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A Sic fez hoje uma reportagem especial sobre o mau serviço das linhas de comboios. As linhas de comboios-tema eram as de Sintra e Cascais, porque, como se sabe, a Sic é em Lisboa e, hélas!, Porto ou Coimbra (ou Faro, ou Viana, ou Évora, ou Castelo Branco, ou Torres Vedras, ou Beja, ou Santarém) não existem.
Diz a reportagem da Sic que as linhas de Cascais e Sintra registam perdas de passageiros de 1/3 em poucos anos, enquanto a A5 e o IC19 registam aumentos de tráfego substanciais.
A Sic ouviu (é claro) sindicatos, oficinas, e mais quem dissesse que (vá, todos em coro, agora) «faltam meios», «falta contratar mais gente», «falta investimento».
O que a Sic (e o país da Sic) nunca pergunta nem sublinha é que:
Primeiro, as pessoas abandonam o transporte ferroviário em favor do automóvel no exercício da sua liberdade de escolha porque é mais cómodo, mais eficiente e melhor.
E, segundo e sobretudo, o que a Sic e opequeno país da Sic nunca consideram é que um operador privado das linhas de Cascais ou Sintra nunca se autorizaria, por questões de racionalidade e gestão, uma perda de passageiros daquela ordem. Trataria de os manter e ampliar, sem pedir dinheiro a ninguém.
Mas a Sic (e o país da Sic) tem esta fé nas empresas públicas. Quer que elas sejam felizes, que os contribuintes não tenham opções nem escolham livremente, e que paguem para que seja assim.
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