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O incómodo para o doente

por henrique pereira dos santos, em 28.11.23

Ontem ouvi Manuel Pizarro a propósito do Serviço Nacional de Saúde estar de pantanas e dizia ele que em qualquer caso, tem havido resposta, é verdade que há sobrecarga dos médicos que teriam de atender os doentes do seu hospital e agora têm de somar os doentes dos hospitais que não os recebem, sobrecarga para os corpos de bombeiros que têm de andar a fazer mais quilómetros e incómodo para os doentes, mas a assistência é prestada e o Serviço Nacional de Sáude continua a dar resposta.

Este é um dos modelos de resposta dos responsáveis do governo quando confrontados com os resultados confrangedores da sua acção: é verdade que há problemas, mas estamos a trabalhar para os resolver, não esquecendo que o problema existe há décadas, ou é estrutural e muito complexo, é mais ou menos o guião da resposta, a que se seguem meia dúzia de acções pontuais concretas já tomadas ou, sobretudo, que vão ser tomadas nas semanas seguintes (como abrir concursos para vagas que se sabe que não interessam aos potenciais concorrentes).

O outro modelo de resposta, o que Costa usa quase sempre, é uma ladaínha de milhões de euros gastos numa lista de coisas concretas escolhida a dedo, para demonstrar o empenho do governo, acompanhada ou não de referências a cortes do governo de Passos Coelho, para vincar a diferença.

Vamos então a um caso concreto de incómodo para o doente.

Um cidadão apanha gasóleo da estrada, vai de rojo com a mota contra o rail - felizmente os rails já têm frequentemente saias, portanto a probabilidade de amputarem pernas de motociclistas é hoje muito mais baixa - e parte qualquer coisa.

Vem a ambulância dos bombeiros mais próximos e levam-no para a urgência do hospital estatal mais próximo (primeira nota de gestão, não o levam para a urgência mais próxima disponível porque o Estado não trata todos os hospitais da mesma maneira, considerando os hospitais estatais de forma diferente dos outros).

Nesse hospital é feita a primeira avaliação, incluindo uma série de exames complementares de diagnóstico, raio X, TAC, o que for.

Concluem que é preciso operar e encaminham o doente para a urgência do hospital da residência, mas sem ir acompanhado do processo clínico completo, portanto, à chegada à urgência do hospital de residência, novos exames complementares de diagnóstico, raio X, TAC e afins (segunda nota de gestão, a transferência do doente não é feita com critérios de racionalidade de gestão, mas com critérios administrativos, dos quais resulta ineficiência, duplicação de exames, tempos de trabalho e ocupação de espaço hospitalar).

A conclusão confirma-se e o doente fica três dias na urgência, numa maca no corredor do serviço de observação, não porque isso seja necessário, mas porque não há meios para operar ou transferir para enfermaria (terceira nota de gestão, o doente poderia estar a ser tratado mais rapidamente e em instalações hospitalares menos pressionadas, mas por uma alocação deficiente de recursos administrativa, acaba estacionado na urgência, ampliando os problemas das urgências e o custo da assistência hospitalar).

Independentemente da péssima gestão dos recursos, o doente considera que está a ser tratado como um rei, por gente impecável, e pede à família que traga um bolo para toda a equipa, por lhes estar muito agradecido pela atenção que lhe é dedicada.

Ao fim de três dias numa maca nas urgências, é tranferido para uma enfermaria, esperando mais oito dias para finalmente ser operado.

Porque é preciso?

Não, porque é difícil encontrar tempo de bloco operatório e equipas disponíveis para a operação. Durante esses oito dias, por duas ou três vezes se faz o jejum e a preparação prévia para a operação, com o que isso significa de afectação de meios e incómodo para o doente, mas novas urgências acabam por inviabilizar a operação, interferindo com a actividade programada.

