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O país explicado às criancinhas

por henrique pereira dos santos, em 18.04.23

"Se um indivíduo não herda dos pais nada de relevante, enquanto que outro herda, digamos, meia dúzia de apartamentos passíveis de arrendar, então é claro que o segundo indivíduo nem precisa de trabalhar para ganhar a vida, enquanto que o primeiro tem que se sujeitar a tudo. E é claro que, se o segundo indivíduo tiver que pagar imposto sucessório, que o force (digamos) a vender um dos apartamentos que herdou, então a desigualdade diminui: o primeiro indivíduo não fica mais rico, mas o segundo fica mais pobre."

Luís Lavoura na discussão sobre a proposta visionária que pretende ter efeitos agora para responder ao problema de desigualdade: criar um imposto sobre heranças e doações.

E o que Luís Lavoura escreve aqui, com a candura que é uma das suas admiráveis qualidades, é o que pensa grande parte do país: se a riqueza dos mais ricos diminuir, mesmo que os mais pobres fiquem na mesma, o facto é que a desigualdade diminui e isso é bom.

E como isto é o essencial do que a esquerda tem para oferecer ao eleitorado, uma parte do eleitorado, estando ou não incomodada com as desigualdades, achando ou não que é diminuindo a riqueza dos outros que se diminui a desigualdade, acaba a votar em quem lhe promete resolver a sua falta de trabalho, ou o seu ordenado baixo, expulsando os imigrantes que aceitam trabalhar por tuta e meia.

Aos poucos, os debaixo que vão ficando cada vez mais zangados e que não encontram nos partidos que os jornais consideram decentes a representação política do seu ressentimento e raiva, vão transferindo os seus votos para outros que até acham uns aldrabões e quando lá chegarem fazem os mesmos que os outros mas, ao menos no entretanto, vão dizendo umas verdades.


26 comentários

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De Luis a 18.04.2023 às 19:59

O que os "Lavouras" desta vida se esquecem é de que, em alguns casos os pais que deixaram os tais apartamentos aos filhos trabalharam que nem mulas e arriscaram muito enquanto que, alguns dos que nada deixam preferiram ir de férias, ir ver o Benfica, ir ao café todos os dias, etc, etc, isto é, preferiram levar uma vida mais relaxada do que os primeiros. É justo depois ir cobrar desta forma? Eis uma questão que nunca ninguém aborda praticamente.
Mas mais os "lavouras" desta vida se calhar e, digo eu, deveriam preocupar-se mais com a questão dos "elevadores sociais" os quais estão em queda nos últimos anos. Não seria melhor ter uma sociedade com melhores condições de ensino público para os pobres dos bairros periféricos? Não seria melhor ter menos cultura de compadrio e mais controlo para a dissuadir permitindo que os que não são filhinhos dos srs instalados, possam ter mais oportunidades? Não é mais importante dar ferramentas de ensino e desenvolvimento do que prédios sacados à força? Do que serve dar uns cobres a quem não tem depois meios e/ou ferramentas para os utilizar e aplicar da melhor forma? Para nada a não ser populismo e nivelamento por baixo. Vão dar mas é banho ao cão e tratem antes dos elevadores sociais que arruinaram nestas últimos anos obrigando muitos jovens a fugir para essa Europa fora. 
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De Anonimo a 18.04.2023 às 21:34

Mas o Lavoura também resolve o problema da pobreza: ganhar a lotaria.


Sacar o mais possível,  e onde é mais fácil. Lavoura dixit, deve ter lido numa placa no Rato 
Depois temos coisas como o AL, enquanto deu dinheiro farto e fácil em taxas e impostos, ninguém quis saber de regulações ou consequências, agora é preocupações e pacotes.
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De Tiro ao Alvo a 18.04.2023 às 23:03

O Lavoura faz lembrar aquele anão, sortudo, que tendo encontrado a fada boa, e esta se tenha disponibilizado par a fazer o que o anão lhe pedisse, o anão humilhado e espezinhado, em vez de pedir para ela lhe aumentar o tamanho das pernas, pediu à fada para cortar as pernas a todos os outros…

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De jo a 18.04.2023 às 23:25

Os impostos servem (ou deviam servir) para distribuir rendimentos. Se o Estado taxar os mais ricos e aplicar o dinheiro num SNS ou numa escola pública de qualidade, por ex., que sejam para todos, ricos ou pobres, está a distribuir rendimento e, ao mesmo tempo, a aumentar o número de indivíduos saudáveis e instruídos na sociedade, o que é benéfico para todos.
Se deixar os impostos com os mais ricos, provavelmente aumenta a circulação de capital entre fabricantes de artigos de luxo sem beneficiar a maioria da população.
O problema de ter uma sociedade muito desigual é que esta é uma sociedade que produzirá riqueza sempre abaixo do seu potencial. Os nossos pseudoricos não compreendem porque está a economia do país estagnada. Talvez se se preocupassem em distribuir mais riqueza compreendessem que essa riqueza acaba por regressar porque a sociedade em geral se torna mais produtiva.
Mas o pensamento dos nossos empresários é sempre a curto prazo. A isençãozinha do imposto, o subsídiozinho do Estado, o concurso público traficado, as leis que favorecem o negócio, é isso que se considera uma boa base para produzir.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2023 às 08:51

Os impostos servem para financiar o Estado.

