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Esta história conta-se depressa.
"Não tenho maneira de saber se isto é realmente verdadeiro, se é, é gravíssimo e estre Francsico Santos Silva merecia uma carga de porrada (desculpem a linguagem e a sugestão, mas estou a tentar manter-me ao nível do texto original).
Se não é, o mesmo se aplica a quem inventou esta história, e continua a ser gravíssimo."
Este é um post que fiz no Facebook e que levou a que esteja proibido de escrever e comentar por três dias (resulta, provavelmente, da denúncia de um comentador aqui do Corta-fitas, a julgar pelo comentário ao meu post anterior em que me pergunta porque não digo nada no Facebook, já que é difícil a terceiros saber que estou bloqueado e ele sabe), a propósito desta coisa inacreditável.
É para o lado que durmo melhor (eu próprio abandono o facebook de tempos a tempos) e acho que o Facebook tem todo o direito a gerir o estaminé como entender: eu só lá estou se quiser, e eles permitem que eu esteja, se quiserem.
Para o que queria chamar a atenção, a propósito de uma troca de argumentos entre numa conversa em que participei ontem, e dos argumentos a favor da liberdade de expressão de Luís Aguiar-Conraria, Carlos Guimarães Pinto, Eduardo Cintra-Torres e das cautelas em relação a essa liberdade de Joaquim Vieira e Manuel Carvalho (é extraordinário como são os senadores da imprensa a querer encontrar mecanismos para controlar a liberdade do discurso), é que o resultado concreto do policiamento do discurso tem sempre, sempre, o risco do que é evidente neste caso.
Um indivíduo concreto tem uma atitude vergonhosa: não concordando com um colega, faz queixa ao empregador do colega, usando argumentos falsos (isso é o menos, poderia ter usado argumentos verdadeiros que continuava a ser vergonhoso), pretendendo que o empregador sancione o colega pelo que disse (e ainda invoca a liberdade de expressão).
Eu comento essa atitude vergonhosa dizendo que não tenho maneira de confirmar se existe (embora todos os indícios seja no sentido de que seja verdadeira e o senhor Francisco Santos Silva tenha orgulho em ser um denunciante sem causa), mas a existir o seu autor merecia isto ou aquilo e, a não existir, quem inventou a história, merece isto e aquilo.
Qualquer criança com sete anos percebe que estou a usar uma mera figura de estilo (e não a organizar uma espera a ninguém), mas outro orgulhoso denunciante sem causa sabe que pode usar as regras de policiamento de discurso para me chatear e portanto faz uma denúncia e o Facebook toma uma decisão que na prática significa apoiar denúncias indignas como a que foi feita, sancionando quem se revolta contra esse tipo de indignidade.
O problema é a imperfeição do sistema de controlo social do Facebook?
Não, o problema é haver tanta gente, tão qualificada que não perceba que este é o resultado inevitável de qualquer sistema de policiamento do discurso que desloca da sociedade para uma entidade qualquer o poder de sancionar discursos desadequados.
Ou melhor, o problema é haver tanta gente a querer tornar este modelo num modelo normativo assente no aparelho repressivo do Estado, dando-lhe formas legais e coercivas.
E haver ainda mais gente que acha que não há grande risco nisso e que realmente há coisas que não se podem aceitar no discurso público, como a mentira, o incitamento ao ódio e todas essas boas intenções que sempre justificaram todos os sistemas de censura que existiram e existem.
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