Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Já se entendia muito mal que político profissional envolvido no resgate inviesado de colega de partido (e sabe-se lá do que mais, mas não sejamos má-línguas...) com gravação tornada pública que prova ter dito, e cito, «estou-me a cagar para o segredo de justiça», fosse candidato à chefia do parlamento — eleito com 44 abstenções, talvez um recorde —, primeiríssima sede da democracia. É até amargo pensar que a mesma pessoa se torne, por incapacidade ou ausência do presidente da república, figura máxima do estado... Cargos desta natureza e dignidade devem ser absolutamente reservados a personalidades de alto calibre em carácter e obra feita, por raras que elas sejam ou possam ser. Mas a partir de ontem entende-se muito pior como é que, em vez de ser árbitro e regente das sessões parlamentares, Eduardo Ferro Rodrigues quer ser mais um dos adversários de um deputado cada vez mais incómodo para o seu partido e para o governo dele.
No circo parlamentar, o presidente achou, uma vez mais, que podia fazer o que queria, desta feita a graça de enfiar a sua cabeça dentro da boca de um leão, para colher o forte aplauso dos seus aficcionados geringôncicos. Não sei se sai dessa de maca, mas seria bem merecido...
Vasco Rosa
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Continuação Para esta manipulação do parlamento co...
A 29 de Julho de 1976 o comunista José Rodrigues V...
Vou fazer uma lista com as asneiras, só as grossas...
Será necessária uma nova, delicada, definição de c...
As divisões territoriais históricas são diferentes...