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Pareceu-me adequado, mas não notável, o discurso de André Ventura no encerramento da convenção do Chega, dirigido aos que são pobres apesar de trabalharem, aos retornados, às Forças Armadas e de segurança, aos professores, às vítimas do fisco e da corrupção que não encontram recompensa nem no trabalho, nem em serviços públicos ineficazes e incompetentes. Digo «adequado» por considerar que Ventura estava a captivar eleitores actuais ou futuros, o que é o mínimo que se pede a qualquer líder partidário
Depois ouvi os «jornalistas» e os comentadores «imparciais» e passei a considerar que o discurso foi, afinal, muito bom.
Ultrapassado o incómodo das reportagens da Sic e da CNN, nas quais os repórteres dão constantemente informações que consideram indispensáveis -- como dizer, depois de Ventura saudar os militantes, que «Ventura a saudar os militantes», ou, depois de Ventura atacar a corrupção, informar-nos que «Ventura ataca a corrupção» -- ultrapassado estes meros percalços nascidos de mera estupidez, veio o comentário em estúdio. Paulo Baldaia diz que PSD tem que ser claro, nomeadamente porque quem fala assim da emigração (Ventura elogiou os emigrantes) é contra o sistema. Anselmo Rodrigues vislumbrou -- ele que, quando Passos Coelho denunciou em campanha que Sócrates nomeara a correr 600 funcionários públicos, vislumbrou que Passos violara a promessa de não levantar escândalos-- vislumbrou que Ventura, falando para vários grupos, «só atacou a classe política... o que até é contraditório». Um afã considerável, o de Baldaia e Rodrigues, e, suspeito, teremos que gramar ainda outros.
Já Ana Catarina Mendes que, honra lhe seja, é uma agente política às claras, e não encapotada, resumiu muito bem a questão: «Há uma diferença total» entre o que o Chega defende e o (dela e adivinhem de mais quem) governo.
P.S. Ah, e é claro que tivemos a votação «coreana» (do Norte, querem eles dizer). Mas isso é só o manual jornaleiro, que diz assim: Se um líder do PS tem uma votação esmagadora é porque há uma grande união e um grande sentido de militância e da validade das suas soluçôes; se um líder do PS emerge de um debate assassino, ele venceu numa disputa reveladora de extremo dinamismo interno, devido a ser experiente e hábil. Se o mesmo acontece no PSD, o PSD está irremediavelmente fragmentado e praticamente moribundo.
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