Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




O rádio portátil

por João Távora, em 29.04.25

Radio_portatil.jpg

O apagão de ontem relevou-nos a importância da radiodifusão, das velhinhas ondas hertzianas cuja emissão convém manter por mais inútil que pareça – julgo que já só a Antena Um transmite em Ondas Médias (em minha casa não consigo captar) que tem vantagens funcionais em relação às Frequências Modeladas em caso de emergência. Aquilo que parecia inconcebível aconteceu: depois do almoço, ficámos progressivamente todos desligados. Primeiro desligados da rede telefónica fixa, depois da rede celular de telemóvel e finalmente da internet (móvel e fixa). A jornada serviu principalmente para percebermos as fragilidades que o nosso modo de vida excessivamente dependente da tecnologia encerra. De demasiadas tecnologias.

Da experiência urge tirarem-se profilácticas ilacções sobre as causas e responsabilidades pelo do sucedido, mas principalmente (porque o imprevisto acontece) sobre a necessidade de elaboração de planos de contingência para outra situação semelhante que venha a suceder. Convenhamos que, se um evento destes não for rapidamente sanado como foi o caso, ele pode gerar um grave problema de repercussões incalculáveis. O nosso modo de vida funda-se na facilidade de comunicação, na transação rápida de informações.

Estaria certamente fora das minhas cogitações, mas o facto é que ontem estive quase doze horas impedido de fazer um simples telefonema para os meus filhos – em tempos que já lá vão a rede telefónica tinha alimentação de energia própria, ou estarei enganado? Lá em casa valeu-nos o pequeno rádio portátil para passar um inesquecível dia… incontactáveis.

Valeu-nos principalmente o apagão ter tido uma resolução rápida.

Tags:


16 comentários

Sem imagem de perfil

De Anonimo a 29.04.2025 às 15:55

O rádio a pilhas faz parte do kit de sobrevivência que alguns governos europeus estão a promover para os seus cidadãos
Sem imagem de perfil

De balio a 30.04.2025 às 09:50

Um telemóvel recebe perfeitamente FM e pesa menos e ocupa menos espaço que um rádio a pilhas.
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 30.04.2025 às 12:00

Exacto. E carregas o telemóvel com a força da mente.
Sem imagem de perfil

De balio a 30.04.2025 às 12:17


Um telemóvel aguenta carregado durante uns bons 5 dias. Pelo menos o meu aguenta.
Sem imagem de perfil

De Anonimo a 30.04.2025 às 13:15


E ao fim de 5 dias... pois.
Falar sem perceber do que se fala dá nisto.
Sem imagem de perfil

De balio a 01.05.2025 às 11:31


Ao fim de 5 dias, aliás muito antes disso, estou a morrer de fome porque as caixas Multibanco estão inativas e não me dão dinheiro e, serm dinheiro, não posso comprar de comer.
O maior problema, a meu ver, é esse. Como é que uma pessoa compra de comer se não tem acesso à sua conta bancária?
Sem imagem de perfil

De Carlos Diniz a 30.04.2025 às 13:16

Se não lhe mexer, claro que aguente 5 dias. O diabo é quando acede ao rádio, aguenta umas horas, não mais.
Sem imagem de perfil

De balio a 01.05.2025 às 11:34


quando acede ao rádio, aguenta umas horas, não mais


Não.


O meu telemóvel (um F2 barato, compra-se em qualquer loja por 20 euros) aguenta bateria por cinco a sete dias mesmo ouvindo rádio uma hora por dia.


Ouvir rádio gasta muito pouca energia porque o telemóvel só tem que captar ondas. Não tem que ele mesmo emitir ondas para a antena.


