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Acho perfeitamente natural que ninguém ache a mais pequena piada ao arroz de pato mas apenas porque não tem a mínima piada um pato cozido com arroz branco e umas fatias de bacon por cima para derreterem uns míseros líquidos de gordura sobre aquele nada no forno. Assim é repelente e convida-nos a fugir da festa e refugiarmo-nos na marisqueira mais próxima abusando de todos os limites de velocidade impostos pelo poiticamente correcto.
O pato é para se tratar com respeito e deixo hoje de lado o seu fígado, que merece observação mais prolongada. Se a malta do talho não lhe pela a ave, coisa que sei ser difícil, deve abandonar de vez o estabelecimento e então dar uma cozedura ligeira ao bicho para a poder tirar com relativa facilidade. Depois estufe o pato. Sim, a cozedura não serve para nada; estufe-o, com tudo aquilo a que ele tem direito: boa cebola, azeite, alho francês, vinho branco, etc, etc. Depois esfiape aquilo. E depois volte a estufar o esfiapado no molho rico para se enriquecer como um bom banqueiro nos seus belos tempos. Dá trabalho? Demora? Esqueça então a minha receita do arroz de tomate, que leva um dia.
Falando em arroz, ele deve ter um refogado à parte e bem forte para ficar escurinho. Talvez até com um meio copo de vinho tinto. Simplificando as coisas, a calda do arroz deveria ser feita com um pernil (pode ser fumado) cozido umas meras cinco horas em abundante água e desfiado fininho, podendo integrar o prato final. Mas isto são sugestões, não obrigo ninguém. O bacon e a linguíça também devem ser fritos à parte, recolhendo-se com carinho a banha que geram para a aspergir no final sobre o resultado. Entretanto, deve estar o prato de forno já quente, onde depois se misturará tudo até à hora de levar à mesa. Se assim for, acrescido de alguns segredos que agora não me apetece revelar, não me venham dizer que arroz de pato não presta.
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