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O mundo de pernas para o ar

por João Távora, em 21.02.25

mundo de pernas para o ar.png

Era o que faltava, para a percepção de um mundo cada vez mais desconexo, refém dum sistema mediático atomizado e caótico como a própria geopolítica, que o Chefe de Estado do velho aliado do Ocidente, a terra das oportunidades, depois de ter sugerido que se evacuassem os dois milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza para a transformar numa “Riviera do Médio Oriente” (uma solução quase tão fantasista quanto a dos dois estados), viesse agora reclamar à provecta, decadente e estéril Europa que, em matéria da invasão da Ucrânia, o mau da fita afinal é Zelensky.  Pior, pôs em causa a sua legitimidade democrática que é o argumento base de Putin para umas possíveis negociações de paz, um grande soco no tabuleiro do conflito. As peças voaram pelo ar, e o discurso dos líderes europeus embatucou na triste realidade da sua impotência.  

Há muito que a política das democracias liberais deslaçou, se navega à vista, num plano inclinado de empobrecimento e de referências culturais. Há muito tempo que bons argumentos, as razões justas, foram capturados pelos mais obscuros arrivistas, energúmenos que ocuparam o espaço vago das verdadeiras elites que se demitiram de lutar na lama e higienicamente se recolheram a cuidar das suas vidas. É a proletarização do cargo público, que por cá promove a mediocridade e os políticos de estufa. Os resultados não se farão esperar.

Descoberta a frivolidade da abundância alcançada no final do século XX, cansámo-nos de ser felizes, e principalmente desprezou-se a fórmula para alcançar essa felicidade. Ninguém lhes disse que a felicidade é como a linha do horizonte. O mérito do esforço, da perseverança, um ideal comunitário que justificasse a permanente prorrogação duma recompensa sempre adiada. JD Vance afirmou recentemente que o inimigo da Europa está no seu seio “uma ameaça interna – a perda de alguns de seus valores mais fundamentais”. Estou plenamente de acordo, mas essa frase esquece que grande parte dessa doença chega-nos importada justamente das universidades norte-americanas. Lá como cá, sem geração, centrados nos direitos individuais e tantas inalcançáveis fantasias, cimentámos uma sociedade niilista, sem compromissos, sem pertenças, e repito – sem geração.

Como referia há dias Patrícia Fernandes no Observador: “(…) é por termos uma família que fazemos muitas das coisas que fazemos, nomeadamente, todo o tipo de sacrifícios para lhe deixarmos um mundo melhor, seja uma vida mais confortável e com menor sofrimento, seja um regime político mais democrático e livre. Até muito recentemente na história da humanidade, a família constituía o primeiro ponto a partir do qual nos pensávamos no mundo – o entendimento individualista do homem é um produto da modernidade, e o individualismo exacerbado um subproduto muito recente.” Como bem sabemos, a família fecunda, conceito retrógrado, está em vias de extinção.

Olho para o mundo e ele parece-me virado de pernas para o ar. Sei bem que a enorme complexidade dos desafios em jogo neste lado do planeta jamais nos permitirão uma perceção satisfatória (realista) do que nos espera. É nessa a nesga de esperança que me permito acreditar num futuro próspero para os meus filhos. Mas no imediato não encontro saída satisfatória do imbróglio criado.

Terá a democracia liberal em que crescemos resultado num rotundo falhanço?

 


29 comentários

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De passante a 21.02.2025 às 17:18

o espaço vago das verdadeiras elites que se demitiram de lutar 


Se se demite não é uma verdadeira elite.


