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O grande capital

por henrique pereira dos santos, em 19.04.24

"Dizem que o ódio é baboseira
E que a raiva é má conselheira
Mas nós com o grande capital
Damo-nos mesmo muito mal"

Começo com Sérgio Godinho para falar de Helena Pereira, uma editorialista do Público, e de muitos outros, como António Mendonça Mendes, do PS.

Antigamente era a esquerda mais radical que concordava com o Sérgio Godinho de 1974, partindo do princípio de que o lucro era sempre a apropriação indevida da mais valia que pertencia ao trabalhador por direito.

O resto das pessoas, incluindo a esquerda moderada, poderia defender "“Tax the rich” is always the answer. “Why” changes with the seasons", como diz John H. Cochrane neste artigo muito interessante que me mandaram ontem, mas, em teoria, não era contra o grande capital, só pretendia controlá-lo e taxá-lo (e, mesmo assim, na frase que citei, a ideia é taxar os ricos, não é taxar as empresas, grandes ou pequenas).

Helena Pereira escreve, como introdução, "a polémica descida do IRS que era para valer 1500 milhões de euros e que afinal se ficará por 200 milhões", uma mentira evidente da jornalista.

O governo, a AD e Montenegro sempre falaram de uma descida de 1500 milhões face a 2023 e é o que vai acontecer, mas o que verdadeiramente lhe interessa no editorial, até porque a mentira tem perna curta, é dar visibilidade a um argumento que a esquerda, incluindo o PS, tem vindo a usar: a contraposição entre impostos pagos pelas famíias, que é justo baixar, e impostos pagos pelas empresas, uma borla fiscal indecorosa, que rapidamente se afunila nas grandes empresas, vistos serem essas que pagam a larga maioria do IRC.

Comecemos pelo essencial: as empresas não pagam impostos, quem paga impostos são os seus donos, os seus fornecedores, os seus trabalhadores e os seus clientes através da actividade das empresas. Qualquer imposto sobre uma empresa é apenas um custo que se vai reflectir nos preços.

A ideia de que reduzir impostos sobre lucros é aumentar os lucros é uma ideia infantil, porque a maximização do lucro, um dos objectivos da empresa, com certeza, é limitada pela necessidade de produzir ao menor preço possível, se a empresa se quer manter competitiva.

Claro que se o retorno do investimento, se quisermos, claro que se a remuneração do capital não for interessante para o capitalista, ele vai investir esse capital noutra actividade, se se preferir, há um custo de oportunidade associado que se mede pelo lucro conseguido com determinado capital que pode ter diferentes aplicações.

Aumentar ou diminuir o imposto sobre lucros interfere nesse custo de oportunidade que, num mundo globalizado e com liberdade de circulação de capitais, significa analisar investimentos em todo o mundo.

Dito de outra maneira, aumentar os impostos sobre os lucros do Pingo Doce tem como resultado condicionar as opções da Jerónimo Martins sobre o que fazer ao capital disponível para investimento, seja no Pingo Doce (Portugal), Biedronka (Polónia), Ara (Colômbia) ou no outro sítio onde andam a preparar a entrada do grupo, que não me lembro onde é.

Se o retorno do capital investido pela Jerónimo Martins em Portugal, que tem um retorno talvez de 6%, ou coisa do género (sim, os milhões de lucros são muitos, mas os milhões de investimento também, o que interessa não é se o valor global do lucro de uma empresa é alto ou baixo, o que interessa é a taxa a que é remunerado o investimento necessário para criar esse lucro), for muito mais baixo que o retorno na Polónia, na Colômbia ou no tal outro sítio, o mais natural é que as decisões de investimento do grupo reflictam essa diferença e o investimento seja prioritariamente canalizado para onde tem maior retorno.

O que não faltam, em Portugal, são empresas de vão de escada com retorno do investimento muito maiores que os das grandes empresas, ou porque estão em sectores específicos em que o desequilíbrio entre oferta e procura é favorável à oferta, ou porque os donos trabalham horas sem fim sem remuneração adequada desse trabalho, ou porque têm uma vantagem que mais ninguém consegue (jogar melhor futebol, pintar de maneira diferente, etc.), ou porque exploram mais facilmente os seus trabalhadores, ou porque a sua pequena dimensão permite fazer desaparecer os lucros disfarçados de despesas, ou simplesmente porque têm acesso a contratos leoninos porque têm relações privilegiadas com quem decide esses contratos, especialmente se o dinheiro que os paga não é de quem os decide.

