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Não esqueceremos!

por João Távora, em 01.02.23

Ultima foto.jpg

Este é o último retrato da Família Real antes do fatídico atentado, tirado a 27 de janeiro de 1908.

Logo mais, às 19:00hs na Igreja de São Vicente de Fora reza-se Missa de Sufrágio com a presença dos Duques de Bragança. Não falte!



19 comentários

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De balio a 01.02.2023 às 12:22

O Luís Filipe, tão novo, já estava a ficar gordo como o pai.
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De Zé Onofre a 01.02.2023 às 15:14

Boa tarde, João Távora
É lamentável a morte brutal de qualquer ser humano (seja ele imperador, rei, príncipe herdeiro, marquês ou duque, Papa ou Bispo, Capitão das indústrias ou Bancário, Avogado ou Doutor, Gerente ou Adjunto, Capataz ou Dirigente Sindical, Operário ou marginal) é sempre uma vida humana ceifada.
Contudo nunca houve mudança de Regime que não se tenha feito com o poder das armas.
D. Afonso Henriques usou as armas para se livrar de D.Teresa e de D. Afonso VII de Leão e Castela.
D. Afonso III usou as armas para destituir D. Sancho II.
D. João I, Mestre de Avis, usurpou o poder a sua irmã D. Beatriz, pelas armas.
D.Filipe I, chegou a rei de Portugal, usurpando pelas armas o poder a D. António Prior do Crato.
D. João IV, 8º duque de Bragança, foi entronizado Rei pelas armas.
D. Miguel I, antepassado de Duarte Pio, tomou o poder pelas armas.
D. Maria II , antepassada de D. Carlos e de D. Manuel II, assumiu o trono pela força das armas a D. Miguel que  para sempre foi proscrito de Portugal.
No tempo de D. Maria II, era pelas armas que se mudava de governo e sequer era para mudança de Regime.
A República impôs-se pela força das armas - Revolução do 31 de Janeiro, seguida do Regicídio, terminada na Batalha da Rotunda.
O Estado Novo implantou-se pelas armas com a revolução do 28 de Maio de 1926.
O 25 de Abril de 1974 aconteceu pela força das armas.
Nunca um detentor do poder o cede voluntariamente. Nunca por voto se alterou um regime. As forças que sustentam o Regime estão bem seguros, pelo controlo do aparelho de Estado, pela subserviência dos meios de comunicação, pelo papel da educação que veicula sempre os valores do Poder, pela voz do Clero (salvo a excepção, por isso excepção à regra, de alguns clérigos) que tinham, e ainda têm, grande ascendente sobre os eleitores, e o poder dos caciques, pequena extensão do poder central. (Ler a Morgadinha dos Canaviais). 
É triste e doloroso que assim seja é.
Dever-se-ia mudar de regime pacificamente? Sim
Porém, quando as margens apertam a corrente do rio transborda, este transborda e tudo arrasta. Será culpa da corrente, ou das margens que fazem tudo para a conter?
Zé Onofre
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De João-Afonso Machado a 01.02.2023 às 15:23

Caro Zé Onofre: se o João Távora não se importa que eu me antecipe, esquece uma coisa fundamental: uma coisa é uma batalha; outra um atentado perpetrado contra uma família que seguia na sua carruagem.
Como se (contra)diz a seguir, a República foi implantada na (inexistente) «batalha da Rotunda» (na realidade foi ganha por inércia de uns e pelos canhões dos cruzadores no Tejo, dos outros).
A distinção é tão simples quanto a dos bombardeamentos contra alvos militares e o terror dos bombardeamentos de civis. A quem pratica estes nós costumamos chamar «bárbaros» e «criminosos»
Cumprimentos.
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De Zé Onofre a 01.02.2023 às 15:51

Boa tarde, João Afonso

Como disse logo no início do meu comentário "É lamentável a morte brutal de qualquer ser humano".

Incluo o atentado à família real como um dos actos da revolução republicana.

Pelos vistos é aqui que divergimos. 

Certamente por isso é que a história não é uma ciência exata, aliás não creio em ciências exactas.

  Zé Onofre

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De João-Afonso Machado a 01.02.2023 às 16:00

Sim, foi um acto preparatório e fundamental...
Mas vistas as coisas assim, o frio que as populações ucranianas sofrem por os russos terem destruído as fontes de energia está justificado.
Creio que saltámos directamente da Antiguidade Clássica dos massacres para a Contemporaneidade... 
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De Zé Onofre a 01.02.2023 às 16:12

Olá outra vez
Creio que estamos a misturar alhos com bugalhos.
Eu estou a falar de Revoluções dentro de um Estado, para mudar o Regime dentro desse mesmo Estado.
Não estou a falar de ingerências de um Estado para mudar os regimes de outros Estados para lhes impor fantoches como governantes.
Isso é outro capítulo da História.
Zé Onofre 
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De João-Afonso Machado a 01.02.2023 às 16:36

Caro Zé Onofre, as vidas fazem todas parte do mesmo capítulo.
E todos os países e regimes tem os seus mártires - ou o Pinochet não foi um «porco fascista» ao contrário do Fidel? Ou o Che Guevara uma vítima do imperialismo enquanto o nosso Princípe Real apenas uma vítima das circunstâncias.
Ali o balio que nos consegue sempre desconcertar até acha que os atentados foram uma moda. Se ele fosse vivo na altura, se calhar saía à rua - Onde vais? - Vou ver se vejo algum atentado... - aos domingos à tarde. 
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De balio a 01.02.2023 às 17:18


o balio acha que os atentados foram uma moda


Atentados a reis e príncipes não podem ser moda, os reis e príncipes nunca foram assim tantos.