Quando muito são descendentes dos derrotados da circulação de que falava Vilfredo Pareto.
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De O apartidário a 22.02.2025 às 08:23

Miguel Morgado critica "lideranças" políticas europeias e fantochadas de Macron (agora vejam lá se querem um desenho caso não percebam ainda) no canal Rui Pimenta 


https://youtu.be/MydQPQOlv-Q?si=cEKtGz7ng96Wa0xJ
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De O apartidário a 26.02.2025 às 09:28

O que os média globalistas e a esquerdalha (mais radical ou mais centrista)não querem que seja dito,canal 100 fronteiras

https://youtu.be/ILXN-ByDhdc?si=X82jeJFWQlQo5mPI
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De Anonimo a 21.02.2025 às 17:37


A Europa demitiu-se do seu papel diplomático, após a queda do Muro.
Talvez pensasse que o jogo terminara, nós ganhámos e eles perderam.
O resto continua quase igual, superpotências a degladiarem-se por supremacia e zonas de influência. A diferença é que desta vez não participamos no jogo, somos aquele puto descoordenado que está a um canto à espera que algum dos jogadores lhe passe a bola.
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De Anonimo a 21.02.2025 às 18:00

Lá como cá, sem geração, centrados nos direitos individuais


Eis os EUA.
Importámos o modelo.
O wokismo (de esquerda)é um subproduto de uma cultura centrada no eu, potenciada por uma geração de filhos únicos. 
Cada um por si.
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De M.Sousa a 22.02.2025 às 12:05

Desculpas de menino do papá qu3 nunca tem culpa de coisa nenhuma. Meu caro, só se importa, o que se quer. 
Toda a parvoíce em que a Europa vegeta, desde a regulação do clima, à regulação de rolhas de garrafa, passando pela proibição de cotonetes e quotas identitárias, não foram importadas de lado nenhum. E foram apoiadas pela generalidade dos europeus bem-pensantes, esclarecidos e de bom gosto  como deve ser o seu caso.
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De Anonimo a 22.02.2025 às 15:13

Impossível refutar tal combinação de conhecimento e estatura intelectual. 
A Europa e Portugal precisam de mais M. Sousa
MEGA
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De M.Sousa a 23.02.2025 às 15:06

De M.Sousas não sei, mas de Anominos tem de sobra ...
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De O apartidário a 21.02.2025 às 18:31

Alerta Ditadura Digital:
Alemania: Redadas al Amanecer para Confiscar Dispositivos tras Acusaciones de "Desinformación" en Internet. En este video exploramos cómo Alemania y otros países europeos están implementando leyes y sistemas de vigilancia que restringen la libertad de expresión en internet. Desde la Ley NetzDG hasta operativos policiales, conocerás cómo la lucha contra la desinformación y el odio en línea puede desembocar en un preocupante escenario de censura y autocensura. También analizamos el papel del anonimato digital y las implicaciones para la democracia en toda Europa.(canal Marc Vidal)

https://youtu.be/VKydU3r-1t0?si=-ow1F0q1HfNOPJge
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De Anónimo a 21.02.2025 às 19:28

«Terá a democracia liberal em que crescemos resultado num rotundo falhanço?»

Já se fala em democracia pós-liberal. Veja aqui, a propósito de Vance e de um certo português, que é explicitamente referido. É um que o João Távora bem (?) conhece, mas que talvez não aprecie muito.
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De Anónimo a 21.02.2025 às 20:15

"Requiem" pelo eurocentrismo...
Juromenha
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De M.Sousa a 21.02.2025 às 20:19

Tem razão caro João, mas Trump não é a causa. É o resultado de uma reação forte contra todo o disparate wookista que vivemos no Ocidente.  E que, na verdade,  mais não é que o corolário do esquerdismo janota tão apreciado e cultivado pelas pessoas sofisticadas e de bom gosto. Tal como o rio represado, que um dia rebenta com a represa e leva tudo à frente, assim está a ser a reação dos eleitorados em muitos lugares. A ver se no próximo domingo, na Alemanha,  não há outro rio a rebentar com a represa e a levar tudo, o mau, mas também o bom, na enxurrada...
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De O apartidário a 22.02.2025 às 13:50

Tomem nota de mais este video em castelhano:

