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O jornalismo a que temos direito

por João Távora, em 14.10.24

Radio Observador.jpg

Não me espantou muito ontem no noticiário das 13:00hs da rádio Observador ouvir uma curta reportagem de uma manifestação em Madrid pelo direito à habitação, que incluía um testemunho de uma Mortágua lá do sítio, apresentando soluções simples para aquele problema complexo, à boa maneira dum qualquer partido populista ou revolucionário “contra os interesses dos bancos, das grandes empresas e dos rentistas”. Fadados a suportar por cá as nossas mortáguas e similares, como se isso não bastasse, a Rádio Observador presenteia os ouvintes com uma entrevista a uma “activista” espanhola pela habitação em directo da Gran Via…

Não fiquei espantado mas tive pena, tenho muita pena que o Observador, que assino desde a primeira hora por causa da seccção de "Opinião" e de alguns seus principais directores e prometia ser diferente, mostre tanta dificuldade a distinguir-se do restante jornalismo, sempre inclinado à esquerda, caixa de ressonância do “pensamento obrigatório” progressista. Pela minha parte, estou certo de que por este país fora e àquela hora haveria bastantes acontecimentos de interesse público para noticiar, quem sabe até com um “directo”.

Gostava de continuar a ter razões fortes para manter a minha assinatura do jornal, e ter a certeza que, ao ligar o rádio do carro, não fique na dúvida se estou a sintonizar a TSF.


16 comentários

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De Pedro carvalho a 14.10.2024 às 11:49

Uma das constatações curiosas dessa manifestação foram os números apresentados para Madrid. 17 mil AL e 180 mil casas devolutas. Solução? Acabar com os AL. Tal como por Lisboa, Porto e outras cidades. O problema do AL ( e está nos cartazes) é que dá dinheiro aos proprietários. Um escândalo. Comprar uma casa devoluta (ou um terreno) construir ou reabilitar é algo que não lhes assiste. A solução é que alguém faça esse investimento e depois arrende a perder dinheiro. Foi assim que dos anos 60 à lei Cristas e o regime excepcional de reabilitação, se conseguiu perder 50% dos habitantes nos centros históricos…
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De Anónimo a 14.10.2024 às 13:47

O observador ajoelhou e foi ao beija mão.
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De lucklucky a 15.10.2024 às 13:36

É a cultura dos jornalistas que o Observador contratou.
Duvido que haja outros para escolher, os cursos de jornalismo só produzem uma monocultura de esquerda porque é isso que é a seu objectivo.
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De Anónimo a 14.10.2024 às 14:22

Boa tarde
Assino por baixo, quer o postal quer o comentário das 1149
António R. Cabral
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De Anónimo a 14.10.2024 às 15:19

Para o jornalixo ignaro e preguiçoso cá do burgo , as únicas fontes de "informação" além-Caia são o esfregão da pepa, "el país" , e a repulsivamente servil tve, do fortes...
Juromenha
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De lucklucky a 15.10.2024 às 13:22

Também gostam muito do New York Times e do The Guardian no "jornal da direita".... porque será?
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De César a 14.10.2024 às 17:12

A "opinião" no jornal é heterogénea, plural e livre como deve ser qualquer opinião ou respectivo artigo.
Já o jornalismo(?) é rançoso: sectário, com forte componente woke da moda, ideologicamente activista, em suma, propagandista em vez de jornalista. 
E como acho que tenho direito a mais do que um pseudo-jornalismo que não pedi nem quero, continuarei a seguir e ler alguns artigos de opinião que me interessem. Se assinar. E consigo ler os mesmos. Mesmo que pretensamente bloqueados.
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De lucklucky a 15.10.2024 às 13:24

O jornalismo de esquerda e extrema esquerda do Obervador fica logo á mostra pelos assuntos de que falam e também pelos livros que escolhem fazer critica. 
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De Anonimus a 14.10.2024 às 17:19


E não é notícia?

Passou no Euronews. Tal como a manif em Lisboa contra a guerra Israel-Palestina.
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De lucklucky a 15.10.2024 às 13:29

Essa manifestação não era contra a guerra -isso é propaganda que o jornalismo passa porque concorda. 
Era uma manifestação contra a guerra em que os Palestinianos perdem.


Tal como o Partido Ecologista os Verdes, não nasceu para para defender a ecologia, nasceu para defender os mísseis SS-20 nucleares Soviéticos apontados entre outros a Portugal ou os artigos pacifistas de Álvaro Cunhal no jornal o Diabo após começar a 2 GM, não existiam para defender a paz, existiam para defender a guerra dos Nazis.
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De Filipe Costa a 14.10.2024 às 17:33

O Observador tem jornalistas jovens, daqueles que sairam a gora do aviário ou capoeira, nem sei bem. Estão bem lavadinhos do cérebro, o BE explica.
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De lucklucky a 15.10.2024 às 13:33

Cada vez mais chego á conclusão que os cursos de jornalismo destruíram o jornalismo.
O jornalismo para englobar a realidade precisa de muitas e diversas experiências, ao invés os cursos de jornalismo afunilam a profissão mortalmente. 
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De Silva a 14.10.2024 às 19:23

É preciso desmantelar o socialismo:
Começa-se pela implementação, rápida e em força, de reformas estruturais a começar, repito, a começar pela abolição do salário mínimo, liberalização dos despedimentos e abolição dos descontos seguindo-se outras reformas estruturais.
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De Costa a 14.10.2024 às 22:50

"o Observador, que assino desde a primeira hora por causa da secção de "Opinião" e de alguns seus principais directores e prometia ser diferente," Precisamente. 
Aliás é curioso - e triste - ver os opinadores e diretores a escrever em bom português, enquanto o Observador segue servilmente o nojo, o crime cultural, do AO90.
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De Francisco Almeida a 15.10.2024 às 11:38

O Observador prometia ser o melhor mas não passou do menos mau.

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