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O maluco no meio da ponte

por Jose Miguel Roque Martins, em 24.03.21

O episódio das vacinas da Astra-Zeneca, é um exemplo claro da fragilidade da UE, entre outros domínios, na sua política externa.

Parece razoável que os poderes públicos Europeus, perante um incumprimento de fornecimento grave de um fornecedor, o iniba, quando pode, de aumentar os seus atrasos, permitindo o envio dos produtos que não fornece, produzidos na UE, para outro pais.

As vacinas são um assunto sensível. Mas o facto de o Reino Unido apresentar um nível de vacinação muito superior ao do Europeu, faz cair por terra argumentos de equidade ou proporcionalidade das medidas. Mesmo que assim não fosse, não constituindo um episódio de generosidade e solidariedade, impedir a exportação de vacinas produzidas no solo da UE, como aliás os EUA e muitos outros fizeram, não foge ao que costuma acontecer. A falta de solidariedade internacional, neste e noutros domínios, é um facto estabelecido, como os países menos desenvolvidos sabem de forma muito clara.

Mesmo quando as criticas ao mau desempenho na vacinação do espaço Europeu é geral e se multiplicam, o óbvio, uma suspensão de exportações para um País mais avançado na vacinação, não é assumida. Já se fala de uma partilha do fornecimento entre a UE e o Reino Unido.

Esta discussão, um pouco sórdida, é um excelente exemplo das dificuldades que os meios caminhos e escolhas representam. Entre a plena soberania nacional e um Estado federal, a unanimidade necessária, vai sempre, mas mesmo sempre, obrigar a respostas de menor denominador comum. Quase fatalmente, nem carne nem peixe.

A união europeia é como o maluco no meio a ponte, que não sabe para que margem ir. Sabendo, apenas,  que ficar onde está, não vai resultar.

 

 

 


1 comentário

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De Anónimo a 24.03.2021 às 10:13

pode sempre atirar-se ao rio

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