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A empregada da nossa casa foi ontem votar. No desejável, aliás. Mas não sabia para quê. No breve intervalo do pequeno-almoço, o cabo dos trabalhos - explicar-lhe que não se tratava do Parlamento português, mas sim do europeu.
Este é um dado importante, a contrariar a tese de que a abstenção - elevadíssima - não deriva da apatia lusa ante a problemática das eleições "europeias".
No resto, - como é sabido - temos um elevadíssimo movimento abstencionista que valerá 68,6% do eleitorado. Por mim - eu só não voto nele porque me traduziriam em votante da praia. Fosse antes da pesca no rio... E, de qualquer modo, é tempo da Constituição da República morrer de pneumonia, e, ao Presidente da dita, dar uma coisinha cardíaca.
Costa segue em frente, vitorioso, com menos de 10% do eleitorado. Os mais partidos no seu encalço (x% de 30%), a discutir vitórias e derrotas. É a festa. Sobre a qual a gente decente deve pensar.
(Não como Ana Gomes, a quem só assusta o fantasma da extrema-direita, qualquer coisa que o PPE, além dos mais, liquida num instante. Mas isso nada quer dizer, porque Ana Gomes foge de falar na abstenção).
Em suma:
- Não sabemos ao que andamos.
- Em Portugal - neste nosso Portugal dos brandos costumes - não vale a pena falar na "extrema-direita", totalmente inexistente. Previsão de futuro - a Esquerda, e o seu poderio na Imprensa, hão de pôr o CDS nesse estúpido e deslocado lugar.
- Mas, risco grave, se assim for, os tugas irão nessa conversa.
- A maioria dos portugueses (2/3) não sabem, não querem saber, não acreditam nesta história eleitoral.
- Há - haverá sempre - a militância quase só localizada à esquerda, e daí os resultados dos PS, BE, CDU (este o somatório PCP+favor PV).
- A Direita (que é Portugal) não consegue adequar o seu discurso às circunstâncias.
- Essas circunstâncias são como a noite e o dia, mas a realidade do presente. V.g. dos machos (ou fémeas) juntos adoptarem um filho. Em sociedade um qualquer barbado careca apresenta outro barbado careca qualquer, e diz - É o meu marido. - Já não é do outro mundo, queiramos ou não, é do nosso.
- Tem, pois, de haver uma actualização do discurso à direita. Qual? Como? Os senhores da política, devidamente assessorados, que o determinem.
- A vida nova (pior que melhor) tem causas outras. A dos animais, por exemplo. Esta malta urbana - só agora convivendo com eles - não percebeu (feito o credo, jamais entenderá) que cães e gatos sempre foram os velhos companheiros dos solitários. Por isso a emergência de um blá-blá-blá destituido de nexo, só apenas o varrer as ruas dos animais vadios e a guerra contra as touradas. Na prática não mais do isso e uma ideologia sem ideias. Mas não faltará muito, qualquer directiva da UE, qualquer negociação do PS e do PAN (riam-se, riam-se...), a bicharada alcança, por decreto, alma e transcendências congéneres. É esperar e ver...
- Enfim, o PS e a Esquerda vão na crista da onda. Sobra ver "o depois".
E por isso me manifesto absolutamente a favor de uma próxima vitória eleitoral (nas Legislativas) da Esquerda. Ela terá de suportar as sequelas das suas maquinagens. Com a vaga esperança (a última a morrer...) de que os portugueses saibam estabelecer a conexão Sócrates-Costa.
Deixemos chegar os os dias que vém...
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