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Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI(Jorge Amaral/Global Imagens)

Na sessão de apresentação dos resultados do terceiro trimestre – bons resultados impulsionados pela margem financeira, que só em Portugal  (e cada vez mais o que interessa é a actividade doméstica, uma vez que o BPI vai ser essencialmente um banco doméstico depois do spin-off) subiu 25,3% num ano e em termos consolidados essa subida foi de 30,8% – Fernando Ulrich comentou os temas quentes. Relação com a accionista Isabel dos Santos: Não foi feita proposta de compra de posição adicional no BFA" -  desmentindo que Isabel dos Santos tenha proposto a compra de 10% do BFA. Falou do projecto de cisão que criará um banco doméstico com menos capital e menos lucros. A posição de 50,1% que o BPI tem no BFA rendeu um lucro de 105,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.Falou da política e pela primeira vez referiu-se que era bom que as pessoas que votam nos partidos pequenos se sintam representadas no Governo, o que é uma clara alusão ao BE e PCP. 

Depois falou do tema mais importante para a banca: os rácios de capital que cada banco supervisionado pelo BCE tem de ter e que já sabe qual é. Rácio esse que explica que a CGD tenha de vender activos para pagar os 900 milhões de CoCo´s ao Estado, sem poder aumentar o capital para isso [isto digo eu, não Fernando Ulrich], e rácio esse que pode explicar a derrocada em bolsa do Banif (onde o Estado tem 700 milhões em acções especiais e 125 milhões em CoCo´s em atraso de pagamento). O presidente do BPI não comentou estes dois casos, mas sobre o BPI disse que "está confortável com o valor fixado, que é inferior aos rácios que o banco tem”. O BPI tem um rácio de common equity tier I de 10.6% (“phasing in").

O BPI apresentou resultados domésticos de  38.9 milhões e em termos consolidados (com internacional que é essencialmente BFA) teve lucro líquido de 151 milhões. No 3º trimestre de 2015 (Julho – Setembro), o BPI obteve um lucro líquido consolidado de 74,8 milhões de euros (32,3 milhões na actividade doméstica e 42,5 milhões na actividade internacional). 

Sobre a cisão do BPI em dois (spin-off dos activos angolanos):

"Vejo muito bem" o futuro do BPI sem África

“Não é o meu sonho de vida, ou o projecto que gostava que continuasse, mas a realidade é o que é. Manda quem pode - o BCE - obedece quem deve - o BPI. Estamos na fase de obedecer e executar. O BPI, na actividade doméstica, segue o seu caminho, segue a trajectória de melhoria de rentabilidade” 

“O facto de haver um veículo cotado com exposição a activos africanos é um excelente veículo de investimento para os investidores, e há vários nos EUA ou na China, que estão direccionados para África e poderão olhar para ele com mais interesse do que olham para o BPI, que tem actualmente uma parte portuguesa e africana”. “Estamos a demonstrar que o BFA tem um modelo de negócio resistente e resiliente”.

“O projecto de cisão é muito exigente, porque envolve a obtenção de muitas aprovações e acordos. Temos de obter o acordo da Unitel, que tem direitos atribuídos pelos estatutos e acordo parassocial, e das autoridades angolanas e portuguesas. Há um conjunto exaustivo de passos a dar e todos esses processos estão em curso e estamos em conversações e em trabalhos”

"Estamos em diálogo com a Unitel sobre este projecto, é um processo que está em curso e estamos a trabalhar com espírito construtivo com um objectivo que é comum a todos”.

“Não foi dirigida ao conselho de administração nenhuma proposta de compra” de mais de 10% do BFA, disse ainda Fernando Ulrich, sobre o possível interesse de Isabel dos Santos em comprar uma participação adicional no BFA avançado pela imprensa.

Situação política:

"Estamos em democracia há 40 anos, é uma democracia madura. Vivo isto com muita tranquilidade e muita naturalidade. A última coisa que queria era fazer algum comentário que pudesse ser mal interpretado, o que às vezes acontece aos melhores, como eu e vocês sabemos. A última coisa que faria era dizer qualquer coisa que podia parecer que estaria a criticar a maneira como as pessoas votaram. Portanto as pessoas votaram como acreditam que é melhor para o país,  eu entendo que é bom ao longo do tempo que toda a população se reveja em quem está no Governo. Entendo que é bom que, por vezes, toda a população, algumas vezes, se sinta representada, isso ajuda a construir uma sociedade mais equilibrada".

"Tenho confiança em Portugal e nos portugueses, que têm capacidade para superar obstáculos difíceis como se viu no passado e hoje as coisas estão melhores. O que quer que seja que aconteça vai acontecer numa linha de estabilidade. Vejo o que se está a passar com muita tranquilidade, prefiro encarar a realidade do que cenários”

“A forma exemplar como o país ultrapassou todas as dificuldades e era estranho que agora se aumentasse o nível de conflitualidade” 

“Como está na moda dizer, agora é o tempo da política e dos políticos por excelência. Votámos e agora compete ao Presidente da República e aos partidos cumprir a constituição.  “Estou a viver esta situação de forma tranquila, vivemos em democracia, as pessoas votaram e agora alguns estão mais contentes e outros menos. É a democracia”

 Sobre os testes de stress: "O valor de rácio que o BCE recomenda para o BPI é inferior aos rácios que o banco tem"

"Relativamente ao capital indicado pelo BCE - que agora indica a cada banco supervisionado qual o capital que deve ter - a resposta é sim, nós - tal como todos os bancos - já recebemos a indicação provisória do valor do common equity tier I em phasing in que temos de cumprir, mas o BCE recomenda que não seja divulgado o valor. Posso dizer apenas que o banco não vai fazer nenhum aumento de capital por causa dessa recomendação.  Ela vai ser tornada definitiva daqui até ao fim do ano. A nossa expectativa é que não haja diferenças  significativas entre aquilo que foi indicado como o valor preliminar e o valor o definitivo, mas a decisão final é do BCE. O BPI está confortável com o valor fixado, que é inferior aos rácios que o banco tem”. O banco tem um rácio de 10,6%.

"Não tenho comentário especial e nem vou comentar a situação do Banif e da CGD [sobre possíveis problemas ou necessidades de capital] não tenho nenhuma informação especial que a senhora não tenha"



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