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O contexto

por João Távora, em 08.10.20

sisifu.jpg

Toda a gente que tenha nascido antes do ano 2000 sabe que o “contexto” de um governo (chamado) de direita, quase sempre na sequência duma falência, degrada-se em menos tempo que o da legislatura, chega ao fim nas lonas - não há medida que não resulte em escândalo no ruidoso coro da maioria sociológica de esquerda que domina regime por dentro e por fora, a comunicação social, as corporações e sindicatos, as grandoladas e demais activismos, cujas agendas se sustentam dum país pobre e subjugado. A direita no poder passa a ser fascista, não há contemplações, é intruso a enxotar.

Já o “contexto” de um governo "progressista", com a conivência dessa maioria sociológica dominante, é genericamente manso e acrítico – pobres mas conformados. Isso permite aos socialistas a consolidação do controlo do Estado com que se confundem, minar qualquer réstia de escrutínio e entrave à sua captura, tornando a democracia mera letra morta. Isto tudo por um prato de lentilhas ou bacalhau a pataco. Temos aquilo que merecemos, e no topo, como uma cereja, essa coisa inútil do presidente da república.


12 comentários

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De Anónimo a 08.10.2020 às 14:18

«isto é o fim do mundo em cuecas»
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De Anónimo a 08.10.2020 às 15:08

(...)
A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nad
(...)
São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Que ironia este poema-canção do Zeca Afonso, não é, Caro João Távora? Nada que, afinal... 
...não fosse previsível. O resultado da   "Evolução"  dos cravos, aí está. Quem diria!!! Tal qual dizia no "Leopardo",  Lampedusa : é preciso uma Revolução para que tudo fique na mesma. Mas também serve o seu mito de Sísifo. Mas neste caso somos nós os eternos  condenados à perpétua pena da não concretização do Ideal.
cumprimentos
MT
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De Anónimo a 08.10.2020 às 15:45

"Pode chover: não faltam guarda-chuvas para proteger o PS é o regime é o PS é o regime dos pingos. Pelo contrário: todos se colocam em bicos de pés para oferecerem à velha senhora o cavalheirismo que perpetue o regime (é o PS é o regime é o PS é o regime é o PS é o…)"  blasfémias blog- vitorcunha
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De Anónimo a 08.10.2020 às 16:22

Neste blog _ honra lhe seja! _ tem-se debatido, discutido e examinado o estado do Estado e o da Nação. São imensos os comentadores que têm dado o seu contributo sobre a qualidade desta democracia completamente prevertida.
Pensamos muito no assunto e estamos muitíssimo preocupados com o rumo do país. Mas a verdade é que, de alguma forma, todos nos sentimos impotentes para travar. com urgência, este processo de decadência do país.
Sempre fui, sou e continuarei a ser uma pessoa moderada, aprecio a liberdade, o pluralismo, o equilíbrio da Democracia. Mas... como disse Paulo Tunhas há tempos, "há cidadãos pacatos que provavelmente se vão atirar aos braços deste partido" por causa do estado deplorável a que levaram este  país. Nunca admitiria incluir-me nesse número de cidadãos, mas hoje, confesso que é uma probabilidade que não está posta de lado.
Será um voto de protesto, para que a "esquerda" e o seu "contexto" mais a sua entourage entendam de uma vez que é um gesto que significa o meu arremesso de umas valentes pedradas e bengaladas. Se este É o partido por eles mais odiado, só tem um deputado!!! Pois a minha vingança será oferecer-lhes mais meia dúzia deles no "hemiciclo"!!! 
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De João Távora a 08.10.2020 às 20:09

Também já deve ter reparado que neste blog se cultiva um elevado nível estético. 
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De Anónimo a 08.10.2020 às 21:19

(...refiro-me ao Chega! evidentemente). 
Se todo o Estado foi tomado de assalto por este governo que nos calhou, desde as Instituições a quaisquer cargos, então temos de tirar uma conclusão: tudo está sob controlo e completamente blindado. Não há, portanto, qualquer possibilidade de fazer ruir este edifício laboriosamente planeado e montado. 
Confesso que sinto uma certa aversão e até repulsa  por estes escândalos sucessivos e por esta gente desonesta, corrupta e com... muitos etc. etc. etc.(não vale a pena perder tempo a adjectivar e a classificar estas criaturas abomináveis). E como se isso não nos bastasse, temos ainda o rotundo falhanço dos partidos de direita moderada  e de centro, todos em frangalhos. Estamos dentro da tempestade perfeita. É um país falhado, onde muita gente não se revê e não tem quem a represente partidariamente. Sei/sabemos que nos tempos mais próximos ninguém consegue apear do poder e da governação esta "frente de esquerda". Mas sei deles também outra coisa: abominam   o   Chega!   Então, no que depender de mim, terei imenso gosto em provocá-los (e desgostá-los tanto como eles a mim) dando o meu modesto contributo para mais alguns deputados desse partido e com isso  retribuir-lhes, na mesma moeda, toda a perturbação que eles nos têm causado. Ficamos quites! Não se vislumbra, de momento, nenhuma outra forma de protesto. Não existe maneira, pois as restrições da pandemia não o permitiriam... Levam com o Chega! Simples e elementar. Será um enorme prazer sujeitar suas excelências, os donos do regime,  a esse tamanho "incómodo".