Ou seja, durante oito dias há a ocupação de uma cama de enfermaria, com o que isso significa de afectação de recursos e medicalização do doente - por estranho que possa parecer, ter coisas partidas dói bastante - exclusivamente por uma alocação de recursos que afunila as urgências e a utilização do bloco operatório (nova nota de gestão, teria ficado muito mais barato ao Estado, no primeiro dia, ter entregue o doente a um hospital com capacidade de o operar, fosse o hospital privado ou estatal, que aguentar o custo de dez dias de ocupação de uma cama hospitalar, três dos quais, na urgência, e fazer a cirurgia no fim).

De onde vem toda este absurdo gestionário que o ministro considera como sobrecarregando os sistemas e representando incómodo para o doente, mas a demonstração de que a resposta do SNS acaba sempre por ser dada?

Do facto dos administradores hospitalares não terem instrumentos de gestão adequados.

Aos administradores dos hospitais está vedada a verdadeira gestão de recursos, não tendo liberdade para contratar ou despedir, ou mesmo para decidir transferir um doente para outro lado qualquer, pagando, porque fica mais barato que ter um doente dez dias a ocupar camas à espera de Godot (eu sei que há administradores hospitalares que argumentarão sempre que transferir aquele doente para ser operado mais rapidamente noutro lado qualquer não representaria nenhuma poupança porque a cama iria ser sempre ocupada por outra pessoa, mas estou a falar de pessoas com um mínimo de competência para as funções que exercem, ou melhor, com os incentivos adequados para que tenham uma gestão racional dos recursos postos à sua disposição para obter um resultado definido).

Não faz o menor sentido andar o Ministro da Saúde a discutir com sindicatos se a hora de um médico vale mais que a de uma mulher a dias, essa não é a função do ministério da saúde, isso cabe ao mercado decidir: se o administrador precisa de um médico com a especialidade X para obter melhores resultados, tem de ter a liberdade para o fazer, pagando o que for o ponto de equilíbrio entre o que o médico quer e o hospital pode pagar.

Sim, eu sei que sem a intervenção do Estado nesse mercado, pode haver problemas sérios de acesso à saúde, e cabe ao Ministro (ou ao Governo, melhor dizendo), definir que tipo de incentivos pretende dar para que as pessoas que não têm recursos possam aceder a cuidados de saúde, o que não faz sentido é considerar que o Sistema Nacional de Saúde exclui infraestruturas e recursos disponíveis com base na propriedade das paredes do hospital.

Cada um dos médicos, dos enfermeiros, dos auxiliares que trabalham num hospital estatal são privados, são pessoas que vendem o seu trabalho em troca de um ordenado e outros tipos de retorno, comportando-se como qualquer privado: escolhem a quem vender pelo retorno, financeiro ou não, que esperam obter.

Cada um dos hospitais, sejam as paredes do Estado ou do Zé dos Anzóis, comporta-se como um privado, querendo contratar esses médicos, enfermeiros e auxiliares pelo melhor preço possível, em função da necessidade de entregar um resultado definido (pode estar bem ou mal definido, com certeza).

Se dúvidas houvesse, bastaria ter em atenção o que aconteceu com o fim das PPP da saúde: mais dinheiro gasto, muito pior serviço prestado.

Porque os privados são melhores?

Não necessariamente, porque os incentivos se alinham mais facilmente para que os administradores hospitalares tenham melhores resultados, desde logo, pela liberdade contratual que têm e que as regras de gestão do SNS (do Estado em geral) não permitem.

E a demonstração de que isso é uma questão de incentivos, é feita pelos resultados das PPP rodoviárias, que são bastante maus.

A diferença entre os dois modelos de PPP está no risco para o privado associado aos dois modelos.

No caso das PPP rodoviárias, como na verdade boa parte daquelas estradas não eram necessárias, a não ser por razões eleitorais, e portanto o volume de tráfego que os privados esperavam gerar era baixo, tornando excessivo o risco do investimento, o Estado resolveu ficar com o risco para si, com base em estudos malucos de tráfego e vontade política de fazer as estradas, transformando as PPP rodoviárias em sistemas rentistas, sem risco para o privado.

