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O regresso dos cro-magnons

por João-Afonso Machado, em 04.12.24

ORANGOTANGO.jpeg

A história é absolutamente verdadeira, ocorreu há cerca de uma hora e conta-se assim, recheada de testemunhas presenciais:

I - O comboio suburbano vinha do Porto para norte. A páginas tantas, quatro barulhentos indíviduos -  três homens e uma mulher - sem mais nem quê, e exibindo uma arma branca, desataram a dar pancada em dois pacatos indianos que vinham para Famalicão.

II - Bateram selvaticamente num deles, deixando-o ferido e a necessitar de tratamento hospitalar, após o que fugiram na estação de S. Tomão do Coronado, um pouco longe do destino dos indianos (sendo que, à cautela, ainda perguntaram a estes para onde se dirigiam).

III - A carruagem ficou encharcada em sangue e ninguém nela moveu um dedo em auxílio das vítimas.

IV - Os meliantes apresentavam-se de cabeça rapada, eles, e de cabelo pintado extravagantemente, ela. Todos com as suas tatuagens.

Isto posto:

V - Os indianos são comunmente gente pacífica e ordeira. Migraram para ganhar o seu sustento, encontram-se muitas vezes ainda desenquadrados e desambientados, sendo presa fácil deste tipo de energúmenos.

VI - Os quais agem normalmente com selváticos propósitos raciais e políticos. Não adianta ocultar o que se lê nas redes sociais a tal respeito, ou a arrogância v.g. de um troglodita chamado Mário Machado, talvez o maior mentor deste tipo de atitudes e, quanto se sabe, ocasionalmente não encarcerado.

VII - (Neste contexto, haverá sempre que distinguir os machados de pedra lascada - o sobredito caso - e os demais machados, sobretudos os oriundos das melhores forjas do Rhur...)

VIII - À chegada a Famalicão, desceram três testemunhas com a vítima e o seu companheiro, e surgiram um carro da PSP e a ambulância que depois seguiu para o hospital.

IX - Falei com o outro indiano que, manifestamente, estava apavorado.

X - Os criminosos, não identificados, ao sairem em S. Romão estarão algures, agora, rindo da sua façanha em uma gruta e com os restantes do bando. Por hoje terão saciado a sua fome; amanhã, porventura, voltarão a mais emboscadas.

XI - Vale dizer, com certeza não serão apanhados; quiçá na próxima, se alguém agir lestamente.

Concluindo:

XII - Sou um xenófobo. Esta raça primitiva e tatuada é-nos manifestamente inferior. E não há qualquer motivo para que não se lhes dê caça.

 


34 comentários

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De balio a 04.12.2024 às 18:01

E não houve ninguém que chamasse a polícia, que saísse com os meliantes em Coronado e chamasse dali a polícia para os identificar? Não houve alguém que filmasse, para que pelo filme se pudesse identificar os indivíduos?
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De João-Afonso Machado a 04.12.2024 às 18:23

Eu não ia no comboio. Assisti à sua chegada na estação. E segundo o relato de uma jovem testemunha que ia na mesma carruagem, ninguém fez rigorosamente nada à vista da faca empunhada
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De balio a 04.12.2024 às 18:03

Claramente, a existência de imigrantes gera uma sensação de insegurança: se os imigrantes não estivessem cá, aqueles meliantes não andariam a causar insegurança no comboio. A solução, evidente, é impedir a entrada de mais imigrantes - especialmente indianos, que numa percentagem razoável são muçulmanos. Está visto!
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De Fernando Antolin a 05.12.2024 às 12:52

Espera, os meliantes só vão chatear nos comboios porque neles viajam, também, imigrantes. Não fosse isso e, por falta de vítimas, os ditos energúmenos reconvertiam-se em escuteiros. Já agora, em que elementos se baseou para dizer que os imigrantes indianos, " em número muito razoável ", são muçulmanos ? 
Nunca deixa de nos surpreender...
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De balio a 05.12.2024 às 14:46


em que elementos se baseou para dizer que os imigrantes indianos, " em número muito razoável ", são muçulmanos ?