O que o Estado faz com esses recursos não é política fiscal, é outra coisa qualquer.
A distribuição de rendimento faz-se pela justa remuneração do trabalho e do capital, e não entregando dinheiro ao Estado, que o gasta de acordo com os critérios que forem definidos pelos detentores do poder (por mais democrático que seja o processo que concede o poder a quem o detém em cada momento).
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De Anónimo a 18.04.2023 às 23:54

Tanto o Lavoura como o OP parecem desconhecer para que servem os impostos. Acham que o governo pega nesse dinheiro e faz uma fogueira com as notas. Os blogs de direita nunca deixam de ser ridículos.
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De Anonimo a 19.04.2023 às 08:18

Nao chamaria a TAP, as SCUT, os BES, aeroporto de Beja, rotundas e tachos em assessorias "fogueiras", mas pronto...
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De Anónimo a 19.04.2023 às 19:51

Para além de não saber usar acentos, nunca deve ter ouvido falar em coisas como o Serviço Nacional de Saúde. É que a direitalha é contra o SNS mas quando o plafond do seguro de saúde acaba, lá têm que ser reencaminhados para o SNS...
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De Anónimo a 19.04.2023 às 23:28

Já você sabe usar acentos mas é falho em argumentação. Quem é que falou no SNS? Tire a cabeça desse sítio para pensar um bocado. Só saber usar acentos não chega.
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De JPT a 19.04.2023 às 00:02

Enfim, é a tal história (ou lenda) do Otelo e do sueco (às vezes o Olof Palme, outras um jornalista): enquanto o primeiro queria acabar com os ricos, o segundo queria acabar com os pobres. Onde falha o método da Dr.ª Peralta, é que os filhos de quem tem dinheiro e trabalhou para o ganhar, infelizmente, já nem querem ficar por cá e estão-se nas tintas para o casarão dos pais. Por cá, ficam só os pobres e os videirinhos, como no tempo das Descobertas. Por isso, para resolver os problemas detectados pela Dr.ª Peralta, eu permito-me sugerir uma medida diferente, que seria interditar aos filhos, enteados e sobrinhos (e respectivos cônjuges) de trabalhadores do Estado e empresas públicas o acesso ao emprego público. Se não tivesse outro mérito, ao menos passávamos a tratar com os netos.
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De Anónimo a 19.04.2023 às 23:28

Acabar com os pobres? Não sabia que Olof Polme era adepto de eugenia. Muito gostam os "jpt" de difamar os mortos.
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De JPT a 20.04.2023 às 09:26

Não se preocupe. Era acabar com os pobres, não com os pobres de espírito.
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De Anonimo a 19.04.2023 às 08:24

Em Portugal só se fica rico roubando ou ganhando o Euromilhões. Este é o espírito da "esquerda", ou da "direita". O Lavoura foi realmente cãndido e franco, a riqueza em Portugal gera ressentimento (curiosamente, os portugas seguem pessoal endinheirado nas redes, como a Cristina, mas abomina o vizinho do lado que aparece na reunião de condomínio com um Rolex), não há o mínimo espírito de tentar alcançar mais. Resignação e ressentimento, é tudo o que resta. Aproveita o Governo, em todas as frentes. Na económica (já que eu não posso ter mais, pelo menos que saquem ao do lado para ele ficar como eu) e social (se me "obrigam" a trabalhar 40 horas, pelo menos que façam o mesmo aos FP, etc).
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De xarneca a 19.04.2023 às 08:51

notas de rodapé em tv:
'50 anos de ps'
'mamíferos em vias de extinção'


Sérgio S. Pinto ontem:
'estão-nos sempre a lembrar que somos pobres'
'quem paga impostos é a classe média'
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De balio a 19.04.2023 às 09:42


Este post tem valor argumentativo nulo. Não apresenta um único argumento.


O facto objetivo, matemático, incontestável, é que, se uma pessoa tiver 100 e outra tiver 10, a desigualdade é maior do que se a primeira pessoa tiver 80 e a segunda tiver 10.


