemplo que dei, no decurso de um surto é perfeitamente razoável e racional que se reduzam as reuniões presenciais para diminuir a probabilidade de contágio porque os benefícios podem ser relevantes, e os custos são marginais. Pela mesma ordem de ideias é razoável evitar aglomerações de pessoas, em especial as que alargam as nossas bolhas sociais: é muito mais provável ter pessoas com quem nunca mais me cruzo num festival de música, numa missa, numa manifestação ou num estádio de futebol, que nas minhas actividades do dia a dia.

Algumas pessoas têm contestado o fecho de escolas, sobretudo em surtos que não representam risco para as crianças, porque isso implica dificuldades acrescidas para o pessoal de saúde, de emergência e etc., que tendem a diminuir a capacidade de resposta e a aumentar o contacto entre as crianças e os avós que, neste caso, estão frequentemente nos grupos de risco.

E, com certeza, é preciso um esforço sério de protecção dos grupos de risco, que implica contenção social mais rigorosa para estes grupos.

Interessa-me fazer realçar a diferença entre medidas de contenção social que contribuem para o alargamento das bolhas sociais quotidianas e as medidas de contenção social que desestruturam o "viver como habitualmente", que nos deveria levar a ponderar seriamente cada medida por si, os seus impactos na epidemia e os seus efeitos secundários, em vez de decidir como  decidimos (e fomos nós, opinião pública, que decidimos, espero a seu tempo falar do papel da imprensa nesta gestão desastrosa da epidemia).

No momento em que escrevo, esta epidemia terá morto cerca de 50 mil pessoas, das quais metade a dois terços morreriam provavelmente até ao fim do ano, dada a fragilidade da sua condição física e idade, o que devemos comparar com os 56 milhões de mortos anuais provocados pela fome, para ter uma perspectiva do que podem ser as consequências das medidas brutais que temos estado a tomar (o Banco Mundial falava, nestes dias, de mais 11 milhões de pessoas que passavam a estar abaixo da linha de pobreza só da Ásia e Pacífico, claro que tenho sobre estas previsões a mesma posição que sobre quaisquer outras, isto é, devem ser vistas com cautela, mas o risco de haver milhões de pessoas a passar muito mal nos próximos meses é, parece-me, inquestionável).

Assim sendo informo que a próxima pessoa que me vier com a superioridade moral de contestar as minhas opiniões com a conversa de que sou um darwinista social que ponho a economia acima da vida das pessoas se arrisca seriamente a levar um murro.


17 comentários

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De Luís Lavoura a 02.04.2020 às 10:39

aumentar o contacto entre as crianças e os avós

Não percebo o que faz aumentar o contacto entre as crianças e os avós: o fecho das escolas, ou o mantê-las abertas?

Esta coisa do contacto entre as crianças e os avós é em larga medida dependente da sociedade em que se vive. Cá em Portugal há muita tendência para as famílias se manterem unidas, para os filhos habitarem na mesma cidade que os pais e para os avós darem muito apoio aos pais na criação dos filhos. Há também em Portugal um grande hábito de os pais ou avós irem levar e buscar os filhos à escola. Noutros países não é assim, as crianças vão desde muito novas sozinhas para a escola e os pais habitam as mais das vezes em cidades diferentes das dos avós, pelo que as crianças vêem os avós muito menos frequentemente que em Portugal.
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De D. a 02.04.2020 às 11:13

Muito bem, ha um preco a pagar pelo confinamento e também sera pago em vidas humanas.
Mas ainda assim, 2 semanas depois do confinamento, a visao do terreno é uma unidade de cuidados intensivos que abre e em 5 dias esta cheia, abre  a seguinte, 3 dias depois, cheia... apenas com casos de covid19
esses doentes nao sao assim tao idosos, ha os 30-40-50 anos, vao estar la pelo menos 2 semanas, a mortalidade é alta
e uma vaga de pacientes que submerge o sistema, o sistema dificilmente consegue dar resposta e ha as vitimas colaterais, camas ocupadas com doentes de covid reduz o espaco para os outros doentes
as unidades de cuidados intensivas ainda antes do covid ja funcionavam perto da sua capacidade maxima
abrir unidades de cuidados intensivos, equipa las e sobretudo dota las de meios humanos que saibam o que fazer la dentro demora tempo e nao é facil


e isto tudo com confinamento... o que seria sem... o que sugere para resolver este acrescimo de procura, incapacidade de expandir a oferta?
e é errado pensar que os casos graves é so para maiores de 65 ou pessoas com comorbilidades, nao corressponde a verdade, a mortalidade é bem maior sim, mas ha bastantes casos graves em pessoas bem mais novas...


coragem nestes tempos dificeis
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De Luís Lavoura a 02.04.2020 às 11:59

a visao do terreno é uma unidade de cuidados intensivos que abre e em 5 dias esta cheia, abre  a seguinte, 3 dias depois, cheia... apenas com casos de covid19

Onde é que você vê assim o terreno? Eu não tenho ouvido nada disso nas notícias. Não tenho ouvido nada, nem sobre a abertura de novas unidades de cuidados intensivos, nem sobre as unidades existentes se estarem a encher rapidamente.