O que escrevi foi que eles não foram uma raridade nessa época, nada foram de excecional.


Na mesma época, foram assassinados um primeiro-ministro de Espanha, um imperador russo, um príncipe habsburgo e, possivelmente, outros mais.
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De João-Afonso Machado a 01.02.2023 às 17:41

balio, você tem coisas só mesmo... Tudo é proporcional. Eles eram pouco, mas para o nº que eram morreram imensos.
Proporcionalmente morreram mais do que os assassinados em atentados do Daesh, em suma. E o mundo com estes (e muito bem fica horrorizado. Olhe, não vá mais longe: lembre a moda dos atentados da ETA, Tupamaros, Brigas Vermelhas Bader Meihnof, etc.
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De balio a 01.02.2023 às 18:16

Então se o João-Afonso acha que "imensos" reis e príncipes foram assassinados, mais uma razão para concordar comigo que o assassínio de Carlos e Luís Filipe nada teve de extraordinário.
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De Anonimo a 01.02.2023 às 20:38

A plebe tentava matar os reis, os reis mandavam a plebe para morrer. Proporcional.
A queda de governantes aquando de mudança de regime costuma ser fatal, seja rei, imperador ou tiranete.
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De Zé Onofre a 01.02.2023 às 22:30

Olá, outra vez
A vida faz parte do mesmo capítulo, concordo, ou melhor dizendo está presente na História. Não é um capítulo, é o livro.
As peripécias que decorrem durante a vida é que formam capítulos.
Uns mais trágicos do que outros, outros menos dolorosos, alguns até bastante alegres.
Dentro dos trágicos poderemos enumerar as revoluções dentro do mesmo Estado, sem interferências de Estados Estrangeiros, formam uma secção da História com vários Capítulos.
Há ainda situações que aparentando ser Movimentos dentro de um Estado, não passam de Movimentos pseudo-revolucionários encomendados por outros Estados.
No caso concreto que nos trouxe a esta conversa estamos a falar da Revolução Republicana Portuguesa e nada mais. 
O restante que cita não faz parte do texto de João Távora que estamos a comentar.
Zé Onofre 
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De João-Afonso Machado a 01.02.2023 às 22:59

Descontando a lista completa que o Zé  Onofre enunciou logo de início para comprovar as suas fatalidades.
E depois, afinal, é só da revolução republicana que falamos...
Não diga mais nada. Está visto em lado do hemiciclo da AR se senta
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De Zé Onofre a 02.02.2023 às 00:10

Olá, outra vez
Não se deite a a adivinhar e se vai por palpites nunca jogue na lotaria, que são errados.
Na presente situação não há cadeiras no parlamento que me sirvam. Só Se houvessem cadeiras vazias me serviriam. Como ainda não as há, não teria onde me sentar.
Zé Onofre 
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De Anonimo a 01.02.2023 às 15:55

o Marquês também ajustou umas contas de modos menos... éticos.
Não será isso que o descredibiliza enquanto governante, ou à monarquia em si, certo?
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De João-Afonso Machado a 01.02.2023 às 17:43

Descredibiliza como pessoa. A barbárie praticada pelo Marquês mesmo no séc. 18 era considerada de extrema maldade e tinho por objectivo aterrorizar os seus rivais (o que conseguiu...)
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De Anónimo a 01.02.2023 às 18:15


Descredibiliza como pessoa.


Se é como pessoa, então não diga mal somente do Marquês, diga também, em igual medida, de José 1º.


Tudo aquilo que o Marquês fez, fez com total cobertura de José 1º. O Marquês manteve-se no poder desde o dia seguinte a José ter sido coroado, até ao dia preciso em que ele morreu.


Portanto, se o João-Afonso quer dizer cobras e lagartos do Marquês, diga cobras e lagartos do rei.
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De balio a 01.02.2023 às 15:27


Excelente comentário, Zé Onofre.


Resta acrescentar que, no tempo em que Carlos e Luís Filipe foram assassinados, o mesmo aconteceu a muitos outros reis, príncipes, imperadores e primeiros-ministros por essa Europa fora. O regicídio português nada teve de incomum ou fora do normal, nessa época da Europa. Lembremo-nos por exemplo de como começou a 1ª Grande Guerra - com o assassinato de um príncipe e da sua esposa, num atentado aliás tecnicamente muito similar àquele que vitimou o rei e o príncipe portugueses.


Só uma correção: João 1º usurpou o trono a Beatriz, a qual não era sua irmã. Beatriz era neta de Pedro 1º, João 1º era filho dele mas por uma outra mulher.
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De Zé Onofre a 01.02.2023 às 15:56

Boa tarde
Tem razão. D.João I era irmão bastardo de D. Fernando, portanto tio de D: Beatriz
Zé Onofre

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