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Este gráfico começa a 24 de Dezembro, naqueles dias que, na opinião dominante, nos portámos tão mal, mas tão mal, que a epidemia disparou para um nível impensável.
Felizmente fomos salvos por um grupo de matemáticos que, pelo menos desde antes de Setembro, vinha a prevenir para o desastre que estava para vir. A pressão que fizeram, com largo apoio da opinião pública e publicada, obrigou o governo a fechar as escolas a 22 de Janeiro.
Dizem eles que sem esse fecho seria impossível fazer descer os números de forma relevante e, mais ainda, acrescentaram, na altura, que mesmo com esse fecho, porque era tardio, a descida ia demorar meses.
De repente passaram a dizer que esse fecho a 22 de Janeiro tinha dado resultados tão fantásticos, que a 28 de Janeiro a queda se acentuou tão bruscamente que afinal os números desceram em poucas semanas.
Mas atenção, nem pensar em abrir nada, disseram, logo no princípio de Março, que o facto de no último fim de semana de Fevereiro ter estado bom tempo e as pessoas terem ido todas para a rua, nos ia sair muito caro, com uma inevitável subida de casos aí por 15 de Março, que iria impedir a abertura de escolas.
15 de Março passou, abriram muito mais escolas do que eles pretendiam, a ameaçaram-nos com os efeitos evidentes desse erro, que iria impedir uma maior abertura de escolas a 5 de Abril, se o governo insistisse nessa teimosia, íamos pagar caro, sofrendo uma quarta vaga, talvez com a dimensão do que se viu depois do Natal.
5 de Abril passou, abriram mais escolas, e as esplanadas (meu Deus, as esplanadas, como é possível?) e ameaçaram-nos com uma subida estonteante do R(t), que seria imparável e avisaram-nos para a loucura de abrirmos mais a sociedade em cima desse crescimento do R(t), que iríamos pagar quinze dias mais tarde.
Agora, que estamos a 15 de Abril, avisam que é preciso esperar mais uma semana para ter mais informação sobre o impacto de medidas que, em Março, demoraram apenas uma semana a ter um efeito brutal, na opinião deles.
Caramba, desde o tal fim de semana de Fevereiro, cujos efeitos se iam ver em quinze dias, passou um mês e meio e raio da quarta onda não dá sinais visíveis para os leigos (para os especialistas os sinais não só existem, como são evidentes desde Agosto e vamos pagar muito caro o facto de não lhes darmos ouvidos).
Meus caros, eu sei que não foi assim que me ensinaram em casa, mas se ao fim deste tempo todo, com toda a informação que já existe, continuam a manifestar o mais completo desprezo pela vida de todos e pelos efeitos dos vossos conselhos na vida de terceiros (estou como o Johnn Lennon, "How can you sleep at night?" sabendo como os vossos fantasmas têm mantido presos e longe de todos milhares de velhinhos cuja principal alegria é exactamente estar perto de quem gostam?), é mesmo a altura de pedir desculpa aos meus pais e dizer-vos para irem à merda mais ao mau uso que fazem da vossa influência.
Amanhã, se se começar a formar uma onda brutal, cá estarei para assumir responsabilidades intelectuais pelo que escrevo (outras não tenho) mas, infelizmente, nenhum de vocês manifestou, até agora, qualquer intenção de assumir qualquer responsabilidade nas imensas perdas e sofrimento que os erros das vossas previsões (compreensíveis, só não erra com previsões quem não faz previsões, não é esse o problema, o problema é insistirem em apresentar previsões que sabem ter uma enorme incerteza como certezas que obrigam a opções únicas e inevitáveis), dizia, que os erros das vossas previsões induzem.
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