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Em duas palavras - nada mudou. Apenas se tornou mais clara a percepção de que o Centro ideológico não existe e o Centro ponto de convergência democrática também não. O Centro é um lugar de negócios, uma plataforma para o Poder, e assim o PS nele se instalou sem vergonha e sem travões. No melhor estilo republicano-maçónico.
E a partir desse Centro de negócios o PS vem logrando comprar o Poder, coligando-se sequencialmente com o CDS, com o PSD e agora com a Esquerda unida. Sempre tudo correu mal, com os seus parceiros a virarem-lhe as costas a meio das respectivas legislaturas. Quando, de permeio, governou sozinho foi o pântano de Guterres e o repentino e escandaloso enriquecimento de Sócrates, o auto-proclamado desempregado. E foi também o tempo da bancarrota portuguesa.
Agora não será diferente. Como bem lembrou Marques Mendes, no seu habitual comentário da SIC, o Governo socialista realizará semanalmente dois conselhos de ministros: às terças-feiras em S. Bento, com Carlos César e os seus acólitos tentando demover os "ministros" do PCP e do BE e conseguir o seu agreement para as medidas a tomar pelo das quintas, presidido por António Costa.
É nesta lógica que deveremos esperar sentados o natal do Orçamento de Estado. De olho fito em eleições que Costa tentará promover na altura mais favorável, outro esquema que com Tsipras também funcionou.
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