11% da população da União Indiana é muçulmana. Logo, podemos esperar que mais ou menos essa percentagem de imigrantes indianos em Portugal seja muçulmana.
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De Fernando Antolin a 05.12.2024 às 17:01

11% na Índia, é extrapolável na mesma proporção para cá ? 
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De balio a 05.12.2024 às 17:39


é extrapolável na mesma proporção para cá ?


Claro que não, por isso é que eu escrevi "mais ou menos".


O que importa é que, sendo uma percentagem substancial da população indiana muçulmana, podemos esperar que também uma percentagem substancial dos imigrantes indianos em Portugal o seja.
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De balio a 05.12.2024 às 16:24


os meliantes só vão chatear nos comboios porque neles viajam, também, imigrantes


Neste caso, é um facto. O autor do post relata que a carruagem do comboio ia cheia e que os meliantes, de toda a gente que ia na carruagem, agrediram somente os dois imigrantes.
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De Fernando Antolin a 05.12.2024 às 17:04

Homem, você deve ter viajado pouco em comboios suburbanos, já havia problemas, e muitos, antes da vinda em grande número de imigrantes.
Ganhe senso 
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De balio a 05.12.2024 às 17:41


já havia problemas antes da vinda em grande número de imigrantes


Acredito. Mas parece que agora, a avaliar por este relato, há mais uma causa para haver problemas: o facto de algumas pessoas gostarem de agredir imigrantes.
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De Vagueando a 04.12.2024 às 18:11

Lamentávelmente este tipo de ocorrências num país seguro, não são toleráveis.
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De César a 04.12.2024 às 18:27

III - A carruagem ficou encharcada em sangue e ninguém nela moveu um dedo em auxílio das vítimas

Pelo que li e me foi dado perceber, o autor da prosa teve conhecimento presencial do sucedido. Corrija-me se estiver enganado.
Mexeu algum dedo para auxiliar as vítimas, ou o parágrafo já o inclui?
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De João-Afonso Machado a 04.12.2024 às 18:47

Já respondi. Eu estava na estação onde o indiano saiu, falei com as testemunhas que vinham na sua carruagem, com o outro indiano e assisti à  polícia tomando conta da ocorrência. 
Se estivesse no comboio... creio que não ficaria quieto nem deixaria o trinca fazer-se despercebido.
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De César a 04.12.2024 às 19:47

Obg pelo esclarecimento. Pelo texto deduzi(mal) que estava no comboio. Cumprimentos
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De Filipe Costa a 04.12.2024 às 18:36

Se calhar os indianos insultaram ou algo pior uma mulher conhecida dos agressores. Não digo que sim, nem que não. Não sei.
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De Anonimo a 05.12.2024 às 06:39

É fácil dizer que se lá estivesse fazia e acontecia. A realidade... é diferente. 
O sentimento de impunidade no Portugal actual é grande, vai de cima a baixo. A violência contra algumas etnias enquadra-se, como acontecia há 30 anos bater em gays.
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De balio a 05.12.2024 às 09:51

A mim o que me custa é ler isto exatamente no mesmo blogue no qual outros bloggers afirmam, sem pestanejar, que os imigrantes causam uma sensação de insegurança aos autótones. Quando a verdade é, como se vê neste post, exatamente a oposta: que os autótones causam uma sensação (e não somente uma sensação: uma insegurança bem real) de insegurança aos imigrantes.
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De Anonimus a 05.12.2024 às 12:52

que os imigrantes causam uma sensação de insegurança aos autótones


Mas essa é uma verdade 
Mas apenas o será com "novas" vagas de imigração. Portugal, até pelo seu passado "colonialista", está mais habituado à diversidade étnica do que por exemplo os países do ex bloco de Leste.
Mas qualquer corpo estranho provoca uma reacção de desconfiança,  de ambos os lados. Há que educar, mas negar uma evidência também não é solução. 
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De balio a 05.12.2024 às 14:50