Além disso, o nível de som é muito baixo, porque só tem que chegar aos auriculares. Ao contrário de um rádio a pilhas, que emite para o ar envolvente.
Sem imagem de perfil

De cela.e.sela a 29.04.2025 às 16:31

entreguem o país aos sábios dos sindicatos, políticos de esquerda e direita, comentadores.
quando roubam à formiga «quem tem o melão na mão, é o ladrão»
Sem imagem de perfil

De Silva a 29.04.2025 às 17:25

Os apagões não são novidade; cubanos e venezuelanos conhecem essa realidade perfeitamente.
Tudo isto se deve à falta de investimento em manutenção/melhoria nas redes eléctricas.
Em Espanha, outro país onde a esquerda governa, a falta de investimento nas redes eléctricas originou o apagão que derivou para Portugal que encerrou as antigas centrais termo-eléctricas a carvão, devido às "políticas ambientais" derivadas da burrice sobre o pseudo-aquecimento global.
Financeiramente, importar energia sai mais barato, estrategicamente corre-se o risco destes apagões.
Sem imagem de perfil

De balio a 01.05.2025 às 11:38


importar energia sai mais barato, estrategicamente corre-se o risco destes apagões


E se o apagão tivesse tido origem em Portugal e não em Espanha?


As conexões entre redes são úteis não somente por permitirem eletricidade mais barata. A Espanha levantou a sua rede em boa parte apoiando-se em importações de França e de Marrocos.
Sem imagem de perfil

De passante a 29.04.2025 às 18:12

Primeiro desligados da rede telefónica fixa
em tempos que já lá vão a rede telefónica tinha alimentação de energia própria, ou estarei enganado? 


Não, as linhas forneciam 48V DC, mas tem de estar ligado à central telefónica da sua área por fios de cobre. Funcionava enquanto a central tivesse baterias/geradores.


Ter o número de telefone "fixo" pendurado na caixa da TV/internet que usa os 220V da parede não funciona ...

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 29.04.2025 às 19:49

Desligaram da internet devido ao telemóvel ter ficado sem bateria , ou a rede falhou?
Sem imagem de perfil

De balio a 01.05.2025 às 11:36


No meu caso, a rede (Lycamobile) falhou. Fiquei completamente desconectado até bem depois de a luz ter regressado.
Sem imagem de perfil

De Albino manuel a 29.04.2025 às 22:04

Nem com apagão. Prefiro o silêncio a ter de ouvir os nossos jornalistas.
Imagem de perfil

De O ultimo fecha a porta a 30.04.2025 às 18:02

Numa era em que a inteligência artificial é o futuro, concluímos que ela não foi suficientemente "inteligente" para antecipar e resolver um colapso. Mais uma vez as pessoas mostraram o seu egoísmo e desnorte ao açambarcarem o que podiam nas lojas. Ontem já tudo voltou ao normal, com pessoais anormais a querem devolver o que açambarcaram na 2ªf. Anda tudo louco!

Comentar post



Corta-fitas

Inaugurações, implosões, panegíricos e vitupérios.

Contacte-nos: bloguecortafitas(arroba)gmail.com



Notícias

A Batalha
D. Notícias
D. Económico
Expresso
iOnline
J. Negócios
TVI24
JornalEconómico
Global
Público
SIC-Notícias
TSF
Observador

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Comentários recentes

  • henrique pereira dos santos

    O post não diz, nem sequer sugere, que Moedas não ...

  • Anónimo

    Sempre se soube que Moedas não servia, é apenas o ...

  • Anónimo

    Ninguém proibiu a bola mas fecharam restauração

  • Anónimo

    Podiam começar por resolver o problema de Cabo Del...

  • Anónimo

    O incitamento à violência é (creio eu) crime. Se a...


Links

Muito nossos

  •  
  • Outros blogs

  •  
  •  
  • Links úteis


    Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2024
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2023
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2022
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2021
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2020
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2019
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2018
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2017
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2016
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2015
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2014
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2013
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2012
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2011
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2010
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2009
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2008
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D
    235. 2007
    236. J
    237. F
    238. M
    239. A
    240. M
    241. J
    242. J
    243. A
    244. S
    245. O
    246. N
    247. D
    248. 2006
    249. J
    250. F
    251. M
    252. A
    253. M
    254. J
    255. J
    256. A
    257. S
    258. O
    259. N
    260. D