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O PS e o 25 de Novembro

por Miguel A. Baptista, em 25.11.24

O 25 de Novembro foi a vitória da esquerda moderada sobre a esquerda radical. Se situarmos isso em termos de partidos, terá sido a vitória do PS sobre o PCP e o Bloco (ao tempo UDP). 

Porque é que, sendo assim, terá o PS tantos "mixed feelings" acerca da data, porque é que esta lhe é, actualmente, tão incómoda? É que o PS sabe que só poderá aspirar a regressar poder se o fizer de braço dado com os derrotados do 25 de Novembro. É essa a razão do incómodo, o PS sabe que não pode hostilizar os aliados de que precisa. 

Acresce ainda a tal facto a personalidade de Pedro Nuno, irreverente, "gauchiste", algo inconsequente e irresponsável. O Pedro Nuno de 2024 talvez não esteja certo de que lado da barricada estaria um hipotético Pedro Nuno de 1975. O facto de, em 2024, não abraçar de forma inequívoca, e não-ambígua, o 25 de Novembro é a forma de Pedro Nuno desculpar o seu alter-ego que em 1975, de uma forma guerrilheira guevarista, ainda que eventualmente generosa, poderia ter estado no lado errado da barricada. 


20 comentários

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De Isabel Cavalheiro a 25.11.2024 às 21:52

Do outro lado da barricada já está quem baste !
Basta ver a tosa que estão a dar aos USA-Nato na Ucrânia !
Poucos mas bons, assim não se tropeça em inúteis ...M
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De Raposo a 26.11.2024 às 16:25

Oh sim. Só hoje (26/11/25) mais 1.480 vitoriosos russos ficaram a fertilizar o solo em Kupiansk. Não sente que devia ir participar também neste acto heróico dos seus camaradas? 
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De Anónimo a 27.11.2024 às 10:51


hoje (26/11/25) mais 1.480 vitoriosos russos ficaram a fertilizar o solo em Kupiansk


Como sabe? Foi lá contá-los? Ou foram as autoridades de Kiev que disseram? E --- pode-se acreditar nelas?


Numa guerra, tem que procurar extrair-se a verdade de entre mil mentiras. Não se pode acreditar, inquestionavelmente, qualquer uma delas.
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De Anónimo a 26.11.2024 às 17:00


a tosa que estão a dar aos USA-Nato na Ucrânia!


Não diga isso que é feio!


Falando a sério, uma grande tosa (= tareia). A NATO atirou contra a Rússia quase todas as suas armas, e nenhuma funcionou - a Rússia inutilizou-as a todas. A NATO ficou com os arsenais vazios e incapaz de produzir mais armas, a Rússia continua a produzi-las ao dobro ou triplo do ritmo da NATO. Cereja no topo do bolo, a Rússia desvendou uma arma convencional (não nuclear) com a qual pode destruir, sem defesa possível, qualquer aquartelamento da NATO em qualquer país da Europa. A NATO sai desta guerra ridicularizada, reduzida à impotência.
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De M.Sousa a 26.11.2024 às 19:32

Definitivamente, já nem as penas te faltam ... 
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De Anonimus a 27.11.2024 às 11:27

Quanto está?
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De Anónimo a 27.11.2024 às 15:55

Não sei. Ontem no final ficou 5-1. No outro dia, outro terminou 38-0.
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De O apartidário a 26.11.2024 às 08:07

As portas que Abril abriu e o 25 de Novembro não fechou:


As ideologias estão a devorar-nos
“As ideologias modernas são gaiolas” para manter as pessoas em cativeiro, num espaço limitado, controlado e vigiado; elas formatam a mente das pessoas e não respondem aos seus anseios e inquietações.

13 out. 2024, 00:06 Pedro Saraiva Ferreira no Observador

https://observador.pt/opiniao/as-ideologias-estao-a-devorar-nos/
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De O apartidário a 27.11.2024 às 07:16

Uma ideologia é um sistema de pensamento normativo, regulamentar, fechado que propõe uma forma de conceber e explicar o mundo (uma “visão de mundo”), prescrevendo às pessoas o que devem pensar, o que devem valorizar e sentir, o que devem ou não fazer. No fundo, apresentam aos seus membros um “projecto de sociedade” (não seria mais prudente tentar, humildemente, aperfeiçoar a que já existe?). O discurso ideológico está repleto de alegadas virtudes e esperanças, mas foca-se, estrategicamente, em determinados aspectos da realidade (recortes), precisamente aqueles que mais interessa aos seus fundadores. Cada ideologia tem assim a sua fórmula, a sua receita e estratégia. Constituem, por isso mesmo, um verdadeiro “canal de desinformação” pois, como referido anteriormente, são formulações incompletas e parciais da realidade; são caricaturas dessa mesma realidade. O pior não estará tanto na sua existência, pois essa é um facto incontornável da vida social; o verdadeiro mal surge quando populações, comunidades, gerações se deixam infectar e cegar pelos seus valores, normas e conceitos. O próprio Karl Marx dizia que uma ideologia é um “vestido de ideias” que encobre interesses ou desejos.