Taxar os lucros dessas empresas apenas faz com que os seus donos comprem carros que não são imprescindíveis, como remuneração acessória, para pagar menos impostos, numa aplicação de capital mais ineficiente que a que fariam se os impostos não atingissem um valor que os próprios acham excessivo, quer sobre o trabalho, quer sobre o capital.

Daí que a pergunta do editorial do Público de 17 de Abril "Descida do IRC vale sete vezes a do IRS?", seja uma pergunta sem interesse nenhum, não apenas porque parte de pressupostos errados sobre o valor global das descidas de impostos face a 2023, mas sobretudo porque baixar impostos sobre IRS e IRC vai acabar no mesmo, na diminuição da transferência de dinheiro da economia produtiva para o Estado.

A única discussão que interessa é se aumentar os recursos disponíveis na economia produtiva, por contraponto com a sua diminuição no Estado, é socialmente útil ou não, nas actuais circunstâncias.

A conversa dos lucros milionários, das borlas fiscais e das grandes empresas não passa de conversa de treta: as grandes empresas são as que pagam mais impostos (em valores absolutos, que é uma medida bastante imperfeita, mas enfim), as que têm maiores valores absolutos de lucros (uma medida tonta porque o que interessa é o lucro sobre o capital investido), mas também as que melhor pagam aos trabalhadores, as mais inovadoras, as ambientalmente mais responsáveis, isto é, as que melhor servem a sociedade.

Fazer delas o inimigo é um desporto nacional, dificilmente um partido que defenda que o que precisamos é de melhorar os mecanismos que permitam aumentar o número de grandes empresas, a ter grandes lucros, consegue grandes votações eleitorais, mas isso é só uma das razões pelas quais somos mal pagos.

E o nosso jornalismo é mau, cheio de gente que continua a cantar, convictamente:

"O grande capital
Está vivo em Portugal
E quem não o combate
É que dele faz parte",

mesmo que vivam da caridade de uma família de capitalistas, como os jornalistas do Público.


40 comentários

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De Anónimo a 19.04.2024 às 11:00

Comprar/ler esse esfregão reles e ideologicamente servil, é um exercício de masoquismo...
Juromeha
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De Anónimo a 20.04.2024 às 08:14

Outro exemplo: há menos de 5 min. abri a RTP1 e no programa infantil Zig Zag passavam imagens com o  estribilho «25 de Abril sempre»,  e seguido dos encómios a essa "grande mártir Catarina Eufêmia, heroína da classe trabalhadora que enfrentou o Estado Novo e foi santificada: Imagens deprimentes, de gente deprimente de filme noir, porque assim era o salazarismo salazarento: negro e cinzento "comme il faut".
Uma dose de neo-realismo, logo pela manhã, servido a crianças, diria que é um pouco indigesto. Até para qualquer um...
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De lucklucky a 20.04.2024 às 13:45

As TV e jornalistas de esquerda já estão claramente em campanha eleitoral.
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De lucklucky a 20.04.2024 às 13:37

É simplesmente o constante ataque deste regime á criação de capital em Portugal.
Não deixa de ser interessante que o seja feito pelo jornal da SONAE. Será que é o medo da SONAE ver nascer novas empresas que vão interferir com o seu poder?
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De O apartidário a 20.04.2024 às 17:13

Uma questão pertinente essa. No entanto salta à vista a pulsão contra o capital nacional (nomeadamente por parte do esquerdismo mais ou menos ortodoxo) ao mesmo tempo que o grande capital internacional esse está sempre seguro e em crescimento. 
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De jo a 19.04.2024 às 11:55






"A ideia de que reduzir impostos sobre lucros é aumentar os lucros é uma ideia infantil, porque a maximização do lucro, um dos objectivos da empresa, com certeza, é limitada pela necessidade de produzir ao menor preço possível, se a empresa se quer manter competitiva."As maiores empresas em Portugal estão numa posição de monopólio, ou quase monopólio. A maior empresa da área da energia é estatal, pertence à China. Estamos muito longe do mercado perfeito.