Gran crecimiento de los socios de VOX en Europa, ¿ganará AFD las elecciones de mañana domingo? y nuevo ataque islamista en Alemania. Todo esto y mucho más en el vídeo de hoy!!!
Do canal RoberSR
https://youtu.be/XMZ-vSLbblo?si=GwTkb2rzLyuQwMRp
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De O apartidário a 22.02.2025 às 14:33

Tomem nota também deste video, envolvimento dos Bispos na política.
The US Bishops can't handle the consequences of the Catholic Charities/USAID mess.Also about the coming election in Germany
Canal Return to Tradition

https://youtu.be/iCuBqsArnmg?si=r0j25zjz9Amnpix_
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De O apartidário a 24.02.2025 às 17:58

VIGANÒ: BENEDICT XVI(papa alemão que saiu em 2013 abrindo o caminho para o actual papa) was FORCED to ABDICATE! DISTURBING EVIDENCE EMERGES!

https://youtu.be/_JqCo50VYro?si=Qyfgla2-JinAIYtJ
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De O apartidário a 26.02.2025 às 15:28

Mensagem importante do Arcebispo Vigano(video de ontem 24 fevereiro) 


https://youtu.be/k5AEPbKfxRY?si=uAdjW6OWTygcajly
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De Anonimo a 22.02.2025 às 15:19

Enquanto não houver reformas estruturais, como abolição de salários mínimos, quaisquer subsídios, e liberalização de despedimentos, é tudo conversa. 
Esperemos que a Europa seja tão receptiva aos ideais Musk/Trump como foi aos wokistas marxistas.
Mas antes, a esquerda pseudo intelectual deve ser apeada do poder político e mediático, jornais e tv, de modo a que verdadeiros esclarecidos tomem as rédeas e tornem a Europa Grande de novo
MEGA
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De Silva a 24.02.2025 às 13:19

É preciso varrer o socialismo/comunismo/esquerdismo.
Começa-se, com a implementação rápida e em força, de reformas estruturais a começar, repito, a começar pela abolição do salário mínimo, liberalização dos despedimentos e abolição dos descontos seguindo-se outras reformas estruturais.
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De Pedro S a 25.02.2025 às 11:59

vocês são todos o mesmo, a responder a mesma lengalenga fascista. É tudo a mesma pessoa
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De O apartidário a 22.02.2025 às 08:15

A Europa, leia-se os países europeus, imaginou que depois de 1917 e de 1944, a respectiva segurança estaria eternamente garantida por Washington e dedicou a poupança a espalhar “assistencialismo” e, recentemente, a albergar exotismos, politizar “identidades”, regular o clima e legislar tampas de garrafa. Mal os EUA ameaçaram cansar-se da brincadeira lá dentro e cá fora, a Europa, anti-americana desde o Paleolítico, percebeu que teria de mostrar uma força que não tem nem quer ter, impossibilidade que obriga à possibilidade que sobra: espernear e, veladamente ou às claras, insultar Trump, o traidor. Os vultos que acusam Trump de “putinismo” têm graça e, se calhar, razão. O que não têm é legitimidade.

Os “anti-putinistas” de hoje são os que, por exemplo, se riram quando Trump informou a Alemanha de que os seus desvarios energéticos a colocaram na dependência da Rússia, e os que correram ao beija-mão do ditador no “mundial” de futebol realizado em 2018, quatro anos após a anexação da Crimeia e, de facto, o início da invasão da Ucrânia. E são os “democratas” que prendem cidadãos por delito de opinião e os perseguiram por delito de vacinação. E que, para escorraçar o “extremismo”, aplaudem a sabotagem de eleições. O discurso de JD Vance em Munique não perdeu pertinência por causa das fanfarronices de Trump, o proverbial elefante num Ocidente de porcelanas.

Por fácil que seja não apreciar Trump, a verdade é que ele ainda não “deu” nada à Rússia, excepto alguma confiança negocial, de efeitos imponderáveis. E que, por tortuosos caminhos, Trump é uma desilusão para a Ucrânia e a única esperança da Ucrânia. Na criatura, o buraco que vai da forma ao conteúdo é fundo e escuro. Há coisas que ainda não conhecemos e há coisas de que temos a certeza. Uma destas é que, se depender da Europa, a Ucrânia lutará até ao último homem enquanto os nossos líderes, entusiastas e resguardados, apenas rebentarão de virtude. “Apoiar” a Ucrânia não é o mesmo que apoiar a Ucrânia."