Na saúde, pelo contrário, o risco ficou, e bem, do lado do privado, o que obriga os administradores a procurar melhorar a eficiência a todo o custo, porque só gerindo mais eficientemente conseguem melhorar os seus resultados (seria impensável ter um doente dez dias a ocupar camas e gastar recursos, simplesmente à espera que uma vaga no bloco operatório coincidisse com a disponilidade da equipa para operar o doente).

Claro que tudo isto é irrelevante enquanto os ministros acharem que o incómodo do doente é um pormenor e os eleitores acharem que desde que realmente a pessoa seja operada, não é muito importante a eficiência dos recursos alocados a isso ou, pelo menos, é muito menos importante que garantir que os privados não vivem à custa do Estado, por serem pagos por serviços que efectivamente prestam.


29 comentários

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De urinator a 28.11.2023 às 09:17

médicas e médicos continuam a visitar Alguém que se senta na cadeira de ministro no país da COCANHA ou IMAGINÁRIO.
'recuar para trás' ou 'alevantem-se em pé'.
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De Carlos Sousa a 28.11.2023 às 10:29

Há uma diferença substancial entre um hospital público e um hospital privado. 
Um hospital público visa o doente, faz os exames necessários e assim que o doente recupere tem alta hospitalar. 
Um hospital privado visa o lucro, faz todos os exames relacionados com os sintomas do doente, interna-o com uma diária superior a um hotel de cinco estrelas e não lhe dá alta enquanto não realizar a segunda panóplia de exames. 
Palavras para quê?
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De henrique pereira dos santos a 28.11.2023 às 10:34

O post é todo sobre as diferenças substanciais entre um hospital estatal e um privado, exemplificando com uma história verdadeira.
O seu comentário é a mera ilustração da parte final do post: está-se nas tintas para a realidade, está-se nas tintas para os doentes, o fundamental para si é que o lucro dos outros é ilegítimo.
É com votantes assim que o PS conta para não ser responsabilizado pelas suas asneiras.
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De Anonimo a 28.11.2023 às 11:01


Estórias verdadeiras todos temos. Uma vizinha minha foi acompanhada na gravidez num privado, mas quando a coisa ia correndo mal ala para a maternidade pública porque não quiseram assumir o risco (no dia do parto, com tudo pago). Já a minha cria foi salva, literalmente, por obra e graça do SNS e dos seus profissionais.

Não tenho problemas em assumir que uso, e digo infelizmente, na medida do possível a oferta privada. Porque tenho meios, e a minha entidade patronal patrocina um bom seguro de saúde. Não sou a norma, tenho consciência do privilégio.
Posso também dizer que já fui seguido em algumas especialidades no SNS, sem razão de queixa, muito pelo contrário.
Tenho perfeita noção de que o SNS é muito mal gerido, e de que a relação utente-instituição devia mudar, nomeadamente no acesso físico a urgências. Mas por ter noção de que o SNS anda mal, e não é de hoje, ou do covid, não implica que queira acabar com ele, ou substituí-lo por um serviço tendencialmente privado. Ou em que o Estado suporta o Privado.
Em Portugal existe uma ideologia de que se algo funciona mal, é acabar ou privatizar (como se a gestão privada fosse infalível... assim sendo, a taxa de falências de empresas seria 0%); ao invés de melhorar. E melhorar, ou "investir", não significa exactamente gastar mais dinheiro.
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De henrique pereira dos santos a 28.11.2023 às 11:22

É extraordinário.
O post explicitamente defende um Serviço Nacional de Saúde maior ("o que não faz sentido é considerar que o Sistema Nacional de Saúde exclui infraestruturas e recursos disponíveis com base na propriedade das paredes do hospital.") mas aparece sempre a alguém a argumentar contra o fim do serviço nacional de saúde que ninguém defendeu.
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De JM a 28.11.2023 às 12:46

HPS, é realmente extraordinário, só pode derivar da incacidade generalisada de entender bem o que se lê, a situação que descreve corresponde completamente à minha experiência. Mais uma experiência real e comigo, no princípio de maio precisei de uma consulta de clínica geral, lá fui ao Centro de Saúde, claro para não ir às urgências, consegui o mais cedo possível para o dia 5 de janeiro 2024, fui ao Particular...consegui no mesmo dia... 
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De Anonimo a 28.11.2023 às 13:10

