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Ao soar a campainha de alguma dessas agremiações cujos pronunciamentos são ignorados ou rejeitados por 90% dos eleitores portugueses, os jornalistas precipitam-se babados a beber-lhes as palavras. A esquerda radical para eles não existe, só a esquerda gloriosa e compassiva. Mas quando nacionalistas e conservadores se reunem em Bruxelas, numa conferência internacional, a NatCon Conference, os mesmos jornalistas cancelam: é a direita radical, não gostamos, não existe nas nossas activas mentes, cancela-se!
Mas -- vida azarada -- o presidente da Câmara de Bruxelas, Emir Kir -- que há tempos acolheu com passadeira vermelha uns dignatários da teocracia islâmica -- resolveu cancelar a conferência. Não cancelar pela omissão, mas cancelando-a fisicamente, impedindo que houvesse, impedindo que os oradores reunissem e falassem. Veio então o chefe de Governo belga, Alexander DeCroo, explicar que não podia ser, que o país é livre, que a constituição não permite atentados à liberdade de expressão e reunião. Cancelado o cancelamento, a NatCon Conference continuou.
Cancelado também foi o cancelamento dos jornalistas portugueses, para quem uma reunião com antigos e atuais chefes de Estado e de governo, como Viktor Orban, ministros, comentadores de fama internacional como Douglas Murray, ou políticos destacados, como o governador da Florida, Ron de Santis, é coisa a calar absolutamente. Os jornalistas portugueses não gostam deles, logo não querem que deles se saiba.
Mas -- azares da vida -- dado o escândalo do cancelamento belga, tendo em conta que havia indignação internacional e geral (decerto inexplicável, para eles) lá tiveram que cancelar a omissão e noticiar. A arrastar os pés, evidentemente; com palermices à margem, é claro, como falar do catering, para dizerem que os conferencistas comiam salmão [«Salmão, percebem?» «Um luxo, percebem?» «Fascistas, percebem?» De certeza que vieram em «carros de topo de gama»]. Mas tiveram que noticiar.
E as intervenções, as ideias, as declarações de antigos e actuais chefes de governo, antigos ministros, políticos no activo, opinion makers? Ah, isso não! Isso seria informação. Não se pode pedir tanto.
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se a imprensa funcionasse sempre assim, [...] não ...
Haverá eleitores e cidadãos que pouco se importam ...
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