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De Anónimo a 09.10.2020 às 09:57

Totalmente de acordo sobre o elevado nível estético deste blog. 
Se bem atingi a sua advertência, presumo que tenham ferido a sua sensibilidade "os arremessos" (de pedradas e bengaladas)? "Touché", meu caro Sr., mas tome isso, unicamente,  como um excesso de linguagem  _ uma força de expressão e nada mais _ de alguém indignado com o actual "contexto" que referiu e tenha em consideração que se deveu apenas a uma imensa vontade de devolver (metaforicamente!) as "grandoladas". Corrijo, então, e fico-me apenas pelas "bengaladas", se mo permite, para não deslustrar a qualidade deste blog. :-)  e dos textos do João Távora que muito aprecio.


P.S. Sem querer abusar da sua benevolência, gostaria de acrescentar que o sentido estético é muito subjectivo como sabe melhor que ninguém o Sr. , pois depende de muitos factores, da Época, da perspectiva, do ângulo de observação. É apenas uma simples opinião, mas veja se concorda:  dado o aviltamento da Democracia, a raiar a grosseria moral, não acha que _ só a título de exemplo _ a linguagem "vicentina" seria uma opção estética possível, porque mais ajustada para descrever os tempos que correm? Embora não aprecie muito o "estilo", creio que não ficaria nada comprometido o seu elevado nível estético, uma vez que essa linguagem (vernácula, por vezes abusando dos plebeísmos) espelharia bem a realidade actual e se adequaria melhor ao baixo nível do "contexto" em que vivemos...   Uma espécie de "belo horrível" talvez.
Os melhores cumprimentos
LS
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De João Távora a 09.10.2020 às 11:51

A minha observação sobre estética tem unicamente a ver com a sua referencia ao Chega - coisa muito desagradável aos meus olhos e ouvidos. Quanto ao mais, acho qua a bengalada como metáfora enquadra-se perfeitamente nos meus limites estéticos. 
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De Anónimo a 09.10.2020 às 12:59

Coincidimos, João Távora. Tenciono, precisamente por isso, sujeitá-los a essa "coisa muito desagradável" obrigando-os a terem de a olhar de frente com "os olhos e ouvidos" essa "coisa" de que eles são responsáveis, posto que ajudaram a criá-la. Não duvide que a chegada desse partido não é senão um epifenómeno, uma consequência da nova realidade que a geringonça fez desencadear. Agradeçamos isso ao ACosta... que  perverteu as regras democráticas,  juntando-se a partidos radicais. Joguemos, pois, o novo jogo do regime, com as novas regras por eles estabelecidas. 
E tenhamos esperança no regresso breve de uma Democracia saudável e limpa que nos tire do atoleiro onde nos meteram.
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De lucklucky a 08.10.2020 às 21:38


Nenhum governo eleito com maioria de direita será permitido governar pelo jornalismo que temos. Nem concorrer a eleições. Basta existir um candidato que "protestos" -palavra propaganda que os jornalistas criaram para significar violência com que concordam- começam logo.
E a culpa é em parte da direita que deixou as ruas para esquerda.
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De lucklucky a 08.10.2020 às 21:45


O que fica é a importância da violência política de baixo grau para o deslizar do nosso sistema político para eleições e democracia de fachada onde um governo de direita tem de governar à esquerda para ter "paz mediática".


O resultado óbvio é que esta violência de esquerda suportada pelo jornalismo e que dá resultados como se constata terá sempre resposta a prazo.
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De Anónimo a 09.10.2020 às 10:42

Jornalistas e Comunicação, defensores de Governo de esquerda??!! Como , se nem me permitem ter o facebook aberto, livre, a mim que sou um cidadão com pagamentos em dia ao Estado e pessoa trabalhadora, católica e apostólica neste rectângulo abençoado?!

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