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O título disto é retirado deste texto de Nuno Gonçalo Poças, um dos mais interessantes cronistas que por aí andam (se tiverem dúvidas, leiam a crónica da semana passada, "Um desabafo").
Uma das grandes virtudes do Observador foi ter dado visibilidade a gente fora da bolha mediático-jornalística que, por isso mesmo, tem pontos de vista que vale a pena conhecer.
Por isso não percebo para que raio o Observador segue a tendência de outros jornais e põe jornalistas que no seu trabalho jornalístico se concentram em dar as suas opiniões, a escrever artigos de opinião redundantes.
O que me interessa é realçar uma questão que não me parece inteiramente clara no dito texto de Nuno Gonçalo Poças, porque o texto se centra no sector da educação: "O Governo, que tem, neste sector, as pessoas mais capazes que podia ter, é quem pode cortar o mal pela raiz, ou atenuá-lo de alguma forma.".
A greve, historicamente, é uma recusa de trabalho que visa prejudicar o patrão, mas a regulamentação sindical em Portugal, e a relativa paz social nas empresas, conduziu a um sistemático abuso sindical do direito à greve, que é usada por sindicatos que representam muito pouca gente, para obter ganhos políticos, prejudicando os utilizadores dos serviços públicos.
É inacreditável como dirigentes sindicais se mantêm dezenas de anos no mesmo sítio, sem que ninguém saiba muito bem que estranhos mecanismos de democracia interna levam a que Mário Nogueira ou Joana Bordalo e Sá (que tem dez vezes mais tempo de antena nas televisões que os responsáveis do Ministério da Saúde, tal como Mário Nogueira, no caso da educação) se mantenham, sem concorrência, nos mesmos postos electivos.
É inacreditável como os mecanismos de financiamento sindical, de sindicatos sem representatividade relevante, permitem que existam tantos sindicalistas profissionais, cuja ligação aos trabalhadores, e à vida quotidiana das pessoas que pretendem representar, seja pouco mais que uma miragem.
É inacreditável como não há jornalismo que investigue quer a democraticidade, quer a representatividade, quer o financiamento de sindicatos.
Não me parece que Montenegro, cuja estratégia tem sido a de adormecer os eleitorados potenciais dos adversários, sem perder muito do seu próprio eleitorado, vá comprar uma guerra com os sindicatos, mas é uma questão de tempo até que enfrentar os sindicatos, tal como existem e que infernizam a vida dos mais pobres e frágeis de forma sistemática como estratégia de sobrevivência, seja eleitoralmente benéfico.
Nessa altura não se queixem se o refluxo não levar os aspectos bons do sindicalismo na enxurrada, dentro do velho princípio de que a revolução é o preço a pagar por não reformar nada.
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