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António Costa, com a habitual elegância e decência para com os adversários que caracterizam as suas intervenções na Assembleia da República, disse ontem "respeitar "muito quem como o PCP, BE ou PEV sempre foi contra esta medida e continua a ser contra esta medida". E que não tem "consideração por quem dá o dito por não dito, e que hoje não quer apoiar as medidas que no passado apoiou"."
Este António Costa é o mesmo que rasgou o acordo para a baixa do IRC, com o o argumento de que prioridade era apoiar as pessoas, não as empresas, depois apresentou um programa económico com uma forte baixa da TSU, depois no programa eleitoral do PS passou a fazer depender essa baixa da TSU para às empresas à consolidação de fontes alternativas de financiamento da Segurança Social, depois assinou (assinou mesmo, não fez declarações) dois acordos que garantiam o apoio ao seu Governo em que explicitamente se comprometia a não mexer na TSU das empresas e agora aprovou um abaixamento da TSU das empresas que paguem ordenados mais baixos, que era o que estava em discussão quando resolveu dizer o que está citado acima.
A questão não é tanto como é possível agir assim, isso é natural em António Costa, é-lhe uma segunda pele e há muito quem o felicite por isso, cantando loas às suas extraordinárias capacidades negociais e de flexibilidade.
Devo dizer que não acho excessivamente grave que um político funcione assim, muitas vezes é preferível um decisor mudar de opinião a manter-se coerentemente numa posição errada e o que critico em Costa não é o facto de não ter respeito por si próprio (isso é uma questão dele, não minha) mas o facto de tomar decisões erradas que me prejudicam, prejudicam o país e, sobretudo, que prejudicam os mais frágeis e com menos capacidade corporativa (os miseráveis, os desempregados, os velhos menos letrados e de baixos rendimentos, os filhos que nascem em famílias mais pobres e menos estruturadas, etc..).
A questão está em saber por que razão pode António Costa dizer estas cavalidades sem receio dos custos políticos e mediáticos de alguém as confrontar com um percurso como o seu.
A resposta é simples e hoje Manuel Carvalho ilustra-a na perfeição num página inteira do Público:
"Ligado ao Bloco e ao PCP, o PSD integra-se agora numa aliança espúria que serve apenas para provar que a política portuguesa se tornou ela própria uma interminável "geringonça" em que a previsibilidade é inexistente, a lógica improvável e os programas relativos".
Qualquer pessoa que leia apenas este prágrafo conclui, com toda a lógica, previsibilidade e sem qualquer relatividade, que há uma gralha no texto que fez sair um D a mais.
Mas não, quem leia o texto todo não tem a menor dúvida:
"Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes."
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