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"O deputado e recém-eleito líder do partido Iniciativa Liberal é o convidado da Grande Entrevista de Vítor Gonçalves, menos de uma semana após o mediático congresso do pequeno partido."
Numa página esconsa do Público, no seu Guia de televisão, é assim que o Público informa que Rui Rocha vai ser entrevistado.
A Iniciativa Liberal é de facto um pequeno partido (nas últimas eleições teve 4,91% dos votos), mas convém lembrar que atrás desse pequeno partido ficaram dois outros partidos, o Bloco de Esquerda (4,4%) e o Partido Comunista (4,3%) a quem o Público nunca se referirá como o "pequeno partido".
Amanhã não sabemos o que vão ser estes partidos, se serão ainda mais pequenos, se crescerão, se se manterão nesta ordem de grandeza, o essencial, no entanto, é fazer notar que o Público, numa pequena nota para informar da existência de um programa de televisão, caracteriza a Iniciativa Liberal como um pequeno partido, o que nunca faria com os outros dois que citei (igualmente, caracteriza sempre o Chega, 7,18%, como extrema direita, mas nunca caracteriza o Bloco de Esquerda como extrema esquerda).
Esta adaptabilidade de critérios editoriais aos preconceitos dos jornalistas, que nunca levará o Público a caracterizar o Partido Comunista como um partido de funcionários (a secretária geral da CGTP nunca teve outro patrão que não a CGTP, e o secretário geral do PC praticamente nunca teve outro patrão que o Partido Comunista), caracteriza a imprensa portuguesa, como aliás se vê na forma como trata as Jornadas Mundiais da Juventude, organizadas pela Igreja Católica, ou a genialidade política de António Costa, ou a estagnação económica e social que caracteriza o poder dominante do Partido Socialista nos últimos trinta anos, etc., etc., etc..
Este jornalismo de rebanho que atravessa as redacções de praticamente todos os orgãos de comunicação social em Portugal - inclui a redacção do Observador, sem margem para dúvidas - é um problema grave que Portugal tem, tão grave como o generalizado desprezo pela acumulação de capital, a poupança e a riqueza - com excepção da acumulação de riqueza que resulte do futebol ou das artes.
E, sobretudo, tão grave como o desprezo pela liberdade que está na base destes outros problemas.
Um dia destes escrevo sobre a Iniciativa Liberal e o que para mim significa a excelente votação de Carla Castro nesta última disputa interna pelo poder, tal como tenciono escrever sobre a posição que o Estado deve ter sobre a realizaçao do campeonato mundial de chinquilho, mas quando escrever sobre isso, seguramente estarei a reforçar esta minha ideia de que cultivar a liberdade, adubar a liberdade, cuidar de fazer crescer a liberdade é a tarefa política e social mais importante que existe em Portugal.
O resto é só o resto.
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