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De maneira geral nem ligo muito às constantes parvoíces que não são notícia a não ser pela vontade de jornalistas fazerem avançar as suas agendas pessoais ou políticas (hoje o Público tem um bom exemplo, com chamada de primeira página, sendo bastante ridícula esta coisa de passar o tempo a copiar peças dos jornais dos Estados Unidos como se tivessem o mínimo interesse para os leitores portugueses).
Mas desta vez o Observador foi longe de mais.
O Insurgente já fez a demonstração da evidente tolice do que escreveu o Observador e ainda que os factos fossem verdadeiros, que não são, nem assim haveria notícia nenhuma no que publicaram.
Comecei por ver várias referências a esta história, associadas às indignações do costume sobre Trump, os seus apoiantes e a Igreja Católica.
Quando o Observador publicou a primeira versão da notícia, limitei-me a ficar espantado por não perceber afinal qual era a notícia, estranhando que o que eu via nos videos que o jornal escolhera publicar não me parecesse confirmar o texto (assinado por uma entidade mais ou menos abstracta, o Observador) que o jornal publicava.
Rapidamente nos comentários à notícia (quer no site do jornal, quer no facebook do jornal), se demonstrava que os factos que o jornal relatava eram tão evidentemente falsos, que fui tendo curiosidade em ver quanto tempo o jornal demorava a alterar a notícia.
Várias e longas horas depois, o jornal altera a notícia (de acordo com a nota sobre essa actualização, para acrescentar a posição da dioceses católica a que pertence a escola, mas na verdade aproveitando para amenizar um bocadinho os disparates, citando os meios próximos de Trump que levantavam dúvidas sobre a versão apresentada pelo Observador), mas sem que assumisse qualquer erro e mantendo o essencial da notícia e o seu título claramente mentiroso.
Meus caros amigos do Observador, eu sei que se os conselhos valessem de alguma coisa eram vendidos, não dados, mas ainda assim, aqui vai, dado, um conselho de um não jornalista: tal como em qualquer outra actividade, o que torna as organizações fortes não é o corporativismo em que todos se defendem uns aos outros, o que torna as organizações fortes é a capacidade para reconhecer erros, assumir responsabilidades e, quando se verifica que alguma coisa correu mal, a coragem para avaliar duramente todo o processo que produziu o erro, para ver o que se pode fazer para diminuir a probabilidade do mesmo erro ocorrer outra vez.
No caso do jornalismo, é o mínimo de respeito pelos leitores que vos exige esse esforço, não o façam se não quiserem, mas não se queixem da concorrência para explicar as vossas próprias responsabilidades e dificuldades de sobrevivência.
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