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Neste boneco estão três portuguesas e uma americana (eu sei que são só três, mas uma é, ao mesmo tempo, portuguesa e americana), que celebram os 500 anos do México, numa escola americana de um Estado que já foi mexicano, já foi independente e hoje faz parte dos Estados Unidos da América.
Por acaso são minhas netas, mas o que me interessa é fazer notar que as migrações são um fenómeno social incomparavelmente mais complexo que a simplificação de "nós e eles" e que o facto de três portuguesas e uma americana gostarem de participar no baile folklorico mexicano na escola que tem um ensino bilingue (inglês e castelhano) na capital do Texas não diz nada sobre a cultura (actual e futura) das crianças, das respectivas famílias e das respectivas comunidades, só diz alguma coisa sobre a imensa liberdade e diversidade da comunidade em que vivem.
Por princípio, sou favorável às migrações, acho que a liberdade que exista para a circulação de capitais e bens deve ser a mesma liberdade que exista para a circulação de pessoas.
Mas os princípios, apesar de se chamarem princípios exactamente por virem antes do resto, não servem de grande coisa sem a sua adaptação aos contextos, isto é, à realidade.
Não tenho nada contra o multiculturalismo, desde que as comunidades sejam suficientemente sólidas para que seja possível haver um chão comum que absorve e integra as diferenças culturais, a ideia de que todas as culturas e todas as manifestações culturais são igualmente válidas é uma ideia não só errada, como bastante perigosa, o que quer dizer que quando a alteração demográfica é suficientemente rápida e de grande dimensão, as comunidades podem sofrer alterações culturais indesejadas, nomeadamente a perda de chão comum e a sua fragmentação em guetos culturais que não se reconhecem entre si, ou seja, que não reconhecem regras comuns de convivência.
A liberdade de cada um escolher o sítio onde quer viver é o meu princípio, um princípio que deve ser temperado com a liberdade das comunidades escolherem quem querem acolher e integrar.
Há uma evidente contradição e tensão entre estas duas ideias?
Sim, há, a vida é assim, contraditória e com problemas dificeis de resolver.
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