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Antes mesmo do encerramento, o chamado congresso dos jornalistas já tinha desaparecido dos noticiários. Lê-se este papelinho precioso e compreende-se porquê. São as conclusões, e, apesar do mal-estar que possa suscitar em qualquer pessoa medianamente letrada e razoável, vale a pena ler até ao fim. É um arrazoado breve sobre questões laborais, salários, sindicalismo, burocracia das redacções, participação em organizações estaduais, e essa coisa que o mundo próspero e moderno já esqueceu, mas que indigna os cultores do atraso: a precariedade.
Lavradas as queixas, arrumada a função, os alegados jornalistas regressaram às redacções. Foi como se nunca tivessem saído desse seu pequeno mundo.
Na RTP3, Manuel Carvalho, ex ou actual vice-director do Público, tanto faz, profetizava a propósito de Gates, Zuckerberg e outros visionários que ganharam milhões, que são as contradições do capitalismo (lembrou até saboreadamente que a frase é de Marx) e que assim o capitalismo morre (o que deve acontecer pela vigésima vez, digo eu).
Na Sic, o jornal das 20, a propósito do debate parlamentar sobre a TSU, alegrava-se porque «Costa trazia a resposta preparada contra uma oposição com telhados de vidro». Mais tarde, uma menina lamentava de Bruxelas que a direita, maioritária no Parlamento Europeu, tivesse elegido para presidente um deputado do PPE, porque isso não «reequilibra» (diz ela) as forças. E mais tarde ainda, o mesmo noticiário celebrava as palavras do presidente chinês, que, em Davos, atacava o proteccionismo, logo, Trump (a China celebrada por atacar o proteccionismo, palavra de honra -- já não há limite para as piadas involuntárias em que as redacções caem).
Público, DN, Expresso, TVi e a mesma Sic prosseguem a sua campanha patética contra o presidente eleito de outro país, tendo agora descoberto que as mesmas sondagens que tinham Hillary por eleita vislumbram agora que Trump é muito pouco popular.
E todos em uníssono batem em Passos Coelho por não fazer o que Costa diz.
Alegremo-nos, portanto, o Congresso foi leve, a pequena reunião trabalhista pelos vistos não estragou quem lá foi. Felizmente para todos, e para nosso entretenimento, sairam de lá como entraram: a debitar as mesmas ideias, enviesamentos e sentenças que o público recusa pagar.
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