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Não tenho a certeza de ter ouvido bem...

por Vasco Lobo Xavier, em 22.01.14

...mas quase jurava que um dos bolseiros entrevistados por uma das televisões queixava-se amargamente de ser bolseiro há 13 anos e agora ter perdido a bolsa e não saber o que fazer. Bolseiro há 13 anos?!?...


16 comentários

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De Vasco Lobo Xavier a 22.01.2014 às 17:34

Xiiii…, que realmente…., que ignorância a minha…, Imaginem que eu pensava que bolsa era um subsídio concedido a estudantes pobres mas capazes, ou a escolas para alguns estudos relevantes, e que a sua concessão obrigaria também à apresentação de resultados para justificação da despesa que os contribuintes (ou privados concedentes) faziam.


 


Julgava eu, pelos vistos erradamente, que as bolsas eram concedidas extraordinariamente, a pessoas que extraordinárias, que de outro modo não poderiam desenvolver estudos também extraordinários, que por seu turno também não teriam quem os realizasse.


 


Completamente enganado. Afinal, dizem vocês, é um modo de vida. 13 anitos. É para ir vivendo. Portanto, nem são bolseiros, serão bolsistas. Enchem a bolsa. A sua. Deles. à custa da sua. Nossa.

Ainda bem que me esclarecem, ainda bem que me informam. Agora posso ter uma opinião conhecedora: acho muito bem que se passe a fiscalizar quem realmente deve ser bolseiro e beneficiar do dinheiro dos contribuintes e quem deve ser bolsista e que vá mas é trabalhar.
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De Joaquim Amado Lopes a 22.01.2014 às 17:56

Vasco Lobo Xavier,
Bolsistas como o que viu na televisão são apenas mais alguns dos muitos que se habituaram de tal forma a viver à custa do Estado (à custa dos outros) que vêem esse modo de vida como um direito adquirido do qual, haja ou não dinheiro, não aceitam abdicar.
A crise tem criado muito sofrimento (embora, curiosamente, as manifestações nunca sejam contra os principais responsáveis pela crise) mas também trouxe algumas coisas boas: p.e. acabar com parte da chulice. Só é pena que o Governo esteja tão dependente (e cheio) de gente que vive à conta do Estado que vai fazendo apenas aquilo que não pode evitar em vez de tudo o que devia fazer.
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De Pedro a 22.01.2014 às 18:46

O Vasco espanta-se com os 13 anos. Não sabe (como é possivel?!) que há quem faça investigação uma vida toda e que, portanto, 13 anos é pouco. É uma profissão, como advogado e pedreiro. Esse bolseiro tem filhos e tem de os sustentar, já lhe bastando a insegurança de viver em regime precário de bolsa. Apenas pede que não lhe cortem o sustento e o deixem continuar a trabalhar. Já agora, talvez o Vasco gostasse de experimentar sustentar a familia com o montante das bolsas para a investigação. Uma fortuna, o que o coitado do Vasco tem de gastar com esse investigador. Já agora, não faz ideia se o trabalho dele é extraordinário, se não é. Não o conhece, não é o Vasco que o avalia, nem teria conhecimentos para tal.
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De Vasco Lobo Xavier a 23.01.2014 às 13:03

Não, não o conheço nem tenho conhecimentos para o avaliar e ao seu trabalho. Parece que os que o conhecem e avaliam o seu trabalho lhe retiraram a bolsa. Acredito neles.


 


Não, não sabia que ser bolseiro era profissão, não fazia a mais pequena ideia. Há entidades privadas beneméritas que concedem bolsas, mas pretendem resultados e não são vitalícias. No Estado deveria ser diferente? Porquê, se são os nossos impostos a pagar?


 


O dinheiro não é do Estado, é dos contribuintes, que andam a ser sugados. Um tipo que tem uma bolsa há 13 anos devia explicar-se muito bem. Ele e os que lha têm concedido ano após anos com o nosso esforçado dinheiro. O que estuda ele? O que descobriu ele? Quais as vantagens da sua investigação? Quanto já nos custou?


 

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De Anónimo a 23.01.2014 às 13:19


Não quer falar de encher a bolsa?

45.000,00 € 22-01-2014 Águas de Santo André, S.A. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, Sociedade de Advogados R.L.
48.467,77 € 07-01-2014 Município de Cascais Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, Sociedade de Advogados
340.000,00 € 18-12-2013 Direcção-Geral do Tesouro e Finanças Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados - Sociedade de Advogados,RL
23.500,00 € 25-10-2013 Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, EIM, SA MORAIS LEITÃO GALVÃO TELES SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS SOC, DE ADVOGADOS RL
15.000,00 € 18-10-2013 Gabinete do Secretário de Estado da Administração Pública; Secretaria-Geral do Ministério das Finanças Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, Sociedade de Advogados, R.L.
41.990,00 € 02-10-2013 Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. Morais Leitão, Galvão teles, Soares da Silva & Associados, Soc. de Advogados, RL
20.000,00 € 19-07-2013 Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, S. A. MORAIS LEITÃO GALVÃO TELES SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS SOC. DE ADVOGADOS RL
195.000,00 € 25-06-2013 Parque Escolar E.P.E MORAIS LEITÃO, GALVÃO TELES, SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS - SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL
20.000,00 € 31-05-2013 Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, S. A. MORAIS LEITÃO GALVÃO TELES SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS SOC DE ADVOGADOS RL
60.000,00 € 14-05-2013 Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados
17.500,00 € 23-01-2013 Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados
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De Pedro a 23.01.2014 às 15:53

