Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Os dados económicos do INE não são animadores. A economia portuguesa cresceu 0,3% no terceiro trimestre, depois dos 0,6% do segundo trimestre. Em termos homólogos, a economia cresceu 2,1%, o ritmo mais lento desde a primeira metade de 2016. Antes (no segundo trimestre) estava a crescer 2,4%.
Isto é, a economia portuguesa desacelerou para o ritmo mais lento dos últimos dois anos. As exportações e consumo privado, que têm sido o motor do crescimento, abrandaram. Só não foi pior porque houve mais investimento, mas ainda assim não serviu para compensar a queda do consumo das famílias.
Mas António Costa preferiu destacar que Portugal voltou a crescer mais do que a média europeia e do que a zona euro. “Desde que aderimos ao euro, isto nunca tinha acontecido, a não ser o ano passado e está a acontecer este ano”, disse o nosso primeiro-ministro.
Faltou acrescentar que apesar de estar acima da média Portugal registou a quinta taxa de crescimento mais baixa da zona euro.
A isto acresce outra má notícia para a economia. O PIB da Alemanha contraiu pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2015, segundo a estimativa do gabinete de estatística alemão divulgada esta quarta-feira, 14 de Novembro.
Faltou ao Governo falar do que ainda pode estar para vir ao nível da desaceleração da economia europeia.
Portugal arrisca a perder o impulso no turismo. A isto não será alheio o facto de a Câmara Municipal de Lisboa ter introduzido uma moratória que durante um ano vai limitar a abertura de novos estabelecimentos de alojamento local nas freguesias. Durante um ano vai ficar proibida a abertura de novos estabelecimentos de alojamento local nas zonas históricas, que são as zonas que os turistas preferem.
O imobiliário para investimento pode assim acabar por ficar mais condicionado. E as famílias que usavam as casas para rentabilizar com o Airbnb vão perder esse rendimento extra. Mas em troca não há sinais que o preço do arrendamento em Lisboa vá cair e ajustar-se aos salários baixos dos portugueses - temos um número de trabalhadores a receber salário mínimo como nunca aconteceu, são mais de 700 mil pessoas. Os números são de António Leitão Amaro.
Há casos dramáticos de pessoas de 60 anos que veem os senhorios não renovar os contratos de arrendamento e deixam de conseguir alugar casas em Lisboa e mesmo na área da Grande Lisboa.
As universidades não têm residências universitárias o que torna infernal a vida a estudantes que veem de fora da capital.
Resultado. A economia vai perder a força sem que os salários dos portugueses tenham chegado sequer a recuperar da crise.
Portugal é um país condenado, inserido numa Europa que perde o comboio da evolução e crescimento (tudo o que é inovação vem dos EUA ou da China).
Portugal é ainda o país onde o problema demográfico tem maior expressão na Europa. Políticas para isso no OE2019? Não há.
É o país que tem o maior problema de dívida do Serviço Nacional de Saúde aos privados (os prazos de pagamento rondam os 270 dias enquanto em Espanha 70 dias é o prazo médio de pagamento das dividas dos hospitais públicos). E não é possível agilizar porque tudo exige a aprovação formal e burocrática do Ministério das Finanças. Tudo exige concursos públicos de seis meses. Há situações em que quando a única pessoa que introduz faturas no sistema, nos hospitais públicos, está de baixa, o serviço pára porque não é possível substituir pessoas sem toda uma complexa burocracia. "Somos todos Centeno", como disse o Ministro da Saúde que acabou substituído.
A descentralização devia começar no SNS (dar autonomia aos hospitais públicos para gerir). Mas o Governo prefere falar da descentralização que passa por promessas ideológicas de transferir o Infarmed para o Porto.
António Costa é o campeão do "com a verdade me enganas", porque usa números bons para criar uma realidade doirada que na verdade não existe. Mas o que está a despontar é uma espécie de cauda do diabo de que a esquerda tanto fez troça.
(atualizada)
O Luís Lavoura ainda não entendeu que é idiota fazer planos sobre onde é que os outros devem viver ou deixar de viver. Cabe a cada um essa opção, de acordo com as suas possibilidades. Há reformados que podem viver na cidade e outros que não podem, assim como há gente nova que tem dinheiro para viver na cidade e outros que não têm. Quanto a trabalhar, tanto se trabalha na cidade, como nas aldeias. Ponto. Essa espécie de engenharia social que propõe é das coisas mais objetivamente idiotas que já li.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Pois, meu caro. Na altura é que a gente vê como re...
Viajavam dois imigrantes e as agressões focaram-se...
Caro AmigoNão resisto a meter o bedelho, para malc...
Os seus coments parecem bastante similares aos "cu...
Diz bem, a começar. Pois outras medidas mais drást...