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O burlesco a caminho das Olimpiadas

por João-Afonso Machado, em 15.08.24

Constou que a boxer argelina já tinha sido homem. Eu não sei. Mas a italiana mediu a olho os seus níveis de testosterona e logo declarou - não!, não queria levar uma tareia.

Seja como for, oriunda das areias do deserto a atleta, lá caiu o mito da mulher sensual, o encanto da dança do ventre e outros segredos tapados apenas por um véu. Aquilo era realmente uma virago, e dos rugidores.

Ora perante este estado de dúvida reinante - esta dúvida imposta por uma longa e imbricada teia e teoria do "género" - este estado que se espalha e baralha todas as facetas do quotidiano, os Jogos Olimpicos não poderiam ficar imunes. Quem é o quê? E foi sempre ou é de agora? E passou a ser equilibradamente ou guardou (para o que der e vier) algumas faculdades de antigamente? Peludo(a) ou depilada(o)?

O pobre Coubertin, se fosse vivo, deitaria as mãos à cabeça. Nós não, somos modernos e levamos as coisas com humor. Cresceu, notoriamente, o número de provas (estafetas) mistas. Nos próximos jogos é de prever elas sejam ainda mais mistas, envolvendo os "trans" e o resto que a incógnita LGTBI+ ditar da sua prolífera imaginação. Talvez ainda assistamos à modalidade olímpica das drag queens voando sobre o tartan ou cabriolando nos skates...


9 comentários

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De Alice Alfazema a 15.08.2024 às 13:32

este mundo está difícil de entender. 
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De João-Afonso Machado a 15.08.2024 às 15:08

Poia está Alice. Deliciosamente virado.
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De Silva a 15.08.2024 às 18:45

Falso, não é assim tão difícil, apenas exige que haja muita "cultura geral" e que sobretudo que se saiba raciocinar e interligar os assuntos.
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De balio a 15.08.2024 às 15:15

"O pobre do Coubertin" era um machista e fez uns Jogos Olímpicos só para homens; no tempo dele, mulheres a fazer desporto, nem pensar! A argelina, coitada, não teria tido hipóteses com "o pobre do Coubertin", fossem quais forem os seus níveis de testosterona.
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De João-Afonso Machado a 15.08.2024 às 16:21

Pois não balio. Coubertin viveu no tempo fora das impensáveis asneiras. Foi feliz e deixou obra.
As tosquices de agora estragam o que o Senhor projectou para um futuro que é o presente absolutamente estúpido e confuso.
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De Anonimus a 15.08.2024 às 17:49

Não sei, poucos saberão, mas dentro dos alegadamentes e em princípio, todos sabem de certeza. Beleza da internet, cova da democracia.
Em termos de beleza estética  há quem prefira aquelas atletas da RDA ou da URSS, mulherões a todos os níveis.
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De Alexandre a 15.08.2024 às 21:43

Bingo!
Não sei se se lembram; há uns bons anos, uma das "medidas" propostas
pelo então candidato presidencial Manuel João Vieira, para combater a crise demográfica, seria entregar a cada portuguesa um bailarino cubano
e a cada portugues uma patinadora russa....
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De Anonimus a 15.08.2024 às 18:54

Ja houve alturas em que o Greg Louganis saltava do armário para a piscina... modernices 
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De IMPRONUNCIÁVEL a 16.08.2024 às 16:30

O «desejo de medalhas» é genético, ou é aprendido socialmente pela educação?


Por exemplo, o Phelps ou o Marchand competiram com os que tinham o mesmo «intervalo de testosterona» (força e energia muscular). No caso da Khelif, compete com quem não está no mesmo «intervalo de testosterona». É o mesmo, do que permitirem que um de 100kg compita com um de 66kg. Quebra a paridade, que é a condição que distingue uma 'competição desportiva' de uma 'competição não-desportiva'.


O que significa Portugal, nestes Jogos Olímpicos ‘Paris 2024’ ficar em 50.º lugar (por ter ganho 1 medalha de outro, que é o critério da «vitória olímpica»), por exemplo, à frente da Índia, no total de 204 países?

Significa que Portugal é melhor do que 154 e pior do que 49?

Os dez primeiros países em número de medalhas, deixaram quantas para o resto dos outros ganhar? O Mundo actual é assim, como nas medalhas?

Este uso político suprematista, e hierarquizador dos Países, não estava presente no espírito olímpico, no início em 776 a.C.. Mas já estava presente em 1896, quando Coubertin contribuiu para os reiniciar.

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