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À passagem pelo Campo das Cebolas, o taxista transfigurou-se - era agora o elenco completo do Jornal de Negócios. Ele que vivia lá para cima, em Alfama ou na Mouraria, onde, a semana passada, uns franceses tinham pago um milhão de euros por três ou quatro assoalhadas com vista para o rio!... E pela Rua da Prata, no Rossio, Restauradores, até à Fontes Pereira de Melo, naquele jeito próprio dos taxistas e dos redactores - de guiar e escrever sem mãos - não mais deixou de apontar futuros hoteis e apartamentos de luxo. Prédios antigos, enormes, desdentados, tolhidos de reumatismo, a recuperarem da boca e dos ossos, entregues à ciência dos estrangeiros... - Este compraram-no os chineses - informava o expert, uma vez mais esquecendo o volante. E aquele os brasileiros, o outro os russos...
Estávamos a entrar na hora de ponta. Tudo acontecera porque me lembrei em voz alta há 40 anos apanhava no Campo das Cebolas as célebres camionetas-pirata, estudante, nas vindas ao Norte, aos fins de semana. E também por razões de fiscalidade - o cunhado do taxista engenhara um tuk-tuk e tuk-tukava o dia inteiro sem pagar impostos.
- Olhe - ansiava eu - e nas Avenidas Novas também é assim?
- Não - retorquiu o mestre - aí a vida está mais calma.
Te Deo laudamos!
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«o estado é tudo»
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Também tem dúvidas dessas quando alguém lhe diz qu...
O que é "estar à direita"? Ou à esquerda.Há uma de...