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Já aqui deixei escrito, muitas vezes, quanto não gosto de greves orquestradas, tresandando a CGTP e com finalidades meramente políticas de arruaça. Mas esta, a greve dos professores e pessoal auxiliar, apresenta uma sintomatologia completamente diferente que cativa simpatias. Além de corresponder a um tema já de longas e alvíssimas barbas.
Tudo vai muito além do arcano Nogueira e da sua Fenprof, aliás, como sempre, postados em frente da AR. Não, a greve de que falo estende-se ordeiramente pelo País todo, distrito por distrito, sem barulho que nos perturbe e arrebanhando a totalidade dos docentes. Os próprios pais, naturalmente aflitos com a vida dos filhos, a compreendem e apontam as suas criticas não para os professores - mas para o Governo.
E porque o conjunto é vasto - docentes, auxiliares escolares, pais - e o problema quase pré-histórico, não pertencerá a razão ao Estado com certeza.
Costa destruiu os contratos de associação com o ensino particular. O que ofereceu em troca aos portugueses? E, mais precisamente, à Educação?
Ao formular estas perguntas, ocorre-me sempre - já também aqui o escrevi - a monumental manifestação contra o Governo de Sócrates em Março de 2011, Av. da Liberdade abaixo. É, enfim, para onde estamos indo. (Por muito que Costa se tente sentar com uma nalga de fora na cadeira do Poder em capas de revista).
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