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O senhor Neeleman, protagonista privado da aviação comercial, tem uma companhia aérea nos EUA, a Blue, uma companhia aérea no Brasil, a Azul, e tinha a TAP em Portugal. Tinha um plano a médio e longo prazo: aumentar o tráfego aéreo entre os seus hubs em Lisboa, nos Estados Unidos e no Brasil, recolher passageiros das rotas secundárias (os raios da roda) para alimentar os voos intercontinentais. Foi com esse plano que a TAP cresceu, pagou dívida, aumentou a frota, aumentou a receita e criou milhares de postos de emprego.
Depois chegou a pandemia, que seria sempre um duro golpe no presente e futuro da companhia. Mas graças ao governo socialista e aos idiotas úteis, o golpe será fatal: a TAP vai regressar à insignificância e ao prejuízo crónico.
Pela mão dos socialistas e seus satélites, que abominam tudo o que seja privado e funcione, a privatização foi revertida. Soubemos desde logo que sem que o Estado mandasse, embora se responsabilizasse por prejuízos. (Os idiotas úteis aplaudiram.) E sabemos agora que com uma cláusula secreta assinada pelos socialistas que obriga o Estado português a indemnizar o accionista privado com uma penalização e mais o valor da empresa em caso de nacionalização.
A pandemia não seria necessariamente um golpe fatal, se o governo socialista tivesse sido célere no apoio à TAP, e tivesse sido competente na negociação com a UE, nomeadamente rejeitando a menorização da empresa. Em vez disso, o governo preferiu ser fraco com a UE e forte na hostilização dos privados que sanaram a situação da empresa e a fizeram crescer.
Obtendo a nacionalização da TAP, como desejavam, empurrando o accionista principal, os socialistas dispensam os hubs de Brasil e EUA, ou seja um futuro de crescimento e rentabilidade. Obtêm aquilo que sempre conseguem, a que se habituaram, e que propagandeiam como vitórias: uma companhia aérea pequena, irrelevante e deficitária, em resumo, uma empresa pública sem interesse económico ou social. Quanto aos idiotas úteis, os que em vez de uma empresa internacional rentável ansiavam por ter aviões a voar entre as suas capelinhas, obtêm exactamente aquilo contra que diziam protestar : uma empresa puramente regional, ou seja, provinciana. Podem todos limpar as mãozinhas à parede.
E já a seguir, já, jázinho, logo que chegue esmola do estrangeiro, os socialistas podem deitar-se a fazer o mesmo que o seu amigo Sócrates tanto amava: gastar rios de dinheiro em aeroportos sem aviões nem vivalma.
PS1. É tristemente divertido ver o debate público entre os dois herdeiros putativos de Costa, com o Medina das bicicletas a reforçar a posição do chefe na fuga a responsabilidades, através de críticas a DGS, ministra da Saúde e tudo quanto mexa; e o Nuno Santos do Porsche a enterrar a Tap e a si próprio com discursos de animal feroz sobre «intervenções assertivas» e recusas de «ceder ao privado» (linguagem de troglodita que julgávamos ultrapassada), e sobre os «fanáticos» que não pensam como ele. Estamos nisto.
PS2. Lisboa estava a transformar-se numa interessante plataforma de distribuição de tráfego dos EUA e Brasil para a Europa, e da Europa para EUA e Brasil. Essa a utilidade de ter um aeroporto melhor. Quando constatarem quem nos substituirá nesse papel e nesse negócio, talvez socialistas e idiotas úteis tenham um pequeno vislumbre.
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