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Vão lá uns meses eram notícia de segunda monta quando naufragavam a meio da travessia do Mediterrâneo. Depois transformaram-se em pretexto no auge demagógico do Syriza. E de repente batiam, aos milhares, à porta da Grã-Bretanha.
Oriundos da Síria, do Iraque, do Afeganistão, da África islamita, fogem simplesmente à destruição sobre a qual o mundo restante mantém um silêncio prudente. Ninguém quer um atentado em casa e esta nova multidão - a que já chamam «os migrantes» - faz-se diariamente da convergência de sobreviventes.
Já cá estão e continuarão a vir mais. A Grécia (que não tem para si, quanto mais para os outros) é apenas o ponto de desembarque. A Macedónia o passo seguinte. A fronteira de ambas ficou mais calma quando se percebeu a rota da Sérvia, Bulgária e Hungria. Porque não enviesar logo para a Rússia? É muito longo o percurso até a Alemanha, o Reino Unido, a Escandinávia.
Mas vão em busca dos Estados ricos, os únicos onde poderão garantir a sua subsistência. Com ressalva do império de Putin, outro planeta, outras maneiras...
E os ditos países ricos fazem o que podem: criam hot-spots, tentam preferir os refugiados de guerra aos que apenas procuram melhores condições económicas. Poderão fazer mais? Há quem diga que podem e devem fazer tudo, mas esses são os "solidários" que costumam fazer nada.
A avalanche não há de ter fim. É o desassossego perpetuado nas fronteiras e vias de comunicação por mar e terra. O mundo está completamente desregulado, incapacitado para atender a todos os dramas pessoas, à dor de cada um. Até quando os migrantes? Onde continuar a dar-lhes acolhimento?
(Com o Governo português de malas aviadas, vergado ao peso das suas culpas neoliberais, resta a esperança na solidariedade socialista. Um lar, um emprego... Assim eles acreditem nas promessas de Costa e me desculpem parecer brincar com os seus males).
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