O que ouvi é que Portugal dispõe de cerca de 1400 ventiladores e, ao que parece, atualmente somente uns 250 ventiladores estão a ser utilizados com doentes de covid-19, pelo que, aparentemente a falta de ventiladores ainda está muito longe de se materializar.

Mas posso estar equivocado, se estiver corrija-me por favor.
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2020 às 12:17

1) O que seria sem confinamento seria mais ou menos o mesmo, pelo que dizem os dados que existem;
2) A mortalidade não é alta, aparentemente (não aparece em nenhum dos sistemas de vigilância da mortalidade acima dos picos mais relevantes dos surtos gripais);
3) A mortalidade é em dois terços (pelo menos) acima dos 75 anos e 99% em pessoas que ou têm idades muito elevadas, ou têm outras patologias ou as duas coisas ao mesmo tempo.
Resumindo, o seu raciocínio parte de premissas erradas
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De D. a 02.04.2020 às 12:51

1. Em quais dados se baseia? O exemplo que dei é um país confinado, como é que se compara com um país não confinado? Dizer que o confinamento não produz efeito na transmissão e consequente rácio de hospitalizações e mortalidade pareceme errado.
2 e 3. A mortalidade é alta, os dados preliminares apontam para um excesso de mortalidade/admissões para todas as populações admitidas em cuidados intensivos. Ver os artigos no jama ou no nejm, eu nunca vi tantas pneumonia com desfecho tão mau nos anos que estive em hospitais. E não é só nos mais velhos, a mortalidade é baixa mas há muitos casos graves nos cuidados intensivos de pessoas jovens e meia idade sem co morbilidades importantes. 


Podemos discutir se o confinamento é a melhor opção, sem dúvida, mas acho que devíamos partir do princípio que a patologia é grave assim como as suas consequências. Não é só uma gripe com boa imprensa... É bem mais do que isso. 
O mais importante é continuarmos a poder falar e respeitar a opinião dos outros, mesmo quando discordamos. Um abraço 
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De Luís Lavoura a 02.04.2020 às 15:21

A mortalidade é alta

Como assim?! Em 20 dias o covid-19 matou 200 portugueses. Ora, em 20 dias morrem em média (de acordo com os meus cálculos) uns 6000 portugueses. Ou seja, o covid-19 terá feito um acréscimo de uns 3% à mortalidade normal. Acha isso muito? Eu acho pouquíssimo...

Acresce que, segundo os dados de hoje, 89% dos mortos são pessoas com mais de 70 anos de idade (os restantes 11%, presumo, serão fumadores ou pessoas com a saúde muito debilitada por outras razões). Ou seja, o covid-19 mata quase só pessoas que de qualquer forma deveriam morrer em breve.
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2020 às 15:57


Quando se olha para uma doença a partir dos hospitais, discute-se a clínica.
Mas para discutir epidemiologia é preciso olhar para a doença a partir da sociedade.
Que a patologia, quando evolui para pneumonias duplas, agressivas e profundas, é grave, com certeza, estamos inteiramente de acordo.
Acontece que isso é uma ínfima parte dos infectados, que não sabemos quantos são, mas são, seguramente muito mais que os confirmados porque há muitos assintomáticos ou com sintomas ligeiros que não põem, e bem, os pés no hospital.
Se olhar para as curvas epidemiológicas da China (com todas as reservas sobre a informação chinesa), da Coreia e de Itália, verá que não consegue encontrar, em nenhum lado, sinais do confinamento.
Cinco a sete dias depois do confinamento, se fosse eficaz, teríamos de ver a curva a deitar-se, o que não acontece.
Em Portugal, o confinamento começa, de facto, no fim de semana de 14 e 15.
Isso significa que a 22, no máximo, deveríamos estar a ver alterações na curva relevantes e até ao fim desta semana, alterações na mortalidade, mas o que acontece é que a mortalidade ainda vai subir, e só vai começar a aplanar para a semana.
Estes são os meus dados.
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De Anónimo a 02.04.2020 às 17:58