"Se o retorno do capital investido pela Jerónimo Martins em Portugal, que tem um retorno talvez de 6%, ou coisa do género (sim, os milhões de lucros são muitos, mas os milhões de investimento também, o que interessa não é se o valor global do lucro de uma empresa é alto ou baixo, o que interessa é a taxa a que é remunerado o investimento necessário para criar esse lucro), for muito mais baixo que o retorno na Polónia, na Colômbia ou no tal outro sítio, o mais natural é que as decisões de investimento do grupo reflictam essa diferença e o investimento seja prioritariamente canalizado para onde tem maior retorno."
Não faz muito sentido essa afirmação, se os acionistas investirem todos os lucros, então mais vale estar quieto porque  não ganham nada. Se querem maximizar os lucros é porque tencionam servir-se deles, o que é legítimo, o que não faz sentido é dizer que os acionistas particulares não ganham com a diminuição de impostos. O que se vê habitulamente é os administradores e grandes acionistas viverem onde os impostos são altos e investirem nos países onde os impostos são baixos. Vivem onde os impostos são altos - e pagos por outros - para terem um Estado que lhe preste serviços (segurança, saúde, estradas etc) de qualidade e investem onde os impostos são baixos para maximizar os lucros. É legal, mas não sei se será ético.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2024 às 16:37

De maneira não perco tempo a responder-lhe, mas como essa ideia de que as maiores empresas portuguesas são monopolistas, aqui fica uma lista onde é evidente que isso é uma grosseira mentira.
Ranking das empresas com maior faturação em Portugal. (dinheirovivo.pt)
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De balio a 19.04.2024 às 16:43


As maiores empresas em Portugal estão numa posição de monopólio, ou quase monopólio.


Como assim? A GALP concorre com a EDP e também com grandes empresas espanholas (Endesa, Iberdrola). A SONAE concorre com a Jerónimo Martins e também com uma variedade de grandes empresas europeias (donas das marcas Lidl, Mercadona, Minipreço, etc). A Altice concorre com a NOS e com uma grande empresa inglesa (Vodafone).



Há certamente monopólios (algumas auto-estradas, os aeroportos, etc). Mas eu diria que são mais exceções do que regras.
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De Jo a 19.04.2024 às 19:06

Duas ou três empresas não são concorrência.
O ajuste, formal ou informal dos preços é automático neste caso.
Se quer ver um exemplo de concorrência com um número muito limitado de empresas veja os preços dos combustíveis nas auto-estradas. Por coincidência a análise de custos leva todas as gasolineiras a acertarem o preço até à milésima de euro, isto sem combinação nenhuma.
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De Anonimus a 21.04.2024 às 11:45

Não confundir monopólio com falta de concorrência. A concertação de preços em Portugal é uma realidade (onde estou não há 2 bombas de gasolina com preços iguais, nem na mesma cidade), e torna-se facil quando há menos "actores". E nem sempre o fornecedor final é o mais culpado, numa cadeia de produção há vários sectores em que a competição é reduzida. Claro que não ajuda ter um mercado de 10 milhões, sendo que noa parte são pelintras.
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De Anonimo a 19.04.2024 às 11:57


As empresas não pagam impostos... então também não investem, não têm despesa, não geram receita, não existem, pois são um aglomerado de pessoas.


