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Agora que, segundo insistem e alertam os telejornais, está «mau tempo», eu vou aguardando para saber se essas más chuvas que caracterizam o «mau tempo» acaso terão aliviado a seca extrema em que o país estava ou ainda está, devido ao excesso de «bom tempo». E, já agora, gostava de saber se o «mau tempo» aliviou em alguma medida o estado das reservas de água nas barragens, que, devido ao «bom tempo», tinha atingido níveis alarmantes. Eu sei que é muito mais importante saber se uma cave em Algés ou uma rua no Porto ficaram com muita água «derivado» ao «mau tempo», mas aguardo informação sobre as colheitas e as pastagens (essas coisas despiciendas que nos dão comida e bebida) para saber se foram prejudicadas ou beneficiadas, e quais e com que consequências. E -- alheio e inconsciente como sou à importância de um aviso laranja «derivado» ao «mau tempo», o qual pode impor o extremo incómodo de guarda-chuvas -- aguardo para saber, ainda, se o risco sério de racionamento do consumo de água potável foi remediado ou não por essa coisa horrorosa do «mau tempo».
Eu julgo que, hoje em dia, seria considerado «mau jornalismo» da parte dos telejornais darem estas notícias que eu aguardo. Mas, obtuso como sou, parece-me que é mais o contrário.
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