Se o período de incubação fosse de 7 dias devíamos ver uma quebra muito significativa no dia apontado. Provavelmente o período de incubação e manifestação de sintomas deve ser superior ou muito alongado no tempo. Ou então estamos mesmo enganados quanto ao confinamento. Ou o confinamento foi furado por muitos. De reparar também no surto/pico dos últimos dias que aconteceu nos lares que pode mascarar a diminuição na população, em geral, confinada (e/ou a trabalhar).
É uma questão de se terem/trabalharem os dados sobre os infetados com parâmetros como local de trabalho, meios de deslocação usados, causa provável de infeção, etc... Trabalho dos que investigam/questionam os infetados, se é que há muitos destes profissionais.
Osvaldo Lucas
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2020 às 15:59

Acresce que, até hoje, tirando os casos particulares da Coreia e do Japão, ninguém consegue encontrar diferenças relevantes nas curvas dos diferentes países: entrada em exponencial, pico 12 a 15 dias depois, planalto por uns dias, e depois começa a descer, independentemente das medidas tomadas em cada país.
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De zazie a 02.04.2020 às 11:58

O problema é do sistema de saúde e efeitos colaterais em doentes com doenças muito mais graves.
E, o exagero, pode causar muito mais danos por essa via e até por contaminação hospitalar, simples, como sempre aconteceu e acontece com vírus e bactérias que por lá andam.


E é também nos médicos e demais profissionais de saúde em contacto com os infectados.


Porque há aqui uma diferença, que também acontece noutras doenças infecciosas como a SIDA:
Quando diz:
"Mas à medida que há mais gente infectada, portanto, não infectável. Não infectável porque já está mas com sobrecarga de vírus a infecção torna-se mais grave.


Só isso pode explicar a quantidade de médicos que morreram em Itália e na China. Se estão muito mais protegidos, como é que apanham facilmente o vírus e até podem morrer, sendo novos e saudáveis?
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De zazie a 02.04.2020 às 12:04

Depois ainda continua a não se saber como se dá a contaminação.
No seu texto ela está lá patente.


Diz: ". Contagiar alguém implica que saiam milhões de vírus dos meus pulmões, se depositem em algum lado, que alguém toque nessa superfície e que leve a mão à boca, olhos ou nariz"
Ok
A seguir diz assim, a propósito das escolas e das crianças (e acerca disso também tenho dúvidas se as escolas para os mais pequenos não deviam ser abertas)


", que tendem a diminuir a capacidade de resposta e a aumentar o contacto entre as crianças e os avós que, neste caso, estão frequentemente nos grupos de risco."


Então como é? se só com milhares de vírus a saírem dos pulmões, as crianças sem estarem doentes, como é que são bom veículo de transmissão deles para os mais velhos (avós, no caso)?
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De zazie a 02.04.2020 às 12:11

Simplificando.
A questão contraditória é esta:
1- Os avós- estão no grupo de risco por serem mais velhos. Mais grave o efeito de contágio mas não tendem a ser o principal foco de contaminação.


2- As crianças, são o quê? maior foco de contaminação, sendo os que praticamente nem ficam doentes e nem se sabe se são portadores?


Como se dá a transmissão nos assintomáticos, a não ser da mesma maneira dos sintomáticos, não sendo preciso tanto espirro para saírem cá para fora?
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De Anónimo a 02.04.2020 às 12:17

Quando muitas pessoas cantam hossanas à desinfeção de ruas com lixívia com medo de transportarem o vírus para casa, a batalha do bom senso parece-me perdida. E se os nossos governantes adicionam, a medidas elementares de distanciamento físico, medidas bélicas e desestruturantes, a batalha parece-me, no mínimo, uma confusão boa estratégia, de disparos aleatórios em todas as direções e de perdas por fogo amigo. Valham-nos os baixos comprimentos de onda...
Osvaldo Lucas
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De zazie a 02.04.2020 às 13:12

Porquê?
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De António a 02.04.2020 às 14:31

Aprecio os argumentos em que, ou se concorda, ou se leva um murro.
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De henrique pereira dos santos a 02.04.2020 às 15:45


Eu aprecio mais as pessoas que sabem ler.
Eu não disse que dava um murro em que quem discordasse do que eu escrevo, dava em quem usasse o argumento da superioridade moral que assenta na dicotomia das pessoas para um lado e a economia para outro.
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De António a 02.04.2020 às 20:49

Mim saber ler, bwana.

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