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Os chamados “Americanos” eram carruagens de tracção animal para transporte público colectivo que começaram a circular em Lisboa sobre carris, tendo os primeiros sido instalados num trajecto, entre Santa Apolónia e Santos o Velho, inaugurado em Novembro de 1873.
Foi no dia 31 de Agosto de 1901 que saiu do Cais do Sodré utilizando a mesma estrutura de carris, o primeiro carro movido a electricidade com destino a Algés. As obras de electrificação das vias, tendo decorrido ao longo do ano de 1900 causaram grande polémica nos salões, cafés e imprensa da época. Anteviam-se grandes desastres e electrocuções na via pública, já para não falar do protesto que gerava a proliferação de uma teia infindável de cabos eléctricos aéreos que poluíam a paisagem. O povo habituou-se à paisagem e em 1907 a Carris contava já com 240 carruagens que, de forma económica e alucinantemente rápida, interligavam toda a cidade. Com o advento do motor de explosão, o automóvel, vir-se-iam definitivamente a extinguir os mal-cheirosos detritos animais que por décadas se espalhavam por toda cidade. Foi uma profunda revolução nos hábitos e costumes da cidade.
Pela minha parte, confesso que caso tivesse onde o guardar e recarregar, gostava muito de ter um Tesla ou veículo similar.
Progresso...
Após os efeitos devastadores (materiais e imateriais) da dita «2.ª Guerra Mundial, 1939-45» a palavra «Progresso» tornou-se maldita. E foi substituída pela palavra «Desenvolvimento».
Maldita, porque pressupunha a convicção de que o desenrolar do tempo, do passado para o futuro, seria um caminho inexoravelmente linear do mais atrasado (‘inferior’) para o mais evoluído (‘superior’). Essa noção de ‘Progresso’, influenciada pelo conceito de evolução de Darwin, foi usada abusivamente para hierarquizar os países e os seres-humanos (em ‘superiores’ e ‘inferiores’). E, essas assimetrias sociais e económicas, teriam sido uma das causas subjacentes dessa «Guerra Mundial». A qual, perante a devastação que provocou, seria a prova de que não há um determinismo linear e progressivo na vida individual e social, como pressupunha a ‘ideia de Progresso’.
Por contraponto, a ‘ideia de Desenvolvimento’, nascida desse pós-guerra, tenta substituir a 'ideia de progresso' pela 'ideia de transformação'. No PNUD (‘Programa Mundial para o Desenvolvimento Humano’, apoiado pela ONU), em 1996, pode ler-se: “O desenvolvimento humano é o fim, o crescimento económico é um meio. O progresso que perpetue as desigualdades actuais não é sustentável nem merece ser sustentado” (ibidem, p.4).
Progresso versus Desenvolvimento
Evolução versus Transformação
Por contraponto à 'ideia de Progresso', a ‘ideia de Desenvolvimento’, nascida desse pós-guerra, tenta substituir a 'ideia de progresso' pela 'ideia de transformação'. No PNUD (‘Programa Mundial para o Desenvolvimento Humano’, apoiado pela ONU), em 1996, pode ler-se: “O desenvolvimento humano é o fim, o crescimento económico é um meio. O progresso que perpetue as desigualdades actuais não é sustentável nem merece ser sustentado” (ibidem, p.4).
Todavia, essa ‘ideia de Desenvolvimento’ foi forjada num longo período de disputas e discussões, que começou no ‘Romantismo Alemão’ do séc. XIX, na crítica que faz aos efeitos de ‘revolução industrial’ no Ambiente e na vida social. Mas, neste «pós-1945», existem três contributos que não podem ser esquecidos:
--- A Encíclica “Populorum progressio”, publicada em 1967 pelo Vaticano.
--- O ‘Seminário’ realizado em junho de 1971, em Founex, no cantão suíço de Vaud, que reuniu entre outros, Gamani Corea, Marc Nerfin, Barbara Ward, e Ignacy Sachs. O qual antecedeu e preparou a ‘Conferência Mundial sobre o Ambiente Humano’ realizada em Estocolmo em 1972.
--- E, também em 1972, o “Relatório sobre os Limites ao Crescimento” publicado pelo “Clube de Roma”.
Todavia, parece-me que João Távora neste Post queria ir um pouco mais longe.
Os ‘Humanos’ podem tentar substituir a Natureza pela Palavra(s). Mas há sempre qualquer coisa que corre mal nessa tentativa.
Será que, desde o início da Vida neste planeta, há mais de 3400 milhões de anos, não houve ‘evolução’ nem ‘progresso’? O projecto ‘LUCA’ (acrónimo de ‘Last Universal Common Ancestor’), ou a filogenia dos seres-vivos, não farão sentido? Darwin estará errado, ao olhar para a Vida e achar que há nela ‘evolução’ e ‘progresso’? A actual definição de Vida adoptada pela NASA estará errada? Esta visão linear da existência será um erro humano de percepção e de cognição?
A resposta a estas perguntas -- procurada por milhares de cientistas e não-cientistas há milhares de anos -- ainda não obteve um consenso universal, e uma prova irrefutável.
Há quem considere que não há ‘evolução’, mas sim um 'processo' (ciclo) que não vai do passado ao futuro. Em que as diferenças são apenas uma permanente «resubstanciação-recombinação-interpermu
Quem tem razão, e possui a verdade definitiva acerca disto?
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