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No início dos Descobrimentos a navegação era essencialmente à vista, ou seja, acompanhando a linha de costa. Sabia-se muito pouco da geografia das terras que iam sendo descobertas e as técnicas de navegação eram ainda muito rudimentares. Sendo tudo, ou quase, desconhecido a opção era não perder de vista a costa. O conhecimento científico e tecnológico da época (astronomia, técnicas de navegação, equipamentos náuticos, cartografia,…) foi evoluindo e permitindo que os navegadores arriscassem outras viagens que os levariam (e levaram) a outros continentes. Entre muitos homens que se destacaram entre os séculos XV e XVI há um que fez um feito notável – Fernão Magalhães. Vem muito a propósito referi-lo pois este ano se celebram os 500 anos da sua morte. Relembro que atravessou pela primeira vez o Estreito (que posteriormente passou a ter o seu nome) que possibilitou a passagem do Atlântico para o Pacífico. Depois, atravessou, à primeira tentativa, aquele que é o maior Oceano do Mundo – o Pacífico. Note-se que esta travessia (vale a pena ouvir esta explicação do Henrique Leitão) estava prevista desde o princípio e Magalhães tinha a consciência do elevado risco (loucura até) do que se propunha fazer. Levou o know-how com ele (fez-se acompanhar por um cosmógrafo) pois sabia que havia uma questão técino-científico que importava esclarecer: a medida da longitude. Ou seja, o grande navegador definiu um objectivo para a sua viagem, reuniu o conhecimento técnico que se conhecia à época, formou uma equipa, planeou a viagem e foi convincente junto do Rei de Castela para lhe conceder os meios que necessitava. A grande genialidade Magalhães foi a sua capacidade de elaborar um plano (que preparou até ao mais ínfimo detalhe) e que perseguiu (contra quase tudo e todos) até atingir o seu objectivo. Em resumo, deixou de navegar à vista para navegar segundo um plano previamente preparado. Na linguagem atual foi um homem que teve visão! Esta é a grande lição do feito de Fernão de Magalhães e que bem que deveria servir de exemplo a quem nos governa. Infelizmente, o que vimos, nos últimos tempos, é um Primeiro-Ministro que governa “à vista” não da terra mas popularidade. Não consegue elaborar um plano e decide ao sabor das sondagens da dita opinião pública. Tenham nota do seguinte: na 2ªF as escolas não seria fechada; na 3ªF mandou reabrir os ATL; na 4ªF iniciou os testes nas escolas; hoje fechou as escolas. Em boas das verdades é a chamada Navegação à Costa!
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