JM, o que é extraordinário?
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De henrique pereira dos santos a 28.11.2023 às 16:23

Dizer que alguém que diz que o serviço nacional de saúde deve ser expandido está a defender o seu fim, é isso que é extraordinário
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De Anonimo a 28.11.2023 às 13:16


Mais uma experiência real, e com a conjuge, urgência do hospital (porque no CS só às 6ªs, e com marcação, sendo não utente do mesmo) com pulseira verde, ao fim de horas de espera lá se foi ao privado. Lá a espera era um pouco maior, eram só 5 dias. Lá foram 50km até a um outro privado, já numa maior cidade, onde foi relativamente rápido (sim, porque as urgências dos privados não são o que já foram).
Outra questão que o SNS não consegue responder é às flutuações demográficas, em especial em alturas de Verão, em que locais pequenos têm um afluxo "anormal" de pessoas
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De Anonimo a 28.11.2023 às 13:08

Extraordinária é a reacção. Se calhar a carapuça serviu.
A constatação, válida para o país (veja-se o sef), era generalização da ideologia política nacional, se preferiu interpretar como um ataque pessoal... acho que se chama projecção,  o fenómeno. 
Quanto aos privados poderem fazer parte integrante do sns, é contratualizar com o Estado à tabela definida para os hospitais públicos. Estarão dispostos a aceitar? Deviam questionar ministros e empresas de saúde. 
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De henrique pereira dos santos a 28.11.2023 às 16:25

Qual carapuça?
Eu defendi explicitamente a expansão do serviço nacional de saúde, o camarada diz que eu defendo a sua extinção.
Não acha extraordinária a sua incapacidade de interpretação de um texto simples?
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De JM a 29.11.2023 às 06:49

 "I rest my case".  É extraordinário!
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De balio a 28.11.2023 às 11:02


exemplificando com uma história verdadeira


Era isso mesmo que eu ia perguntar. A história é verdadeira? De onde a retirou o Henrique?
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De henrique pereira dos santos a 28.11.2023 às 11:22

A história é verdadeira.
Quanto ao resto, não tens nada com isso.
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De Luis a 29.11.2023 às 01:38

Se me permite a intromissão seria realmente hilariante ler estes absurdos de que "os privados visam o lucro enquanto os públicos o paciente", caso o assunto não fosse tão sério para todos nós.
Não sei onde está a dificuldade de se perceber que, um privado que se desligue de servir bem os seus pacientes, acabará por ser ultrapassado pela concorrência dos que não o fazem - é que ninguém no seu perfeito juízo inisite em ir almoçar ao restaurante que o serve todos os dias mal quando tem outro restaurante ao lado... mas onde raio está a dificuldade em perceber isto!? Enfim, continue-se com a maluqueira ideológica implantada nos tempos da geringonça e mantida no atual governo PS que estamos no bom caminho como aliás está bem à vista de todos.
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De Anónimo a 28.11.2023 às 14:38

Estive 15 dias em observação / diagnóstico no hospital, fui operado, mandaram-me para casa ao fim de 2 dias e mal me podia mexer, se não fosse familia próxima não sei como teria sobrevivido.
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De Carlos Sousa a 28.11.2023 às 14:26

Quer dizer, o seu post é uma história verdadeira, o meu comentário é uma ilustração. Bem observado sim senhor. 
Pois fica a saber que o meu comentário também é uma história verdadeira, aliás são duas. Uma foi comigo no SNS, a outra foi com a minha mulher no hospital da Luz. 
Eu sei que o objectivo é dizer mal do SNS, mas diga a verdade não invente.
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De Anonimo a 29.11.2023 às 06:34

Apenas os exemplos do camarada woke HPS sustentam teorias comprovadas. Os opostos são invenções, pois contradizem o teorema. Para provar a razão do ideólogo woke, sai um testamento à Bruno de Carvalho.
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De Albino Manuel a 28.11.2023 às 12:09

Não é só cá. Em França falam da morte do hospital público. No Reino Unido o NHS mete medo. A Alemanha anda na caça de profissionais de saúde.