"Não, não sabia que ser bolseiro era profissão, não fazia a mais pequena ideia. "



Não, bolseiro não é profissão. A profissão de quem recebe bolsas para investigação e se dedica a investigação é... investigador.
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De Vasco Lobo Xavier a 23.01.2014 às 18:10


Repare que o Pedro é que escreveu:  "É uma profissão, como advogado e pedreiro".
As bolsas de estudos são coisa antiga. Defendo-as e acho-as importantes. Premeiam bons alunos ou investigadores, que de outra forma não poderiam desenvolver-se, ou aos estudos, que também poderiam ficar por fazer. Mas os bolseiros costumam prestar contas, ou provas, e as bolsas costumam ser limitadas no tempo.
Bolsas de 13 anos é que desconhecia. Deve ser um investigador de eleição ou um estudo científico ímpar.

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De Pedro a 23.01.2014 às 20:16

Pois escrevi. Referia-me à profissão de investigador. Eu também não acho bem viver-se 13 anos de bolsas, e muito menos o achará esse investigador. Desconfio que preferia não viver de bolsas, assim como qualquer trabalhador preferia não viver a vida toda a recibos verdes ou contratos a prazo. Quem tem família para sustentar, sabe o sufoco que isso é. E olhe que há muita gente válida, incluindo investigadores, a viver assim. Não estou a dizer se o trabalho que fazem merece outra coisa, ou não. Eu não tenho nenhuma razão para pensar que ele não está a fazer um trabalho meritório, as insinuações são do Vasco. Ele está simplesmente a tentar continuar a trabalhar e a fazer pela vida. Sugiro ao Vasco que peça um inquérito ao que ele fez durante estes 13 anos, talvez encontre motivos para que ele devolva o dinheiro todo que recebeu até agora de bolsa. Isso é que era empreendedor e patriótico da sua parte.
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De Vasco Lobo Xavier a 23.01.2014 às 23:52

Pedro,

Eu não fiz insinuações, não conheço a pessoa nem o seu trabalho, deve ser seguramente muito meritório para ter usufruído de uma bolsa por 13 anos. Não me parece é que alguém possa tomar como certo e vitalício um subsídio.

Como declaração de interesses, cá fica que tenho família, nada pequena, felizmente, e há vinte anos que vivo de recibos verdes e se trabalhar ganho e se não trabalhar não ganho e nunca sei no início quanto conseguirei ganhar no final do ano, sei bem que não é fácil. Na minha casa entra também algum dinheiro público, menos, mas agora com os cortes muito menos do que entrava antes, pode crer. Mas isso não muda a minha opinião, ainda que sofra na pele.

 

Um investigador é um investigador. Pode pagar-se do seu dinheiro, ou ser pago por uma universidade, por um mecenas, por um subsídio, privado ou público.

 

Vejamos as bolsas privadas, que muitas fundações concedem. São específicas, têm um período temporal, e geralmente objectivos e exigem resultados. E muitas vezes a devolução das bolsas se o beneficiário não cumprir a sua parte. E se a situação financeira da fundação piorar, o número de bolsas é reduzido, ou reduzidos são os montantes concedidos. É natural, as coisas são assim mesmo.

 

No sector público as coisas deveriam ser da mesma maneira: estando o Estado em situação financeira difícil, não há maneira de continuar a distribuir bolsas como quando nos imaginávamos ricos e governados por um doido. Não há dinheiro, é uma pena, sofremos todos, mas não há dinheiro, é preciso poupar na despesa do Estado.

 

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De Anónimo a 23.01.2014 às 12:37

Vamos falar de encher a bolsa?

45.000,00 € 22-01-2014 Águas de Santo André, S.A. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, Sociedade de Advogados R.L.
48.467,77 € 07-01-2014 Município de Cascais Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, Sociedade de Advogados
340.000,00 € 18-12-2013 Direcção-Geral do Tesouro e Finanças Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados - Sociedade de Advogados,RL
23.500,00 € 25-10-2013 Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, EIM, SA MORAIS LEITÃO GALVÃO TELES SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS SOC, DE ADVOGADOS RL
15.000,00 € 18-10-2013 Gabinete do Secretário de Estado da Administração Pública; Secretaria-Geral do Ministério das Finanças Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, Sociedade de Advogados, R.L.
41.990,00 € 02-10-2013 Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. Morais Leitão, Galvão teles, Soares da Silva & Associados, Soc. de Advogados, RL
20.000,00 € 19-07-2013 Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, S. A. MORAIS LEITÃO GALVÃO TELES SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS SOC. DE ADVOGADOS RL
195.000,00 € 25-06-2013 Parque Escolar E.P.E MORAIS LEITÃO, GALVÃO TELES, SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS - SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL
20.000,00 € 31-05-2013 Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, S. A. MORAIS LEITÃO GALVÃO TELES SOARES DA SILVA & ASSOCIADOS SOC DE ADVOGADOS RL
60.000,00 € 14-05-2013 Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados
17.500,00 € 23-01-2013 Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E. P. E. Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados

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