Alberto Gonçalves no Observador
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De anónimo a 22.02.2025 às 12:08


"...Por fácil que seja não apreciar Trump, a verdade é que ele ainda não “deu” nada à Rússia, excepto alguma confiança negocial, de efeitos imponderáveis....".



Exacto. Para dizer a Putin que "basta, já chega" foi preciso sentá-lo à mesa, mesmo que com uma vénia que não merece de todo e com resultados incertos.  
Ou então continua-se este destruir, sem nexo, de vidas e bens até à exaustão mútua?. Aqui e acolá surgem líderes que com  demasiado tempo no poder desenvolvem óbvias psicopatias.
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De Anonimo a 22.02.2025 às 15:21

Não deu nada à Russia, mas prepara-se para sacar 500b à Ucrânia. 
Quem sabe negociar é assim
Biden andava a patrocinar uma guerra,sem fim desperdiçando dólares de impostos, Trump não só vai obter paz, mas também recuperar o dinheiro estourado
MAGA
MEGA
#muskandbigballs
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De cela.e.sela a 22.02.2025 às 11:50

Expresso
Putin e alguns representantes da elite russa estão a ficar cada vez mais preocupados com a situação económica da Rússia, quase três anos depois do início da guerra na Ucrânia. A informação é avançada pela Reuters (https://www.reuters.com/world/europe/putin-growing-concerned-by-russias-economy-trump-mulls-more-sanctions-2025-01-23/?utm_source=Sailthru&utm_medium=Newsletter&utm_campaign=Daily-Briefing&utm_term=012325&lctg=65b8b09b79818c89db0658bd), que conversou com cinco fontes próximas daquele círculo de Moscovo.
As exportações de petróleo, gás e minerais já não são tábua de salvação suficiente. A escassez de mão-de-obra e as elevadas taxas de juro introduzidas para combater a inflação, acelerada num contexto de despesas militares sem precedentes, estão a asfixiar as perspetivas económicas. Por esse motivo, um setor da elite russa defende agora que uma solução negociada para a guerra é desejável, adiantaram à referida agência duas fontes próximas do Kremlin.»
Trump prepara-se para salvar a Fortaleza de Moscovo?
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De lucklucky a 23.02.2025 às 04:51

Notícias censuradas, não são esquerdistas o suficiente para as redacções e ag^ncias.:
https://www.foxnews.com/world/70-christians-beheaded-african-country-isis-aligned-militants-groups-say-world-mostly-silent


"70 Christians beheaded in African country by ISIS-aligned militants, groups say; world mostly silent"





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De O apartidário a 23.02.2025 às 09:39

Sacrificados no altar do globalismo (em pleno centro da Europa,ver o meu blog Imagens) 


Em castelhano bastante fácil de entender (tema do terrorismo começa aos 3 minutos no video) 

 

https://youtu.be/_UM6Fkc_Bcc?si=QZy7Kw66iLRT-Khw

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De Anonimo a 23.02.2025 às 10:07

O quê? Isis em África?
Felizmente temos aqui jornalista de investigação a contar os factos.
Já agora, Blackwater, Wagner e  empresas de segurança chinesas, também andam por esses países? Não vejo nada nos jornais marxistas.
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De Anónimo a 25.02.2025 às 19:14


Temos um problema preocupante com censura na CS. Eles acham que não têm deveres e que podem fazer o que querem.

O mundo está virado de pernas para o ar. Há prioridades invertidas. Alguns são tão idiotas que dão valor a nada e a "lixo". Nos blogues vemos bem que as pessoas são do pior. Vemos o individualismo que o autor fala.

Tempos fáceis criam homens fracos...
Muitos parecem mimados e com pouco que fazer.

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