Há no entanto uma medida, amiga do OGE, que podia ser facilitada: a morte assistida, o testamento vital, e a eutanásia. Como diria o grande Lagerfeld, il faut décamper!
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De G. Elias a 28.11.2023 às 12:27

Relativamente a esta parte "os rails já têm frequentemente saias, portanto a probabilidade de amputarem pernas de motociclistas é hoje muito mais baixa"
Sempre ouvi dizer que era essa a justificação para se terem colocado as ditas saias nos rails. O que nunca soube, e gostava de saber, as as estatísticas sobre o número de amputações de pernas de motociclistas antes e depois da colocação das ditas saias.
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De Pedro Oliveira a 28.11.2023 às 12:32


Caro Henrique,
As melhoras do seu filho, que corra tudo bem com a recuperação.
Quanto ao bolo para a "equipa" compreendo.
Acredito que apesar de tudo façam o melhor que podem com os recursos que (não) têm.
"Numa casa portuguesa, pão e vinho sobre a mesa e se a casa chega alguém, senta-se à mesa c' a gente".
O SNS funciona como a casa de um pobre, cabe sempre mais um, infelizmente, é um sorvedouro de dinheiro público.
Para onde vai esse dinheiro?
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De balio a 28.11.2023 às 14:41


se o administrador precisa de um médico com a especialidade X para obter melhores resultados, tem de ter a liberdade para o fazer, pagando o que for o ponto de equilíbrio entre o que o médico quer e o hospital pode pagar



Disparate. Se os médicos fossem contratados dessa forma, à peça, ao serviço, tudo ficaria muito mais caro.
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De henrique pereira dos santos a 28.11.2023 às 16:28

Tu inventas o que os outros escrevem por gosto?
Onde é que está escrito uma linha sobre contratação à peça?
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De Anónimo a 28.11.2023 às 16:55

E nas urgências como avaliam o trabalho dos médicos tarefeiros ?
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De balio a 28.11.2023 às 15:46


A utopia do Henrique, de um sistema de saúde perfeitamente eficiente, que em cada momento enviasse o doente para o hospital que estivesse mais disponível nesse momento, parece-me uma utopia socialista, de um sistema centralizado que disposesse de todos os hospitais e pudesse distribuir os doentes por todos eles.
Infelizmente para o Henrique, creio que não há no mundo nenhum sistema assim. Em todos os sistemas de saúde, há hospitais permitidos e outros que não o são. O doente pode ser tratado nuns mas não nos outros. As ineficiências que há no SNS português existem também em todos os outros sistemas de saúde. A utopia socialista não funcionou.
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De Carlos a 28.11.2023 às 16:11

O balio fala por que tem boca. O que escreveu não tem aderência à realidade.
Interesse-se pelo seu serviço e deixe-se de comentar a torto e a direito. 
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De henrique pereira dos santos a 28.11.2023 às 16:30

Por mais que me tentes convencer, com os teus comentários, que és burro que nem uma porta, está descansado que não consegues, eu conheço-te e sei que és uma pessoa inteligente e razoável.
Todo o post é exactamente a dizer que não há maneira de haver sistemas perfeitos, o que há é sistemas que funcionam melhor ou pior em função dos incentivos, portanto o teu comentário é completamente idiota.
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De Carlos Sousa a 28.11.2023 às 17:50

Por acaso gostava de saber, se só houvesse hospitais com parcerias público privadas como é que era resolvido o caso das gémeas luso-brasileiras. Se calhar era da mesma maneira, lá estava o público a pagar os 4 milhões fora as 6 cadeiras e o privado nicles. 
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De Carlos a 28.11.2023 às 19:27

Que comentário tão parvo: num hospital privado, com uma administração normal, esse serviço não seria prestado ou, se o fosse, alguém seria responsabilizado. No hospital público Santa Maria, ninguém vai ser responsabilizado por tão estranha despesa, mas a conta vai ser paga, à custa de todos nós, os contribuintes. É pena que não sejam só os parvos a pagar a factura.

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