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No dactiloscrito do livro "Mensagem" (a imagem aqui publicada) é possível descobrir as correcções feitas pela mão do próprio autor, preocupado em aperfeiçoar a dimensão simbólica do projecto literário. Aqui podemos acompanhar o raciocínio do poeta e entender os mecanismos da criação. O título da obra era para ser "Portugal", como nos evidencia o manuscrito, entretanto o autor terá sido advertido a mudar, acreditando estar o nome suficientemente vulgarizado para não dignificar a grandeza do livro. Embora mal não ficasse o título, a originalidade do poeta era suprema. Para Pessoa tudo tem um sentido. Tudo tem uma lógica própria. Um raciocínio. E por detrás da racionalidade um elemento enigmático que serve de desafio ao leitor. O título é uma composição laboriosa muito mais simbólica do que aparenta, uma espécie de elemento críptico que recebe o leitor na demanda do projecto épico. "Mensagem" é na verdade um anagrama, uma adaptação do verso de Virgílio, da "Eneida": Mens agitat molem. Significa isto que a mente controla a matéria. A palavra tem o mesmo número de letras da palavra "Portugal" (e volto a dizer que em Pessoa nada é escolhido ao acaso), uma palavra de 8 letras, número esse ligado aos templários (a cruz templária tem 8 pontas). Todos os elementos na poesia de Pessoa são preciosos e simbólicos. Até este mero título consegue falar por quase todo um livro. É Portugal perdido e reencontrado, uma missão para o século do aspirante a "super Camões". Uma nova vocação para um povo perdido nas intempéries da história.
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