Prontos, isto é um facto incontestável, matemático. Lá se a segunda situação é ou não melhor do que a primeira, depende do julgamento de cada um.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2023 às 09:52

O facto de se dizer que para quem não vê a sua situação inalterada, a diminuição da desigualdade ter valor nulo, na tua opinião, não é um argumento.
Na minha opinião, o facto matemático de diminuir a desigualdade sem benefício para ninguém, excepto o Estado, é que tem um interesse nulo.
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De Anonimo a 19.04.2023 às 10:38


Se todos tiverem zero, então a igualdade é total.
Vamos trabalhar para isso.
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De Anónimo a 19.04.2023 às 19:52

A direitalha é que parece querer que todos tenham 0. Excepto o patronato a quem gostam de lamber as botas.
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De JdB a 19.04.2023 às 14:32

Deixe-me contar uma história muito básica e desinteressante. A seguir ao 25 de Abril, naquela voragem de se pintarem as paredes com gritos políticos, aparecia com muita frequência, nas carruagens dos comboios da linha do Estoril, a seguinte frase: "abaixo a primeira classe." A frase poderia ser vista como uma metáfora: vamos acabar com as classes privilegiadas. Acontece que não era nenhuma metáfora, mas a ideia que está expressa no pensamento do Luís Lavoura: vamos acabar com os ricos; mesmo que os pobres continuem pobres, a desigualdade diminui. A ideia está matematicamente certa, mas é de uma pobreza que confrange.  
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De balio a 19.04.2023 às 14:53


Que a ideia é "de uma pobreza que confrange", é a sua opinião, e você tem toda a liberdade de a ter, de a exprimir e de a explicar. Agora, o que não pode é negar ou obfuscar a verdade de que uma sociedade em que todos são pobres tem pequena (ou nula) desigualdade, e que isso tem algumas vantagens (que para si podem ser irrelevantes face às desvantagens, mas que mesmo assim permanecem vantagens).

Eu não tenho absolutamente nada contra o facto de pessoas terem e exprimirem opiniões opostas às minhas. Mas, faz-me imensa confusão que pessoas deturpem ou confundam verdades objetivas.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2023 às 15:11

E quais são as vantagens de sermos todos igualmente pobres face à situação em que somos todos ricos, mas alguns mais ricos que outros? Essa parte não percebi, apesar de achares uma verdade matematicamente objectiva.
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De balio a 19.04.2023 às 15:20


As vantagens não são matematicamente objetivas.
Eu há uns trinta anos passeei pelos Açores, quase todas as ilhas. Todas as ilhas são diferentes, mas há uma que se destaca como especialmente diferente das outras oito: São Miguel. São Miguel é a principal ilha dos Açores - tem metade da população da região -, mas é de facto muito diferente das outras oito ilhas. A diferença mais notória é a pronúncia (aquela pronúncia que os continentais identificam como açoriana é, na verdade, somente micaelense). A diferença mais crucial é que a sociedade micaelense era (nesse tempo) muito desigual, enquanto que as sociedades das outras oito ilhas eram fortemente igualitárias. E essa diferença era imediatamente percetível nas relações humanas, mesmo para um forasteiro como eu o era. Há muito menos inveja e muito mais segurança numa sociedade mais igual.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2023 às 15:49

Seja qual for o critério que escolhas, Portugal é hoje um país muito mais seguro e menos violento que a Suécia. Aplicando as conclusões a que chegaste a partir da cuidadosa observação dos Açores, Portugal é um país muito menos desigual que a Suécia.
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De JdB a 19.04.2023 às 15:26

Não quero estar a polemizar demasiadamente consigo. O seu argumento está certo: uma sociedade onde um ganha 10 e o outro ganha 1 será mais desigual do que aquela onde um ganha 8 e outro ganha 1. No limite, como se comentou aqui, uma sociedade onde todos ganham 1 é um sociedade sem desigualdades. O que nos divide não é a matemática, embora Vc pudesse defender que uma sociedade onde um ganha 10 e outro ganha 8 é uma sociedade com menos desigualdade - o que também é uma verdade objectiva. 
Eu não deturpei - ou não o quis fazer de forma objectiva - o seu raciocínio. Limitei-me a achar, apenas, que era de uma pobreza confrangedora, porque é a ideia socialista de que o fundamental é acabar com os ricos, não com os pobres. 
Por último, não consigo perceber quais são as vantagens de uma sociedade onde as desigualdades se esbatem através da igualdade na pobreza. Uma sociedade não é um convento, onde todos fazem voto de pobreza.    
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De Anónimo a 19.04.2023 às 19:54

Acabar com os pobres? Isso é algum programa de eugenia? Hitler também teve essa ideia... Mas cada vez que acabava com os pobres logo apareciam outros pobres e no final todos os alemães ficaram pobres e com as casas destruídas por bombas.
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De Anónimo a 19.04.2023 às 20:49

Ora vamoláver, atão eu ganho o euromilhões e o meu vizinho mais uns milhões de portugueses, tendo contribuido para a minha riqueza súbita, não ganharam nada. A desigualdade entre mim e eles aumentou assustadoramente. Devo, então, redistribuir a liquidez para reduzir a assimetria? Sim? Se sim, porque raio é que o estado mamão dá licenças de jogo à SCML?

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