Continua (do artigo acima linkado do Observador)
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De Francisco Almeida a 26.11.2024 às 10:10

Além do factor que aponta, no PS estão alguns que vieram da sua esquerda. Jorge Sampaio e Augusto Santos Silva serão os mais conhecidos mas certamente há mais.
Experiências pessoais valem pouco mas deixo a minha. Conhecia muita gente, a maioria de direita muitos do PS e até uns meninos e meninas parvos que apanhavam um táxi para ir da estação até casa (uns 500 m) e que tratavam mal as criadas domésticas mas depois decidiram que eram da UDP.
Estive na manifestação de apoio a Raúl Rego à porta do "República" (onde ganhei uma ferida feia de um pontapé na canela por um paraquedista) e na grande manifestação da Alameda. Em ambas vi praticamente todos os de direita mas apenas alguns dos socialistas.
Não creio que em 1975, Soares tivesse o apoio de todo o partido. Apoio activo certamente que não.
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De O apartidário a 27.11.2024 às 06:42

Experiências pessoais podem valer muito,isto quando se inserem na realidade de cada época. 
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De cela.e.sela a 26.11.2024 às 10:45

tem que «fazer prova de vida» perante os radicais
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De César a 26.11.2024 às 11:44

Não, não foi a vitória da esquerda moderada sobre a esquerda radical.
Foi a vitória da democracia e da liberdade sobre o totalitarismo e a tirania que as "viúvas de Lenine" queriam implementar.
Reduzir a data a uma mera disputa entre esquerdas é "poucochinho". Muitos democratas e defensores da liberdade não se reveem em esquerdas. Muito pelo contrário.
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De Silva a 26.11.2024 às 12:09

"O 25 de Novembro foi a vitória da esquerda moderada sobre a esquerda radical."


É a mesma coisa.
A esquerda sempre actuou assim, uma parte é conhecida como "radical" e outra é conhecida por "moderada", mas na prática sempre actuaram juntas, porque se a via "radical" não der certo a via "moderada" dá certo, porque os eleitores (zé-povinho) são burros e não percebem isso.
Cunhal, o agente do KGB, não foi muito longe, mas conseguiram nacionalizar a economia, depois apareceu o "moderado" Soares com o apoio dos burros dos americanos que não percebiam que esquerda moderada e radical é uma e a mesma coisa.
Passados 50 anos, talvez hoje os americanos percebam melhor essa situação já que tiveram Presidentes verdadeiramente perigosos e traidores como Clinton, "Obama" e Biden.
Por cá, a esquerda radical foi perdendo poder, essencialmente devido ao falecimento dos militantes do PCP e foi-se transformando e dividindo em PCP, BE e foi entrando pelo PS (Costa), enquanto isso mais recentemente os "moderados" infiltraram-se no PSD (Rui Rio e Montenegro) e até fundaram o Chega (Ventura).  Entretanto, tivemos o perigoso Guterres que em 6 anos demoliu aquilo que foi possível demolir dos 10 anos de Cavaco e lançou as bases do "wokismo", lançou Sócrates que simplesmente surripiou e Costa (um "comuna" mesmo "comuna").
Obviamente toda esta história do 25 de Novembro começou bem antes do 25 de Abril quando aos poucos as Forças Armadas foram infiltradas pelos "comunas".
As consequências duram até hoje.

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De Anónimo a 26.11.2024 às 13:23

Não resta a menor dúvida : o PS (Partido Sarjeta ) , comparativamente, confere dignidade à "mais velha profissão do mundo"...
JSP 
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De M.Sousa a 26.11.2024 às 16:20

Onde estaria PNS  em 1975? Onde está hoje, em 1975. Este desmiolado, embora só tivesse nascido em 1977, ainda vive em 1975... 
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De Marques Aarão a 26.11.2024 às 17:04


Simplificando, qualquer celebração do 25 de Novembro não é nem mais nem menos do que uma homenagem muito apropriada ao espirito visivelmente atraiçoado do 25 de Abril. 
Os que fizeram questão de estar ausentes na celebração da Assembleia da Republica revelaram em toda a sua dimensão que não cultivam nem praticam o bem supremo de uma democracia escorreita e progressista. 
O apego a uma Constituição desatualizada e inconsequente em grande parte do seu articulado, é bem revelador do intimo fossilizado de um fundamentalismo  paralisante que por aí abunda.
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De O apartidário a 27.11.2024 às 06:33

"O apego a uma Constituição desatualizada e inconsequente"  --------------  Sim,inconsequente na parte boa(boa em teoria concerteza) e terrivelmente consequente na parte péssima.
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De anónimo a 27.11.2024 às 00:51


A muito infantil Democracia por cá -apenas 50 anos- apresenta o típico tom cultural dominante, um Benfica vs Sporting com um Porto a tentar intrometer-se. 
Puro clubismo, por limitação constitucional. Sem culpa própria do eleitor. A metade do eleitorado que vota, e que vota religiosamente, só pode votar em clubes, vulgo "partidos". Está, apesar disso, a amadurecer, veja-se o pouco suave aparecimento do aguerrido Ventura/Chega.
Será o próximo resultado das Presidenciais esclarecedor quanto a este amadorecimento cultural, em política?. Será que um candidato sem qualquer passado partidário -na verdade é um caricato bluff dizer que "entreguei o cartão do partido"- mobilizará o eleitorado?. Afinal só se pode ser um presidente imparcial, supra-partidário, de todos os eleitores, se sempre se soube viver politicamente com uma alma sem mácula partidária, não é?.
Relembremo-nos da mui virtuosa última Rainha no Reino Unido que exemplificou, numa longa vida como sobrerana, o que é estar acima dos partidos. Como também o soube ser/estar o infeliz ex-monarca espanhol no caso da intentona.
Daí, igualmente, um segundo mandato ser uma aberração, pois coloca um PR dependente dos partidos no (inútil senão prejudicial) 1º mandato.

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