Andam para aí uns conceitos algo rebuscados, e conclusões dúbias (as grandes empresas são as ambientalmente mais responsáveis? As que têm mais lucros?), o último parágrafo esse sim é certeiro. Realmente, escrever numa publicação sustentada por um retalhista (eu sei que a sonae é mais que isso) explorador é algo paradoxal.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2024 às 16:42

Exacto, uma empresa é uma abstracção, são pessoas organizadas, nada mais. São aquelas pessoas, organizadas daquela maneira, que investem, gastam e geram receita.
Por isso quem paga os impostos, de uma maneira ou de outra, são sempre pessoas.
Dir-me-á que, sendo assim, não existem grandes empresas, portanto não são essas que pagam melhor, que são mais inovadoras, que são ambientalmente mais responsáveis.
Tem razão e obrigado por reforçar o essencial do que eu estava a dizer.
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De Albino Manuel a 19.04.2024 às 20:40

E que tal ler umas coisas sobre a personalidade jurídica das pessoas colectivas? A partir daí há muito para aprofundar. 
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De Anonimus a 20.04.2024 às 08:29

O mais estranho nestes artigos opinativos (e não factuais, ou fatuais), é que os seus conceitos chocam com tudo o que aprendi na Universidade e nas empresas onde trabalhei e trabalho. Em lado algum a procura e maximização do lucro é a prioridade. A não ser que a minha (porque também é minha?) empresa me esteja a aldrabar quando fala em satisfação do cliente, qualidade do produto, como o vector principal. Até porque os 2 conceitos são algo antagónicos...
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De henrique pereira dos santos a 20.04.2024 às 08:33

Para mim o mais estranho é que a sua vontade de discordar seja tanta que em vez de comentar o que eu escrevo, "a maximização do lucro, um dos objectivos da empresa", prefira comentar o que não escrevi "a procura e maximização do lucro é a prioridade".
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De Anonimus a 20.04.2024 às 07:23

Não há grandes empresas então,  há aglomerados maiores de pessoas. Bom conceito. O grande conjunto de pessoas uber em anos de actividade quantos deles deu lucro?
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De Anonimus a 20.04.2024 às 08:24

Não reforcei, nem concordei. Já isso do ter razão num artigo de opinião é algo woke ...
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De balio a 19.04.2024 às 12:21


não era contra o grande capital, só pretendia controlá-lo e taxá-lo


Este anglicismo "taxar" com o sentido de "levantar impostos sobre" é uma coisa que acho abominável.


Se queremos ser entendidos por portugueses convém, enfim, não utilizarmos estrangeirismos.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2024 às 16:22

Mas como até poderias ter razão, fui ver o dicionário etimológico do Machado, que refere taxare do latim, como origem e dá exemplos de uso no século XIV e XVI, que me escuso a transcrever por ter mais que fazer.
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De balio a 19.04.2024 às 16:46

Os dicionários atuais já incluem montes de estrangeirismos e sentidos emprestados do inglês. Já não tenho confiança nos dicionários atuais, só nos de há 50 anos.
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2024 às 17:50

Eu cito um dicionário cuja primeira edição é de 1956, que documenta o uso da palavra no século XIV e tu dás-me essa resposta?
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De balio a 19.04.2024 às 18:04


cito um dicionário cuja primeira edição é de 1956


Refere-se ao que designa por "Machado"? Não tenho. Está online?
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De henrique pereira dos santos a 19.04.2024 às 16:09

Para o caso de, como é habitual, teres preguiça de te informares:
taxa, do Latim TAXA, “estimação, avaliação”, do Grego TÁSSEIN, “colocar, pôr em ordem, cobrar imposto”.
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De João Sousa a 19.04.2024 às 15:47

O jornalismo e o comentariado, que durante oito anos conviveram tão bem com as evasões e chico-espertices semânticas de Costa, estão agora muito agastados.
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De marina a 19.04.2024 às 20:44

como eu gosto da cadeia de supermercados Erosky...o lucro vai para os acionistas  que são os trabalhadores. muita democracia económica , com este sistema já ninguém votava no chega , não era preciso.
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De O apartidário a 20.04.2024 às 08:30

Isso partindo do princípio que a questão económica é o factor principal (único certamente que não é) que explica o milhão e duzentos mil votos no Chega a 10 de Março. 
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De marina a 20.04.2024 às 16:51

sim , mas outras questões , como os estafetas escurinhos , derivam de aí  .
o planeamento urbano , preso a questões de lucro , por cima e por  baixo da mesa ( corrupção) , impediu a reconstrução rápida e acessível do edificado dos centros e  empurrou as pessoas para as periferias o que levou - a consequência mais grave foi a destruição da comunidade- ao uso massivo de carro , a refeições fora de casa  ( já nem sabem cozinhar ) , à perda de tempo de vida em transportes e mais uma série de coisas , entre elas a proliferação de semi escravos como os trabalhadores da uber e glovo. não havia necessidade nenhuma de os centros das pequenas e médias cidades estarem às moscas no que diz respeito a habitantes  e é um facto que não beneficiou para nada os munícipes , só trouxe perdas.
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De henrique pereira dos santos a 20.04.2024 às 08:43

