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Aí está o Governo que sai do sonho de António Costa. O xeque-mate resultou. Estava escrito nas estrelas.
A esquerda está desnorteada. Já só lhe resta Cavaco Silva para exercitar o seu natural papel de oposição. Mas mesmo isso vai acabar em Janeiro. E depois, em quem vai bater o PCP e o Bloco de Esquerda? No Carlos Costa? No futuro presidente? Na oposição?
Vamos ao Governo de Costa, que é um verdadeiro jogador de xadrez na política:
Há muitos ex-governantes de Sócrates (o primeiro-ministro incluído): Augusto Santos Silva, Vieira da Silva, Capoulas Santos e Pedro Marques.
Nota-se uma preocupação com as minorias na composição do elenco governativo.
Há quatro mulheres.
Há muitos académicos, muitos amigos de António Costa, e muitos políticos.
Na Justiça? Temos a representante da melhor família de Angola: Uma eficiente procuradora há mais de 30 anos, que ocupou nos últimos oito anos um dos cargos mais importantes do Ministério Público, como procuradora-geral distrital de Lisboa, responsável pelo maior dos quatro distritos judiciais do país. Foi pioneira ao criar um site onde se reporta diariamente a actividade do Ministério Público.
Próxima de José Eduardo dos Santos.
Para as Finanças? O Centeno, claro. Mário Centeno leva consigo Ricardo Felix Mourinho.
Para a Economia? Manuel Caldeira Cabral, claro. Um parente do Dom Duarte no Governo socialista. Economista e académico da Universidade do Minho. Era próximo de António José Seguro.
Estes dois economistas eram mais do que esperados, pois são considerados os melhores quadros na esfera do PS.
Para os Negócios Estrangeiros? O "amigo" do Sérgio Figueiredo (chamou-lhe uma vez num artigo “O ayatollah de Barcarena”): Augusto Santos Silva (ainda acabarão amigos e aos abraços). A pasta de Santos Silva ganhou importância pois os Assuntos Europeus ficam no Ministério dos Negócios Estrangeiros. O tema Europa passa para as mãos dos Negócios Estrangeiros, o que parece ser um sinal de desvalorização dos assuntos europeus. Margarida Marques será secretária de Estado dos Assuntos Europeus.
O Mar fica com Ana Paula Vitorino (a "amiga" - espero que se perceba a ironia - de Armando Vara). A ex-senhora dos transportes passa a governar sobre os mares.
De entre as amigas do Primeiro Ministro, constam a Constança Urbano de Sousa que será ministra da Administração Interna e Maria Manuel Leitão Marques que terá a tutela da Presidência e da Modernização Administrativa - levando consigo como secretária de Estado, Graça Fonseca. Ambas são colaboradoras de sempre de António Costa.
Eduardo Cabrita fica como ministro adjunto e é a primeira vez que é Governo. Grande amigo de Vitalino Canas.
Eduardo Cabrita é casado com a ministra Ana Paula Vitorino.
A Defesa foi entregue a Azeredo Lopes, que liderou a Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Foi porta-voz da candidatura de Rui Moreira à autarquia do Porto. Será agora o sucessor de Aguiar-Branco na Defesa.
Miguel Prata Roque secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e Mariana Vieira da Silva (filha do ministro com o mesmo nome) secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro.
O jurista Miguel Prata Roque, apontado como secretário de estado da presidência do Conselho de Ministros, é o advogado de José Sócrates na providência cautelar interposta contra o CM e a CMTV em relação à publicação de notícias sobre a Operação Marquês.
António Costa jogou em quase todas as frentes. Reparem, pôs o advogado que assina o processo que proíbe o Correio da Manhã de publicar notícias sobre a Operação Marquês e ao mesmo tempo um ex-presidente da ERC vai para o Governo.
O Ministério do Planeamento e Infraestruturas, o ministério que mais caro costuma ser aos socialistas (keynesianos), vulgo Obras Públicas. Fica com Pedro Marques (não Lopes).
Este economista, que foi secretário de Estado da Segurança Social entre 2005 e 2011, foi um dos responsáveis pela reforma da Segurança Social de 2007, quando o ministério era liderado por Vieira da Silva.
O meramente político Carlos César será um “super” líder parlamentar.
Diz o Expresso que a ligação institucional entre o Palácio de São Bento e a residência oficial do primeiro-ministro caberá ao secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos (foi por pouco que não apanhámos com o outro... ufa...), também representa qualquer coisa, mas não me lembro bem o quê.
Vieira da Silva volta ao Trabalho e Segurança Social e Capoulas Santos volta à Agricultura.
O ministro da saúde Adalberto Campos Fernandes, ex-administrador do Hospital de Santa Maria, será ministro da Saúde (já confirmou!)
Há dois génios académicos no Governo de António Costa: Tiago Brandão Rodrigues, investigador bioquímico, ocupa a pasta da Educação e Manuel Heitor, professor catedrático do Técnico, antigo secretário de Estado de Mariano Gago, fica com a Inovação, Ciência e Ensino Superior. É a quota dos oficialmente inteligentes.
O Ambiente (renomeado Ministério do Ambiente e Mobilidade) será entregue a João Matos Fernandes, que ocupava até aqui a presidência das Águas do Porto. Isto não será incompatível? Este é o único gestor do Governo.
E a cultura? Essa deram a João Soares, o filho do fundador do PS.
Este patchwork quase levava para o poder alguém de direita, ou um ex-banqueiro, só para que todas a forças de poder estejam representadas. Suspeito que António Costa ainda pensou nisso. Mas não se atreveu a tanto.
Latest news: António Costa acaba de integrar no seu executivo, uma secretária de estado cega: Ana Sofia Antunes. Muito bem!
São Bento já deve estar a preparar uma rampa para handicapé, como num célebre filme do Woody Allen onde o retrato de um homem perfeito era loiro, musculado, fazia ginástica todos os dias, com voz aveludada, e a sua casa perfeita à beira mar tinha uma rampa para cadeirinhas de roda.
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