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Conheci o Padre João Seabra quando estudava na Católica. Dificilmente poderia alguém ser um Capelão tão extraordinário quanto ele. Não por ser de uma inteligência contundente ou ter uma cultura profunda e abrangente, mas porque ninguém poderia ser mais disponível e interessado pelos estudantes do que ele. Era uma presença quotidiana, incisiva, permanente, que marcou algumas gerações de Estudantes.
Outras das características do Padre João era a sua personalidade forte e exuberante e uma ortodoxia marcada, feita de inteligência e fé. Por tudo isso, ou era amado ou odiado, nunca ignorado.
Enquanto agnóstico assumido, não fui ignorado. Pelo contrario, tal como outros que não tinham fé, fui alvo permanente das atenções do Padre João. Entre longas conversas e alguns “chapadões”, não fui convertido, mas tornei-me um profundo admirador e amigo do Padre João, que teve a bondade de me casar. Ortodoxia sim, mas sempre preocupado com a inclusão e não com a exclusão. Ortodoxia sim, mas sempre pronto a acolher e a respeitar as diferenças, não a condena-las. Ortodoxia sim, não no ódio mas no amor.
A noticia da sua morte entristeceu-me muito. Pessoas como ele fazem falta, muita falta. Consola-me que a sua vida tenha sido esplêndida. Foi cedo, mas fez muito.
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Olha! Parece quase a história do Cavaco com a Quin...
Calculo que tenha lido uma pequena sátira antiga e...
Parabéns. Excelente ironia da nossa triste realida...
estudei matemáticas dita superiores. nunca levei a...
Sendo tudo isso verdade, e por isso referi no post...