Com cerca de 50 anos, é o quarto retalhista espanhol, com uma quota de 2,2% do mercado espanhol e com escassa internacionalização.
Com muitos menos anos, o grupo jerónimo martins (para não falar do concorrente directo, Mercadona) é muito maior, cria muito mais emprego, paga muito mais impostos e investe todos os anos muito mais, em mais países.
Fica-me a dúvida sobre o que é socialmente mais eficiente.
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De marina a 20.04.2024 às 11:09

tamanho não é documento , nem quantidade é igual a qualidade...o objectivo de um negócio não é crescer por crescer  , uma empresa em que trabalhadores e consumidores mandam , em que os ceos pouco mais ganham que os outros, que dá hipótese às "pessoas normais " de ganharem uns trocos é uma empresa "cristã" , democrática , não é um ogre sugador de espaço e cómico e um péssimo exemplo social.
que é que quer ? detesto vendilhões do templo , nasci assim


Viva Mondragon ,  quer dera que o futuro fosse assim.
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De henrique pereira dos santos a 20.04.2024 às 11:20

Se a empresa serve mais consumidores (que a preferem, podem ir a outro lado e escolhem aquele), se cria mais emprego, se remunera o trabalho de mais fornecedores, se investe mais, quais são os critérios para dizer que é uma empresa socialmente menos útil que a outra?
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De marina a 20.04.2024 às 15:13

o critério é ver mais patrões e menos empregados , diversidade económica é tão importante como a bio..espécies invasoras são perniciosas.
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De lucklucky a 20.04.2024 às 13:56

Se alguém quiser tornar isso em politica é ler a  Lei da Socialização da Economia no Fascismo Italiano e a corporação proprietária de Ugo Spirito que com Nicola Bombacci fundador do Partido Comunista Italiano definiam a politica económica da Republica Social Italiana de Mussolini.... 
Já sem a aliança com a Monarquia o Fascismo deu uma guinada natural à esquerda.
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De Anonimus a 20.04.2024 às 07:27

A Boeing é um bom exemplo de como a maximização do lucro serve a sociedade. Aquele grupo de pessoas está de parabéns, em especial os engenheiros que constroem os aviões. 
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De henrique pereira dos santos a 20.04.2024 às 08:46

Tem razão. Os construtores estatais de aviões são francamente mais úteis.
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De Anonimus a 21.04.2024 às 11:36

Também saltam portas desses?
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De Albino Manuel a 20.04.2024 às 09:59

Com uma excelente ajuda do erário público americano. 
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De lucklucky a 20.04.2024 às 13:41

É o lucro que permite que haja capital para nascerem novas empresas.
Claro que o Portugal conservador-esquerdista logo anti-capital supostamente não quer isso. Digo supostamente porque o primarismo de boa parte da esquerda jornalista em Portugal é mais emocional/moda que racional.
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De lucklucky a 20.04.2024 às 13:50

Não deixa de ser significativo que uma empresa privada que falhe como é normal  a esquerda usa a habitual táctica jornalista/propaganda da nódoa como prova  que as empresas privadas são más, isto apesar de existirem muitas para precisamente a diversidade dos seus proprietários fazerem escolhas diversas (note-se tantas vezes a palavra diversidade!).


Já quando Estado falha - E o Estado é único - a esquerda não usa o mesmo argumento.
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De Anonimus a 21.04.2024 às 11:40

Aí está o luckywoke em todo o seu esplendor. Iletrado e ignorante co o o resto da camarilha woke. Não será normal uma empresa que constrói maquinetas que voam cortar nos processos para aumentar lucros, mas que sei eu comparado com todos os empresários e engenheiros que comentam aqui.

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