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E eis, enfim, o covid desapareceu - da nossa atenção, é claro, que a pandemia poderá ser agora de natureza nuclear e as radiações estendem-se já por aí.
A guerra das armas chegou à Europa. A uma Europa que, sem outras armas senão as ameaças e a dissuasão, saíu ilesa da Guerra Fria e quase já não recorda a II Guerra Mundial. Anote-se, este não é um conflito em que subjazem diferendos ideológicos: somente o imperialismo autocrata russo, a sua vontade de expansão e de recuperação da sua antiga imensidade (para além da gulodice económica) levam Putin a roubar e a matar.
Possivelmente, a Europa, os EUA, andaram este tempo todo dormindo, como já acontecera antes de 1939. Agarrados a uma diplomacia que é sempre a gargalhada dos tiranos - desses que, como Putin, ainda proclamam intenções de paz quando as suas tropas já iniciaram a invasão.
Depois vêm as represálias económicas. (Outra gargalhada dos tiranos - vejam-se as décadas de embargo comercial aos cubanos...) Mais conversa mole, com cada país estudando meticulosamente os prós e os contras para as suas economias desta e daquela medida de contenção. Finalmente, o ridículo total: já foi anunciado, a final da Champions não será disputada em S. Petersburgo.
Tudo isto com os exércitos russos, precedidos dos indispensáveis bombardeamentos, chegados a Kiev. Adeus Ucrânia livre e soberana!
Até hoje a guerra era lá longe, em África ou na Ásia. Agora bate-nos a uma porta que não queremos abrir. As tropas ocidentais posicionam-se em volta (parece que um milhar de portugueses estacionará na Roménia) só para russo ver. Cada período da História tem os que já nos habituámos a chamar seu "povo mártir". Foi o caso dos polacos, é o caso dos ucranianos.
Entretanto Putin reprime os muitos russos que se manifestam contra a guerra. E o PCP em mirabolante comunicado, põe-se do lado de Putin. Falta apenas António Costa pronunciar-se sobre a inclusão do PCP no seu dilecto "arco constitucional". Assim vai esta planetária "geringonça".
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Deve ser por a confiança ser base do capitalismo q...