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A Uber foi um fenómeno de sucesso. Com base numa plataforma digital, veio lançar um novo conceito de negócios. Que se impôs, até agora.Uma empresa organiza a informação e canaliza a procura. Empreendedores ligam-se á empresa, e satisfazem essa procura. Repartindo depois os benefícios decorrentes. O mercado livre por excelência.
O sucesso tem consequências. Os modelos antigos de negocio nas mesmas áreas, são fortemente afectados. Como competir com regulação apertada e uma estrutura laboral clássica, com a eficiência, flexibilidade e fome de quem não tem a sorte de ter um emprego? As licenças administrativas de operar um Táxi, caem a pique. As rendas excessivas implodem: uma licença administrativa para operar um taxi gera rendas exessivas.
Os consumidores rejubilam, com mais oferta, melhor serviço e preços mais baixos.
Há duvidas sobre a equidade da repartição de proveitos entre a Uber e os seus prestadores. Dois factos são uma verdade. Ninguém aponta uma arma para que ninguém trabalhe para a Uber. Sinal de que estão melhores com ela do que sem ela. O modelo é gerador de riqueza e surgem novos operadores, prontos a disputar esses prestadores e “regular” possíveis lucros anormais de quem iniciou o negocio. Inexoravelmente, os lucros “excessivos” vão ser transferidos para os consumidores e para os prestadores. Chegando-se ao ótimo social.
Destroi-se o modelo ineficiente do passado, porque indevidamente regulado. Cria-se riqueza, pela liberdade concedida aos agentes económicos.
Eis senão quando, o supremo tribunal do Reino Unido, decide que os prestadores de serviço são afinal trabalhadores da Uber, devendo ser enquadrados nas regras trabalhistas comuns. Movimento que vai alastrar-se por toda a Europa ( mas não nos EUA, em que se assiste a decisões opostas).
O que acontece?
Para a maior parte dos prestadores de serviço da Uber, a decisão corresponde a um aumento de vencimentos e a uma estabilidade dos seus rendimentos. Subsidio de férias, férias e subsidio de natal, entre outros.
O pequeno problema é que serão menos aqueles que vão trabalhar: o equilíbrio de mercado, pela subida inevitável do preço do serviço, vai corresponder a uma menor quantidade de trabalho. Os consumidores, para um nível maior de preço, vão querer menos produto e vão pagar mais por aquilo que tinham.
Os instalados, os que passam a trabalhadores da Uber, ficam melhor. A sociedade fica pior. E os prestadores que ficam sem trabalho ficam muito pior.
O conceito destrói-se e perde-se a riqueza que criou.
Porque então destruir riqueza que é tão difícil de criar? Por simples dogmatismo transcrito para a legislação.
Existindo a necessidade de complementar o rendimento dos prestadores da Uber, por ser abaixo do que socialmente se considera desejável, com um imposto de rendimentos negativo, deveria ser esse o caminho seguido. Assumia-se a política social, não se perderia a possibilidade de criar riqueza. E , no final, todos ficariam melhor do que com a decisão tomada. Necessariamente o valor dos impostos negativos é menor do que a falta de produção dos que ficam desempregados e na diminuição dos beneficios ao consumidor. No final o modelo Uber, baseado no mercado livre, continuaria a criar riqueza para a sociedade.
É verdade que não estamos a falar de uma revolução no PIB de nenhum País. Mas a soma destas pequenas ineficiências que se introduzem em quase todos os mercados e industrias, todas somadas, representam valores astronómicos. E que explicam porque os Europeus vivem pior do que os Americanos. E porque são os Estados Unidos a ter que erigir muros para não serem “invadidos “por pessoas ( inclusivamente Europeus) que procuram uma vida melhor.
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Sr João Távora, só lhe faltou dizer uma coisa: E m...
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