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Este autocolante foi muito popular quando apareceram as primeiras dificuldades dos governos da AD.
Na verdade traduz uma posição muito comum nos votantes da esquerda: eu voto sempre bem, se há problemas é porque há uns burros que votam mal.
Uma das características destes votantes é, em cada momento, falarem da qualidade de alguns direitistas de há muito tempo, desde que hoje não tenham qualquer relevância política, por comparação com a falta de qualidade dos actuais adversários.
Já os nossos, é diferente.
Recentemente uma pessoa com cultura política muito acima da média, dizia com absoluta convicção: António Costa pode não ter grande visão nem sentido de Estado, mas é um político excepcional.
Provavelmente tem razão, eu não percebo para que serve um político sem visão nem sentido de Estado, como não percebo para que serve um músico sem ouvido ou um jogador de futebol que não acerta na bola, mas reconheço que estou em minoria.
O que sei é que António Costa, que anda na política desde tenra idade, reclama da justiça, como se não tivesse sido ministro da justiça (além de primeiro-ministro), fala na maior reforma da floresta desde D. Diniz (não foi ele que falou, foi o seu ministro dessa tutela) na sequência dos fogos de 2017, como se não tivesse sido ministro da administração interna (além de primeiro-ministro), fala na reforma da saúde que deixa prontinha para o próximo governo, como se não tivesse ocupado os últimos anos da sua vida na função de primeiro-ministro, garante que quer queiram quer não vão ter de construir a habitação que está no PRR, e que ele não conseguiu concretizar, apesar de ter sido o presidente da principal câmara do país (onde existem os maiores problemas de acesso à habitação) e também primeiro-ministro, etc., etc., etc..
Deve ser isto um político excepcional, o que vai sempre matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem (para citar Caetano Veloso) e nunca tem responsabilidades, a não ser no que lhe convém, ele nem sequer coordenou a última moção de estratégia que Sócrates apresentou a um congresso do PS (ou melhor, era o coordenador da moção, mas isso não quer dizer que tenha alguma responsabilidade na situação em que Sócrates entregou o país, depois de negociar com a troica a maneira de fazer chegar um empréstimo que os credores não estavam interessadas em providenciar).
Se perder as eleições?
Simples, faz-se um autocolante a dizer que a culpa é de quem votou no adversário.
Se ganhar as eleições?
Simples, a culpa é do Passos.
E andamos nisto há anos.
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