Sim, é verdade que alguns imigrantes causam sensações de insegurança nalguns autótones.
Só que, na minha humilde opinião, a ação política não deve ser orientada pelas "sensações" mais ou menos parvas de algumas pessoas, mas sim pelas realidades.
E a realidade, que se lê por exemplo neste post, é que quem tem razão para temer pela sua segurança são muito mais os imigrantes do que os autótones.
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De O apartidário a 05.12.2024 às 10:43

Toda a violência contra inocentes deve ser recusada(no entanto, e eu leio o CM quase todos os dias,não me parece que os imigrantes sejam mais vitimas que os próprios portugueses em toda esta questão de aumento de criminalidade ligada à imigração, seja legal ou ilegal).
 A montante temos um problema grave (que continua sendo camuflado apesar de todos os sinais e evidências)o qual vai continuar a provocar os problemas a jusante,isso parece-me óbvio. 
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De João-Afonso Machado a 05.12.2024 às 10:47

No caso concreto, conforme apurei, os meliantes numa carruagem cheia foram directamente aqueles 2 e não a mais ninguém. 
As conclusões,  cada um tire as suas.
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De balio a 05.12.2024 às 16:21

É claro que quem lê o Correio da Manhã todos os dias fica com uma perceção do crime em Portugal totalmente errada. Pode facilmente ficar com a impressão de que Portugal é um país com uma criminalidade muito elevada e de que grande parte dos perpetradores dessa criminalidade são imigrantes.
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De Octávio dos Santos a 05.12.2024 às 22:25

Os erros ortográficos cometidos por analfabetos (dis)funcionais mais ou menos anónimos não devem ser tolerados indefinidamente. Assim, mais uma vez, e prestando um modesto serviço público, deixo as necessárias correcções:


ExaCtamente.


AutóCtones.


ACção.


PercePção.
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De O apartidário a 06.12.2024 às 08:17

E quem lê o Público e(digamos) o jornal do pcp e/ou o do bloco esquerdista é que  fica bem informado? Os seus coments ,curiosamente, parecem bastante similares aos "cuspidos" dos ideólogos e afiliados nesses partidos que promovem activamente a censura do  "bem",que é resumidamente assim 'devemos reportar os crimes dos portugueses, não revelar a origem étnica quando são criminosos não brancos,e não reportar crimes dos estrangeiros '.
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De balio a 06.12.2024 às 10:27


Os seus coments parecem bastante similares aos "cuspidos" dos ideólogos e afiliados nesses partidos


Se houver similaridade, é mera coincidência, uma vez que eu não leio nem o Público nem qualquer publicação do PCP ou do BE. Também não leio qualquer outro jornal nem qualquer publicação de qualquer outro partido, exceto aquele do qual sou membro: a Iniciativa Liberal.
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De Folhasdeluar a 05.12.2024 às 11:50

Já não há heróis, e ser herói pode custar a vida...contudo, cuidado com o nosso quintal. O silêncio também mata.
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De João-Afonso Machado a 05.12.2024 às 12:19

Uma navalha é sempre uma navalha. Mas um salto para a frente pode também ser inesperado. Só em cima do acontecimento...
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De Fernando Antolin a 05.12.2024 às 12:54

Boa tarde, caro João Afonso Machado 
Compartilho consigo, a 100%, os sentimentos em relação a essa gentalha. 
Abraço 
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De João-Afonso Machado a 05.12.2024 às 12:59

Viva, caro Fernando Antolin!
É evidente que ambos sabemos o que é  ser uma pessoa civilizada, sem necessidade de discursos sobre a democracia e os mais da praxe.


As pessoas merecem respeito. E devem respeitar.
Um abraço!

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